Esposa de Ramagem apaga conta no Twitter depois da revelação de postagens. Bolsonaro desiste de indicação

Tempo de leitura: 2 min
Casal Ramagem ao lado de Carlos Bolsonaro em festa de reveillon. Reprodução

Da Redação

A esposa de Alexandre Ramagem, indicado por Jair Bolsonaro para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal, apagou sua conta no twitter depois que foram reveladas mensagens dela contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o governador paulista João Doria, críticas à imprensa e a proposta de jejum como forma de encarar a pandemia de coronavírus.

A nomeação do marido foi bloqueada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. 

O pedido foi feito pelo PDT, alegando “abuso de poder por desvio de finalidade”.

A Advocacia Geral da União pretende recorrer.

Em resposta, bolsonaristas passaram a subir a hashtag #STFVergonhaNacional no twitter.

“Dúvida: o novo diretor-geral da Polícia Federal tem que ser amigo do Alexandre de Moraes?”, perguntou Rodrigo Constantino, criticando a decisão do ministro.

Esta foto de Alexandre de Moraes foi colocada novamente em circulação pelos bolsonaristas. O ministro, que aparece com Geraldo Alckmin, João Doria e Bruno Covas durante campanha eleitoral, foi filiado ao PSDB

Alexandre Ramagem é íntimo de Carlos Bolsonaro.

O vereador é suspeito de ser o principal articulador do chamado “gabinete de ódio”, que promove assassinatos de reputação nas redes sociais usando robôs.

Um inquérito sobre o assunto está em andamento no STF.

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De acordo com o colunista Merval Pereira, de O Globo, a Polícia Federal estava prestes a fazer busca e apreensão na casa de dez a doze deputados federais ligados ao bolsonarismo, como parte da investigação.

Porém, a busca foi adiada por conta da pandemia de coronavírus.

Conforme analisou o Viomundo, o embate decisivo entre o STF e Jair Bolsonaro se dará por conta deste e de outro inquérito, que apura quem organizou manifestações contra o Congresso e o STF que incluiram pedidos de intervenção militar.

Jair Bolsonaro participou do protesto diante do QG do Exército em Brasília, mas no dia seguinte disse que era defensor da democracia.

Potencialmente, um novo diretor da Polícia Federal indicado por Jair Bolsonaro pode atrapalhar investigações sobre o entorno presidencial, trocando inclusive superintendentes regionais.

Foi alegando interferência política de Bolsonaro no comando da PF que o ministro da Justiça Sergio Moro demitiu-se do governo.

PS do Viomundo: À tarde, o presidente Jair Bolsonaro desistiu da indicação do amigo do filho para dirigir a Polícia Federal que investiga o filho.

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Zé Maria

O Pateta Constantino cresceu no Ninho Tucano. Sabe tudo de Tucanagem.

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