Hidroxicloroquina não fez efeito em pacientes de NY, revela governador Cuomo, no dia em que Trump sugere desinfetar pulmões e usar raios de luz contra vírus
Tempo de leitura: 2 minHIDROXICLOROQUINA E AZITROMICINA, juntos, podem representar uma das maiores transformações da História da Medicina. Donald Trump, bacharel em economia, em tweet do dia 21.03.2020
Trinta minutos após a ingestão, o casal apresentou efeitos que exigiam internação. Nota oficial de um hospital de Phoenix, no Arizona, depois que um casal tentou fazer tratamento preventivo com fosfato de cloroquina, usado para limpar tanques. O homem, de 60 anos, morreu em 22.03.2020. Ele aparentemente se confundiu sobre a “receita” do doutor Trump.
Aplica logo, pô. Sabe quando esse remédio começou a ser produzido no Brasil? Ele começou a ser usado no Brasil quando eu nasci, em 1955. Medicado corretamente, não tem efeito colateral. Jair Bolsonaro, capitão expulso do Exército, em live do Facebook, em 26.03.2020
Da Redação
Defendida quase como uma droga milagrosa pelo presidente Donald Trump, a hidroxicloroquina não demonstrou eficácia para evitar mortes em Nova York, informou agora à noite o governador Andrew Cuomo à rede CNN.
Cuomo, por não ser médico, não entrou em detalhes sobre os resultados do estudo conduzido às pressas em Nova York, nem sobre que tipo de combinação foi oferecida aos pacientes.
Afirmou apenas que a droga não fez diferença.
Ao menos 4 mil pacientes receberam a hidroxicloroquina em 56 hospitais do estado, de longe o maior experimento feito com a pandemia de coronavírus em andamento.
Foram feitos dois regimes de tratamento, de 4 e 10 dias.
A Escola de Saúde da Universidade de Albany ficou responsável por este estudo.
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Já a faculdade de Medicina da Universidade de Nova York ofereceu a droga, em caráter preventivo, para 2 mil pessoas.
“Se a hidroxicloroquina fornecer proteção, ela poderá ser uma ferramenta essencial para combater essa pandemia. Caso contrário, as pessoas devem evitar riscos desnecessários ao tomar o medicamento”, disse a dra. Anna Bershteyn, uma das responsáveis pelo segundo experimento.
O governador Cuomo disse que todos os dados levantados em Nova York foram repassados ao Centers for Disease Control, o CDC, responsável pela aprovação de drogas nos Estados Unidos.
O CDC ainda não divulgou o resultado das pesquisas.
O CDC não liberou a droga para ser receitada por médicos dos Estados Unidos por temor dos efeitos colaterais, dentre os quais o mais comum é a morte súbita por probemas cardíacos.
Outros estudos continuam em andamento nos Estados Unidos, promovidos pelo CDC.
Hoje, durante sua entrevista coletiva diária, o presidente Donald Trump especulou sobre a possível aplicação de desinfetantes dentro do corpo, para limpar os pulmões e combater a doença — ou aplicar raios de sol ou ultravioleta contra o vírus.
As declarações provocaram espanto e foram motivo de piada.
O estado de Nova York já registrou mais de 15 mil mortes por coronavírus e os Estados Unidos, mais de 50 mil.
Comentários
Nelson
“Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas, realmente…” se a Terra é plana e a Globo é comunista, a cloroquina é excelente para combater a covid-19.
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