Seis ativistas que participaram dos protestos de 2013 serão julgados hoje em Porto Alegre; vídeo

Tempo de leitura: 3 min

Seis ativistas podem ser condenados nesta segunda, 09, em Porto Alegre, por protestos de 2013

Justiça para os ativistas de Porto Alegre! Absolvição para todos!

por Martina Gomes, no Esquerda Online

Nesta segunda-feira (09), ocorrerá uma audiência no Fórum Central de Porto Alegre, no processo contra seis jovens que participaram e lideraram os protestos de junho de 2013 na cidade.

Alfeu, Matheus, Gilian, Vicente, Lucas e Rodrigo faziam parte do Bloco de Lutas que lutava contra o aumento da passagem e liderou a jornada de lutas de junho.

Em maio de 2014, como parte de uma campanha de criminalização, os seis foram acusados de “depredação de patrimônio público, formação de quadrilha, aliciamento de menores e roubo”.

Os seis estão desde então ameaçados de serem presos, o que se agravou na atual conjuntura política do país, marcada pela perseguição aos lutadores sociais e avanço do conservadorismo e do neofascismo.

O processo – crime Nº 001/2.13.0045013-2 agora está indo para a sua reta final. A audiência desta segunda será na 9ª Vara Criminal, às 14h, e será presidida pela juíza Eda Salete Zanatta de Miranda.

Serão ouvidas as testemunhas de defesa, entre elas figuras públicas com trajetória e histórica atuação na defesa de direitos, como a deputada federal Fernanda Melchiona e o ex-deputado estadual Pedro Ruas, do PSOL; o ex-governador Tarso Genro (PT), Vera Guasso (PSOL), Julio Flores (PSTU), entre muitos outros.

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Os seis são inocentes. As acusações não se sustentam. Em audiência anterior, nem mesmo as testemunhas que foram arroladas pela acusação conseguiram dar lógica a tamanhas aberrações jurídicas indicadas no processo.

Um dos jovens, Matheus Gomes, é colunista do Esquerda Online e ativista do Afronte. Na época, ele integrava o DCE-UFRGS. Ele pede a solidariedade.

“Todas essas mentiras têm o objetivo de criminalizar os movimentos sociais e acabar com o nosso direito de manifestação. Nos perseguem porque atacamos os lucros criminosos da máfia do transporte. É hora de defender a nossa liberdade para lutar”, afirma.

Que se restabeleça a verdade e que o processo não se prolongue em outras instâncias! Que a Justiça e as autoridades levem em consideração o testemunho de centenas de entidades sindicais, estudantis e dos movimentos sociais que assinaram o manifesto pela idoneidade dos acusados e por suas absolvições. Basta de perseguição política!

Seis anos de injustiça

O ano era 2013. As manifestações populares que sacudiam o Brasil e embaralhavam o espectro político ainda eram intensas.

Em Porto Alegre, diferente de outras capitais, a direita e a mídia corporativa tinham dificuldades para assumir o controle.

Em 27 de junho, o Bloco de Lutas, que desempenhava um claro papel de liderança, havia apresentado uma pauta de reivindicações que atendia às demandas dos setores populares e contrastava com os interesses dominantes, sobretudo dos empresários do transporte coletivo, da prefeitura e da mídia comercial.

Nesse mesmo dia, um jovem foi preso em flagrante roubando uma loja no centro da capital gaúcha.

Ele afirmou ter cometido o ato a mando dos integrantes do Bloco de Lutas. Era a senha para o início das perseguições políticas absurdas que, até hoje, recaem sobre seis ativistas do movimento popular (na época, militantes de esquerda autonomistas e anarquistas, integrantes do DCE da UFRGS ligados aos partidos PSOL, PCdoB e PSTU).

Na época, a polícia chegou a invadir residências e recolher livros e computadores pessoais.

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Comentários

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Zé Maria

“como parte de uma campanha de criminalização” [das manifestações
da Esquerda, pois as Polícias armaram para a Gurizada, para deixar os
Fascistas Livres, Leves e Soltos pra fazer campanha pro Aécio Neves].

A Armação que fizeram contra esses seis guris da UFRGS, em PoA-RS,
foi de dar inveja até nos Patifes da Força-Tarefa da Operação Lava-Jato.

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