Bovespa perde tudo o que ganhou desde a posse de Bolsonaro e apoiadores ficam sem o argumento de que ele “salvou” a economia
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
Os bolsonaristas perderam o argumento que costumavam esgrimir em debates nas redes sociais: Jair Bolsonaro veio para resgatar a confiança do mercado.
Em queda de 9,65% às 14 horas, a Bovespa atingiu 88.537 pontos.
Na primeira sessão da Bolsa depois da posse de Jair Bolsonaro, em 2 de janeiro de 2019, o Ibovespa atingiu o recorde de 91.012.
Em 23 de janeiro do ano passado, bateu em 119.527 pontos.
Ao longo dos meses iniciais do governo Bolsonaro, o argumento dos apoiadores de Paulo Guedes é de que os índices do mercado financeiro demonstravam que a política econômica estava no rumo certo.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump adotou a mesma tática, saudando a valorização de Wall Street em mensagens do tweeter enquanto o índice Dow Jones alcançava as alturas.
No Brasil, a derrocada da Bolsa começou em 19 de fevereiro. Desde então, já perdeu mais de 25 mil pontos.
Esta tarde, as ações preferenciais da Petrobras perdiam 23,75% de seu valor.
A estatal é vítima da guerra do petróleo recém declarada pela Arábia Saudita contra a Rússia.
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Os dois maiores exportadores do mundo estão disputando mercado.
Os sauditas anunciaram aumento da produção e corte de preços em busca de benefícios no mercado asiático.
As vítimas da disputa dos gigantes serão empresas incapazes de aumentar a produção ou influenciar o preço internacional, como a própria Petrobras.
Os produtores de shale oil, o petróleo retirado através da fratura de rochas nos Estados Unidos, também serão fortemente afetados.
Eles precisam de um preço médio de 70 dólares o barril para sobreviver — a disputa entre sauditas e russos pode fazer o petróleo cair abaixo dos 30 dólares.
A disputa em torno do petróleo e a pandemia de coronavírus devem provocar uma recessão global ainda este ano, impactando nas eleições dos Estados Unidos.
No Brasil, a disparada do dólar, que hoje atingiu R$ 5,70 mesmo com intervenção do Banco Central, em tese poderia beneficiar exportadores, mas com o mercado externo em retração a vantagem para a economia em geral é duvidosa.
O dólar mais alto tem impacto na formação de preços de todos os componentes de produtos importados e dos derivados de petróleo que o Brasil passou a importar.
Comentários
Nelson
Bem, amigo. O empresariado brasileiro – falo aqui de pequenos, médios e até de alguns grandes – se acha o tal, acha que sabe de tudo e apostou na caça aos direitos dos trabalhadores como o caminho para ir para o paraíso do capitalismo de lucros fartos.
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Pois, esses sabichões não conseguiram – ou não querem – enxergar, até hoje, já na segunda década do século 21, do terceiro milênio, que o trabalhador é o próprio consumidor dele.
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Ao eliminar direitos dos trabalhadores, esses empresários estão, na verdade, cortando renda de seus potenciais consumidores. Então, amigo, não é à toa que a economia não engrena uma recuperação.
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Com salários e aposentadorias minguando, como é que trabalhadores, da ativa e aposentados, vão passar a consumir mais e, com isso, engordar faturamento e lucros dos empresários?
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Qual foi o segredo da expansão da economia nos governos do PT – chegou a 7,5% no ano de 2010? Óbvio, o incremento nos salários, na renda da classe trabalhadora, seja via bolsa família, ainda que fosse uma bolsa bem minguada, seja via aumento do salário mínimo acima da inflação.
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Mas, os sabichões não querem enxergar isso, se recusam a dar o braço a torcer. Imagine, reconhecer que o PT não foi só erros, que houve v[arios acertos. Nem falar.
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Por isso, eu já estou chegando à conclusão de que boa parte do povo brasileiro, possivelmente a maioria – incluído o empresariado, em sua maior parte -, não merece outra coisa senão o que está passando e o ainda vem por aí.
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Os brasileiros e brasileiras, em sua esmagadora maioria, vamos sofrer na carne os impactos altamente deletérios do desmantelamente e destruição do nosso país que está em curso.
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Mas, se a maioria não se dispõe a pensar com serenidade e seriedade acerca do torrão em que vive, poderia aspirar a futuro melhor?
Zé Maria
https://pbs.twimg.com/media/ESrChwKXsAQdgbA?format=jpg
E aí Nazi-Fascista!
Vai bater panelinha
no dia 15, vai …
#ForaDilma
https://pbs.twimg.com/media/ESrDgMQXgAAhgGI?format=jpg
Zé Maria
A Mídia Fascista de Mercado trouxe hoje um termo em inglês para
não dizer que a BM&FBovespa (B3) teve de fechar pra não quebrar:
“Circuit Breaker”. Assim, não parece que a situação é gravíssima.
Leninha
Santa ignorância !!! O que o governo poderá fazer diante de um problema sistêmico desta magnitude ? As medidas e ações precisam ser tomadas, infelizmente por um congresso que não olha para o País !!
Como vc mesmo mencionou há possibilidade de uma recessão global, ou seja, esta não acarretará somente o Brasil, mas o mundo todo.
Um ponto a saber, é que o risco País aumentou em todo mundo ( inclusive no Brasil, o qual vc não deve saber ou não quer falar ); porém o risco Brasil avançou até menos do que em alguns países de primeiro mundo.
Em outras palavras, qdo ocorre um problema global, ninguém está imune ( a isso chamamos de risco sistêmico ) e todos somos afetados, “Governo de direita ou de esquerda”.
Sabemos de todos os problemas que o País enfrenta, mas daí dizer que a Bolsa está despencando por conta de um presidente ????!!!!!
Não podemos ser omissos e devemos usar os canais de comunicação para esclarecer todos os pontos e detalhes de sua causa.
Vejo que seu maior erro é tentar denegrir o governo e mostrar apenas uma face da história. Seja imparcial, fica feio para uma redação tirar partido de um lado ou de outro.
Seja maduro e pense no melhor para o Brasil e se for o caso estude um pouco mais sobre o tema antes de abordá-lo de forma tão superficial. Fica a dica !!!
Lp Muzykerya
Opinião não é fato. Fato é que o que está na matéria , com dados e fontes. O mito assumiu e todos os índices sociais e econômicos despencaram. #EuAvisei
Elsevier
Querem que o Bolsonaro cure até o corona vírus. Se o governo atual fosse da esquerda diriam “O risco sistêmico derrubou a bolsa, mas nosso Estado poderoso sobreviverá a essa marola internacional”. Hipócritas.
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