Dr. Rosinha: Para apoiar governo Bolsonaro, “Centrão” teria exigido a cabeça de Sergio Moro

Tempo de leitura: 3 min
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Por Dr. Rosinha

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dr. Rosinha*

Há coisas que a gente, mesmo se achando esclarecido, não consegue entender.

Por exemplo, como um juiz,  considerado “promissor”, deixa o cargo para virar ministro de um desqualificado.

É o caso de Sérgio Moro.

Moro era um juiz promissor porque promiscuamente prestava serviços –através da mídia, principalmente a Rede Globo –aos Estados Unidos, à burguesia nacional e aos setores de direita e extrema direita da política nacional.

Nessa condição, ele foi “vendido” para o público como alguém competente, sério e honesto que poderia endireitar o Brasil.

E endireitou, mesmo. Jogou o Brasil nas mãos de fascistas – sua ideologia.

Hoje, foi divulgado que Moro pediu demissão do cargo de Ministro da Justiça.

Muita gente, entre os quais eu, talvez se pergunte:

*Sérgio Moro era um juiz inocente na política ou alienado político?

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*Imaginava-se o máximo e que tudo que fez como juiz foi de atuação própria e não como instrumento dos EUA e da burguesia brasileira?

*Achou que participando de um governo eleito através de meios corruptos –fake news –, ele conseguiria combater a corrupção?

Conhecendo Bolsonaro dos tempos de Câmara dos Deputados, garanto que só vira ministro dele quem tem a mesma identidade ideológica — no caso, fascista — e é conivente com todos os tipos de desmandos e de corrupção.

Fascista, Moro é.

Já honesto, não é.

Os meios ilegais que usou para condenar Lula são a maior prova.  Do contrário, ele não teria feito e aceitado tudo o que o The Intercept revelou.

Será que Moro pediu demissão só porque será indicado um novo chefe para a Policia Federal sem ouvi-lo? Não creio.

Bolsonaro está com dificuldades no Congresso Nacional para aprovar seus projetos de lei e medidas provisórias.

Pior. O Congresso tem lhe imposto uma pauta, muitas vezes, oposta do que deseja.

Nesta semana, Bolsonaro procurou o chamado “Centrão”ofereceu-lhes cargos e outras conveniências e conivências.

O “Centrão”, como bem sabem os leitores, é um grupo de deputados que coloca o interesse pessoal acima dos interesses da Nação e do povo brasileiro.

Uma das exigências do “Centrão” para dar o apoio vai além dos cargos.  Está também na de troca de cargos, e nessa dança, entrou Sérgio Moro.

O “Centrão’ necessita de um ministro conivente, que não investigue.

Moro pouco manda investigar, mas seu discurso de combate à corrupção assusta os que não querem ser investigados.

Será que Moro já está indo tarde, afinal, ainda não conseguiu localizar o Queiroz e tampouco investigar os milicianos do Rio de Janeiro, incluindo a família Bolsonaro?

Há quem diga que está indo tarde, que nada fez no Ministério.

Creio que fez muita coisa: o fazer dele era o não fazer.

Por exemplo. Não podia e não pode encontrar o Queiroz.  Não podia e não pode investigar as milícias e a família Bolsonaro.

Provavelmente há tantas outras coisas que não podia e não pode investigar que talvez nunca fiquemos sabendo;

Portanto, ao não fazer, fez o que o presidente Bolsonaro pediu para fazer.

Se Moro sair, entrará outro ministro com a mesma tarefa: não pode investigar o que Moro não investigou.

Além disso, agora, tem que acrescentar outras coisas que não poderão ser investigadas. A  atuação dos parlamentares do “Centrão” é uma delas.

Foi a negociação para fazer parte da base do governo, ter um Ministro conivente.

Para o novo ministro e o diretor geral da Policia Federal, Bolsonaro terá outra recomendação: perseguir a oposição, principalmente a esquerda. Precisa calar essas vozes para poder continuar seus desmandos.

Escrevo na condicional, porque Moro ainda pode permanecer, afinal os que realmente mandam no Brasil, os militares, escalaram o ministro da Casa Civil, Braga Netto, e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, para convencer o ministro da Justiça, Sérgio Moro, a não sair do cargo.

Se ele ficar, é a prova que Bolsonaro nada manda e a certeza que o “Centrão” não fará parte formal da base de governo.

Dr. Rosinha é médico pediatra, militante do PT. Pelo PT do Paraná, foi deputado estadual (1991-1998) e federal (1999-2017).  De 2015 a 2017, ocupou o cargo de Alto Representante Geral do Mercosul.

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Dr. Rosinha

Médico pediatra e militante do PT. Pelo PT do Paraná, foi deputado estadual (1991-1998) e federal (1999-2017). De maio de 2017 a dezembro de 2019, presidiu o PT-PR. De 2015 a 2017, ocupou o cargo de Alto Representante Geral do Mercosul.


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Comentários

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abelardo

Pode parecer que não tenha nada haver com a matéria ou que seja uma coisa sem sentido, mas a fila de pessoas que trabalharam para o impeachment ilegal contra Dilma e pela condenação e prisão ilegal contra Lula estão, aos poucos, sofrendo do castigo que lhes foram reservados. Não é maldição não, porque nenhum dos dois (Dilma e Lula) são pessoas vingativas, ao contrário, sempre deixaram bem claro que confiam na justiça e na lei de Deus. Porém a lista dos castigados e castigadas cada vez aumenta mais. Um por um, aos poucos e a conta gotas estão experimentando o sabor do castigo recebido. Outras pessoas, em breve, serão as próximas e não é preciso dizer o nome de nenhuma dessas pessoas, que muitos sabem quem são e principalmente, as que já foram atingidas e fazem parte da extensa lista do castigo. Afinal, se castigo anda a cavalo e se aqui se faz e aqui se paga, não há como fugir da justiça que de umodo ou de outro tarda, mas não falha.

Zé Maria

PSDB resolveu testar hipóteses para a Eleição de 2022.
A Joicinha lançou Moro, talvez para Vice do Dorinha.

Zé Maria

O Moro é de Extrema-Direita. Para evitar a eleição de alguém da esquerda,
o Fascista, ex-juizéco de Curitiba, nunca esteve em desacordo com Bolsonaro.

O Moro é carreirista, mas age politicamente. Só vai sair do Cargo de Ministro,
se conseguir outra boquinha e se tiver a certeza de que há um Líder Político
da Direita capaz de vencer a Esquerda na próxima eleição presidencial.
Aliás, o Patife seguidamente fazia Palestras para Empresários na LIDE …
https://youtu.be/PNjKcPUlF_o?t=1336
[Foi assim, sob o pretexto político de ‘combate à corrupção sistêmica, que
o então juizéco destruiu as Indústrias Nacionais, inclusive a Petrobras, tal
como colaborou para o impedimento da Presidente Dilma e prendeu Lula].

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