Campanha alerta para abuso sexual médico: “Só nós, que passamos por isso, sabemos onde dói”; vídeo
Tempo de leitura: 2 minA visita ao pediatra para rever resultados de exame de estômago foi a oportunidade que o médico de Umuarama, no Paraná, usou para abusar sexualmente da paciente de dezesseis anos.
Nina Marqueti se calou por dez anos. Mas sempre pensou que um dia encontraria uma maneira de denunciar o pediatra e evitar que muitas outras meninas e jovens passassem pelo mesmo trauma.
Chegou a hora. Nina encabeça uma campanha, que entra no ar essa semana, chamada #ONDEDÓI porque, como ela mesma diz, “só nós, que passamos por isso, sabemos onde dói”.
O objetivo dessa campanha é mapear os casos de abusos cometidos por profissionais de saúde nos consultórios, hospitais, postos e ambulatórios.
Através de um questionário, no site da #ONDEDÓI, as mulheres poderão relatar suas histórias anonimamente e ler o que outras passaram. É importante entender que não estamos sozinhas.
O site também vai indicar grupos de profissionais que acolhem e orientam as vítimas nas áreas jurídica e emocional.
A campanha ainda está produzindo um manual ilustrado para explicar às pacientes quais são os direitos delas e como proceder para se defender desse tipo de abuso.
É possível ter sempre uma pessoa presente na consulta, além da paciente e do médico?
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Quando uma pergunta ou um gesto incomoda a paciente, qual deve ser a primeira atitude para evitar que a situação constrangedora vá adiante?
Você pode conhecer melhor essa campanha no site www.ondedoi.org e no Instagram: @CampanhaOndeDoi
Somos uma coalizão de coletivos feministas que reúne mulheres brasileiras no mundo todo empenhadas em eliminar a violência de gênero, combater a homofobia, o racismo e qualquer outro tipo de preconceito.
A partir da experiência da atriz e ativista Nina Marqueti, nos reunimos para estruturar o projeto #ondedoi.
Nosso objetivo é promover a conscientização da sociedade a respeito da violência contra as mulheres praticada por profissionais de saúde.
Queremos mapear esses casos e oferecer uma rede de apoio, emocional e jurídico, às vítimas.
Levantar um volume de informações sobre esses abusos também vai possibilitar exercer pressão sobre o poder público para que tome as providências necessárias e esses crimes sejam investigados, processados e julgados para que casos como o da Nina não se repitam.
ORGANIZAÇÃO
Mulheres da Resistência no Exterior
MUCB
GAMBE
W.A.V.E.
Plataforma Geni
Resist Brasil – Mulheres no Exterior Unidas pela Democracia
Elas Por Elas – Flórida
APOIO
Mapa do Acolhimento
Revibra
Coletivo Entre Elas
Think Olga
Mães Pela Diversidade
Vítimas Unidas
Raquel Ajuda
Papo Preta
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