Paulo Pimenta: Sergio Moro, a delação premiada de um cúmplice e sócio de Jair Bolsonaro

Tempo de leitura: 3 min
Fotos: Lula Marques/Agência PT e Alan Santos/PR

Sérgio Moro: A delação premiada

por Paulo Pimenta*, exclusivo para o Viomundo

O que a sociedade brasileira assistiu na manhã da última sexta-feira, 24 de abril, não foi o anúncio de um pedido de demissão do Ministro da Justiça. Foi a delação premiada de um cúmplice.

Agrava-se a olhos vistos o isolamento do governo neoliberal e neofascista do capitão Jair Bolsonaro, denunciado por um dos personagens centrais do processo fraudulento que culminou com sua eleição em 2018.

Moro, o juiz imoral e parcial, foi muito útil a Bolsonaro e ao bloco que o elegeu e que governa com ele.

Foi ele e seus comparsas da Lava Jato que criaram as condições para o impeachment de um presidenta legítima, sem crimes, e garantiu a prisão política, sem crime e sem provas de Luis Inácio Lula da Silva, o nome mais forte na disputa eleitoral de 2018.

Mas não foi só isso.

Moro se omitiu sobre milícias, rachadinhas, o assassinato de Marielle, o sumiço de Fabrício Queiroz, a indústria de Fake News, o laranjal do PSL, a execução do capitão Adriano, os ataques ao STF e ao Congresso Nacional, entre tantas outras ilegalidades.

Foi protagonista, ao lado de Bolsonaro, nos ataques à Democracia e ao Estado Democrático de Direito.

O ex-juiz e agora ex-ministro Sérgio Moro, traiu miseravelmente o homem que ajudou a eleger: Jair Bolsonaro.

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Ao longo de um ano e quatro meses de governo não lhe faltaram oportunidades para reagir aos desmandos do capitão. Não havia razão. Eram sócios do mesmo projeto.

O momento que vivemos nessa sexta-feira foi, portanto, cuidadosamente escolhido: o flagrante enfraquecimento de um mandatário posto nu diante da sociedade, revelando-se incapaz de conduzir o País devastado pela crise econômica e social, agora agravada pela pandemia do Covid-19.

Hora oportuna para pular fora do barco, que se inclina perigosamente.

E convenhamos, deixar um barco que pode até continuar flutuando, por algum tempo, mas que dá claros sinais de avaria, é um comportamento, em tudo, digno dos ratos de porão.

O plano inclinado, em que resvala o governo Bolsonaro, pode apressar outras defecções entre os bons companheiros, que veem esgarçar-se os laços estabelecidos na campanha e nos 16 meses de governo.

A sociedade, por sua parte, vai se dando conta de que somos governados por um misto de irresponsabilidade com bandidagem, que impõe uma permanente crise ao País.

Os empresários já percebem que não devem recomendar otimismo de recuperação econômica no curto ou médio prazo.

Ou seja, antes de 2022. E o povo começa a reviver um cenário doloroso, marcado pela fome, a miséria e o desemprego, agravados pelo total descaso com a saúde e com as vidas.

Depois da delação premiada da manhã de sexta, Sérgio Moro se relança no cenário.

Nada a ver com pretensões a uma confortável vaga no STF. Se foi algum dia o objetivo, hoje está completamente ultrapassado. Ele opera algo maior, localizado entre hoje e 2022.

Para isso, executa um deslocamento estratégico, afastando-se da extrema-direita bolsonarista, para se recolocar no cenário como uma alternativa de massa, no espaço da direita tradicional, disputando com Dória, Mandetta, Maia ou mesmo com Witzel.

Os “partidos” da Lava Jato e da Rede Globo não lhe faltarão. Assistimos mais um capítulo desta saga, com a retomada da narrativa de herói na extensa cobertura jornalística, rachando ao meio as redes de sustentação do governo do capitão.

A resposta titubeante de Bolsonaro, no final da tarde da movimentada sexta-feira de abril, passa a impressão de que ele já não governa.

A imagem de uma reunião fúnebre, dirigida por um homem incapaz de propor e executar saídas para a superação das crises que vive o País, em parte geradas por ele próprio.

Revela também sua incapacidade de manter a coesão do bloco que o levou à Presidência da República.

Não será exagero dizer que neste 24 de abril, o Brasil encerrou a semana sob a presidência de um espectro.

Fora, Bolosonaro!

*Paulo Pimenta é deputado federal – PT/RS

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Comentários

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Luiz Cláudio

Gostaria que o senhor fosse de SC para eu poder votar no senhor. O senhor me representa. Bola pra frente e continue combatendo o golpe.

Aureliano

NO PORTAL DO JOSÉ

CÚMPLICE: SAÍDA DE MORO ENCOBRE COISA PIOR! GUEDES: O MASCARADO PERVERSO DE BOLSONARO E BANQUEIROS

Em vídeo: https://youtu.be/HhFxAnPwQtM

Imperdível!

Maurício

Fora de Pauta mas nem tanto

QUAL O MORO QUE ESTÁ MENTINDO? O VASELINA DA ENTREVISTA DE 20 DE JANEIRO DE 2020 (que quer ser presidente em 2022)?

https://youtu.be/a6pJr7XdaiY

OU O QUE FOI DEMITIDO À SEMANA PASSADA?

https://youtu.be/ZZfa6YQbeNk

Moro é muito mais perigoso do que Bolsonaro, por ser também fascista, por ter 4 neurônios a mais do que o Bozo e ser agente da CIA.

Se você votou equivocadamente em Bolsonaro, eu posso até lhe perdoar. Mas não caia mais nessa história inventada pela Rede Globo de que Moro combate a corrupção. A Globo quer Moro no poder para, dentre outras coisas, recuperar o dinheiro que ela deixou de ganhar no governo do bandido Bolsonaro, para dar continuidade à política de destruição de Paulo Guedes (que consiste fundamentalmente em encher o rabo dos banqueiros e especuladores de dinheiro), e exterminar a maior quantidade de pobres e classe média baixa possível. No final teremos um mercado interno de 40 milhões de consumidores num país de 210 milhões de habitantes. E adeus saúde, educação, emprego, água, luz e saneamento básico para 170 milhões de habitantes.

A miséria e a fome estão se revelando em toda a sua plenitude com o coronavírus, mas poderão se acentuar e perdurar por todo o período de regime fascista. Portanto, se reoriente enquanto está vivo/viva.

OU SEJA, O BANDIDO MORO É MUITO MAIS PERIGOSO DO QUE O BANDIDO BOLSONARO! E BANDIDO BOM É BANDIDO ENFORCADO.

Zé Maria

https://i2.wp.com/www.polemicaparaiba.com.br/wp-content/uploads/2018/04/tri-globo.jpg

E o Triplex da FamíGlia Marinho em Paraty.
com Heliporto e tudo no meio da Mata Nativa?
Por que o Negócio com a Mossack não foi investigado?

https://www.polemicaparaiba.com.br/opiniao/o-triplex-da-familia-marinho-mansao-construida-ilegalmente-numa-area-de-preservacao-ambiental-por-flavio-lucio/

Zé Maria

“Quem pagou o Prêmio da Delação do Moro”
e de que modo e sob que condições foi pago?

    Djailson Siqueira.

    Amigo. Quem pagou essa delação/confissão, se é que poderão pagar, foram os mesmos seres desprezíveis que vem pagando desde o final da década de 50: os EUA, a famigerada CIA e os representantes do capitalismo, criadores da Operação Condor. Contudo, todos moribundos da sua própria incompetência. Brevemente farão o que Moro acabou de fazer, pular do barco, arriscando-se a serem devorados pela horda de tubarões famintos e miseráveis criados por eles mesmos. O neoliberalismo não conseguirá sobreviver ao Covid-19.

    Cláudio

    Foi o exército…

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