Francisco Funcia: Nossas costureiras já poderiam ter produzido 100 milhões de máscaras
Tempo de leitura: < 1 minDa Redação
Francisco Funcia* é economista, professor da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) e consultor técnico do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
Ele nos enviou, via whatsapp, este comentário muito oportuno:
Se 50 mil costureiras/costureiros tivessem produzido duas mil máscaras nesses últimos 60 dias, haveria um aumento de oferta de 100 milhões de máscaras.
Mas, a “mão invisível” do mercado não é capaz de coordenar a necessidade desse esforço produtivo em tempos de emergência sanitária.
Adotando uma expressão de J.K.Galbraith, faz-se necessário o “punho visível do Estado” coordenando e financiando um processo de reconversão produtiva que, também, contribuiria para reduzir os efeitos do desemprego e queda da renda durante o isolamento social.
Temos que insistir/resistir
O professor Funcia nos pediu apenas que fizesse esta observação: Trata-se de opinião pessoal do autor; não representa um posicionamento das instituições em que atua profissionalmente
Comentários
Zé Maria
O Governo não precisaria sequer comprar o Material Necessário à
Confecção das Máscaras pelas Costureiras. Bastariam Sobras de
Papel e Retalhos de Tecidos das Indústrias Têxteis.
Entretanto, o desgoverno Bolsonaro/Guedes/Teich quer mesmo
é patrocinar com dinheiro público ou simplesmente estimular a
compra de produtos dos grandes mercados.
Da mesma forma que não há interesse governamental no incentivo
às Instituições Públicas de Pesquisa e Produção de Vacinas, porque, do ponto de vista dos Alucinados do Mercado, a Ciência é ‘comunismo
ateu diabólico’ [“cientificismo”, segundo o Reverendo Araújo].
Daí vêm as Negociatas com os Laboratórios Farmacêuticos Privados
e as indicações de remédios – como Cloroquinas e Vermífugos – já
produzidos pelas Indústrias Estrangeiras (especialmente dos EUA), ineficazes para a cura da Infecção mas fatais aos Pacientes Infectados.
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