Monotrilho pifado há 13 dias; moradores cobram explicação de Doria nesta tarde
Tempo de leitura: 2 minProtesto na Vila Prudente cobra resposta de Doria sobre paralisação do Monotrilho
Manifestação está marcada para esta quinta-feira, 12, às 17h, em frente à entrada principal da estação de metrô
por Lúcia Rodrigues, especial para o Viomundo
Enfrentar filas quilométricas de manhã e à noite tem sido a rotina de milhares de passageiros que utilizavam o Monotrilho da Linha 15 Prata, com conexão na estação Vila Prudente do Metrô, na zona leste da capital paulista.
Há 13 dias, os 23 trens que circulavam entre as estações São Mateus e Vila Prudente estão estacionados no pátio, após um pneu ter se desprendido de uma composição e caído na avenida Anhaia Mello.
O trajeto, que antes era feito em aproximadamente 20 minutos, mais que dobrou ao ser realizado por ônibus da Operação Paese.
Até o momento, o governador João Doria (PSDB) não deu qualquer explicação sobre o que teria gerado o incidente e nem se manifestou sobre a previsão de retomada do serviço.
Além disso, impede o Sindicato dos Metroviários de São Paulo de acompanhar os desdobramentos do caso.
“Fomos proibidos de entrar no pátio de manutenção do Monotrilho. Tudo está sendo feito secretamente”, denuncia o coordenador-geral do Sindicato, Wagner Fajardo.
Ele critica a falta de transparência do governo e a insegurança desse tipo de transporte:
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“Exigimos transparência. Se essa peça tivesse atingido alguém, poderia ter matado. A população foi feita de cobaia. Houve uma falha grave de segurança”.
Segundo o dirigente sindical, esse tipo de modal é inadequado para o transporte com o volume de passageiros que circula diariamente nos trens do Monotrilho Prata.
Previsto inicialmente para ser uma linha de metrô convencional, os tucanos engavetaram o projeto e colocaram em execução o monotrilho. Orçado inicialmente em R$ 2,8 milhões, já consumiu R$ 5,5 milhões.
Para pressionar o governo por uma solução, moradores da região ligados a partidos de esquerda, como PSOL, PCdoB, PCB e PT, que se reúnem no Vila Prudente Sem Medo, organizam um protesto para esta quinta-feira, 12, às 17h, em frente à entrada principal do metrô.
Dirigentes do Sindicato dos Metroviários engrossam o protesto, que tem como objetivo dialogar com os usuários do Monotrilho para engrossar o movimento e buscar uma resolução para o problema.
A canadense Bombardier, responsável pela linha, não entregou o laudo sobre o motivo da pane, que havia se comprometido a fornecer nessa quarta-feira,11.
Também não se manifestou sobre a nova data de divulgação.
O Ministério Público abriu procedimento para investigar o caso. Deputados da oposição também tentam instalar uma CPI na Assembleia Legislativa para analisar o assunto.
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