José Luís Fiori: Brasil está ficando cada mais parecido com a Rússia dos anos 1990
Tempo de leitura: 7 minPara pensar sobre o futuro, depois do senhor Guedes e seu capitão
por José Luís Fiori*, em A terra é redonda
No início dos anos 1990, na véspera de sua dissolução, a União Soviética tinha 293 milhões de habitantes, e possuía um território de 22.400.000 km, cerca de um sexto das terras emersas de todo o planeta.
Seu PIB já tinha ultrapassado os dois trilhões de dólares, e a URSS era o segundo país mais rico do mundo, em poder nominal de compra.
Além disso, era a segunda maior potência militar do sistema internacional, e uma potência energética, o maior produtor de petróleo bruto do mundo. Possuía tecnologia e indústria militar e espacial de ponta, e tinha alguns dos cientistas mais bem treinados em diversas áreas, como a física de altas energias, medicina, matemática, química e astronomia.
E, finalmente, a URSS era a potência que dividia o poder atômico global com os Estados Unidos. Mesmo assim, foi derrotada na Guerra Fria, sendo dissolvida no dia 26 de dezembro de 1991, e depois disto, durante uma década, foi literalmente destruída.
No entanto, ainda antes da dissolução soviética, Boris Yeltsin – que viria a ser o primeiro presidente da nova Federação Russa – já havia convocado um grupo de economistas e financistas, nacionais e internacionais, liderados pelo jovem ex-comunista Yegor Gaidar, para formular um programa de reformas e políticas radicais, com o objetivo de instalar na Rússia uma economia liberal de mercado.
Depois disso, a dissolução da URSS já pode ser considerada o primeiro passo do grande programa ultraliberal de destruição do Estado soviético e de sua economia de planejamento.
Em 1993, Boris Yeltsin ordenou a invasão e a explosão da Casa Branca do parlamento russo, que ainda se opunha às reformas ultraliberais, levando à morte de 187 pessoas, à prisão dos líderes da oposição e à imposição de uma nova Constituição que facilitasse a aprovação das políticas propostas pelo superministro Yegor Gaidar.
Mesmo assim, e apesar das resistências, já em 1992, Yeltsin ordenou a liberalização do comércio exterior, dos preços e da moeda. Deu início, ao mesmo tempo, a uma política de “estabilização macroeconômica” caracterizada por uma rígida austeridade fiscal.
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Por outro lado, o superministro Gaidar – que era considerado um “craque” por seus pares do mundo das finanças – aumentou as taxas de juros, restringiu o crédito, aumentou os impostos e cancelou todo tipo de subsídio do governo à indústria e à construção; fez, ainda, cortes duríssimos no sistema de previdência e de saúde do país.
É fundamental destacar que, como condição prévia, o novo governo russo se submeteu às determinações dos Estados Unidos e do G7, abandonou qualquer pretensão a “grande potência” e permitiu a desmontagem e desorganização de suas Forças Armadas, junto com o sucateamento de seu arsenal atômico.
E foi assim que o “choque ultraliberal” da equipe econômica de Yeltsin conseguiu avançar de forma rápida e violenta: basta dizer que em apenas três anos, Gaidar vendeu quase 70% de todas as empresas estatais russas, atingindo em cheio o setor do petróleo que havia sido uma peça central da economia socialista russa, e que foi desmembrado, privatizado e desnacionalizado.
As consequências do “choque” foram mais rápidas e violentas do que o próprio choque, e acabaram levando Yegor Gaidar de roldão, já em 1994. A inflação disparou e as falências se multiplicaram por toda a Rússia, levando sua economia a uma profunda depressão.
Em apenas oito anos, o investimento total da economia russa caiu 81%, a produção agrícola despencou 45% e o PIB russo caiu mais de 50% em relação ao seu nível de 1990, e vários setores da economia russa foram varridos do mapa.
Por sua vez, a quebra generalizada da indústria provocou um grande aumento do desemprego, e uma queda de 58%, em média, no nível dos salários.
As reformas e o corte dos “gastos sociais” devastaram o nível de vida da maior parte da população; a população pobre do país cresceu de 2% para 39%, e o coeficiente de Gini saltou de 0,2333 em 1990, para 0,401 em 1999.
Uma destruição e uma queda continuada do PIB que não impediram, entretanto, as altas taxas de lucro e o enriquecimento de alguns grupos privados, formados por antigos burocratas soviéticos, que se aliaram com grandes bancos internacionais e participaram do big business das privatizações – em particular, da indústria do petróleo e do gás.
São os assim chamados “oligarcas russos”, multimilionários que dominaram o governo de Yeltsin e criaram junto com ele e seus economistas ultraliberais uma verdadeira “cleptocracia”, que cresceu e enriqueceu a despeito da destruição do resto da economia e da sociedade russas.
Na verdade, em 1991, a União Soviética foi derrotada, mas seu exército não foi destruído numa batalha convencional.
Assim mesmo, durante toda a década de 1990, os EUA, a União Europeia e a OTAN promoveram ativamente o desmembramento do território do antigo Estado Soviético, que perdeu cinco milhões de quilômetros quadrados e cerca de 140 milhões de habitantes.
Tudo feito com a aquiescência subalterna do governo de Boris Yeltsin e de seus economistas ultraliberais, em nome de um futuro renascimento da Rússia, que deveria ser parida pela mão invisível dos mercados.
Mas, como vimos, esse sonho econômico acabou se transformando num grande fracasso, com um custo social e econômico imenso para a população russa.
O primeiro-ministro Ygor Gaidar foi desembarcado do governo em 1994, ainda no primeiro mandato de Yeltsin, e o próprio Boris Yeltsin teve um final melancólico, humilhado internacionalmente nas Guerras da Chechênia e da Iugoslávia, renunciando à presidência da Rússia no dia 31 de dezembro de 1999.
A história posterior da Rússia é mais conhecida e chega até nossos dias, mas talvez deva ser relembrada, sobretudo para os que apostam, no Brasil, na radicalização das privatizações e na desmontagem do Estado brasileiro e de seus compromissos com a soberania nacional e com a proteção social da população.
Porque foi o fracasso do “choque liberal” russo que contribuiu decisivamente para a vitória eleitoral de Vladimir Putin, no ano 2000, e para a decisão de seu primeiro governo, entre 2000 e 2004, de resgatar o velho nacionalismo e retomar o Estado como líder da reconstrução econômica da Rússia, no século XXI.
Tanto Putin quanto seu sucessor, Dmitri Medvedev, e de novo Putin, mantiveram a opção capitalista dos anos 90, mas recentralizaram o poder do Estado e reorganizaram sua economia, a partir de suas grandes empresas da indústria do petróleo e do gás.
Mas isto só foi possível porque ao mesmo tempo retomaram o projeto de potência que havia sido abandonado nos anos 90, com a reorganização de seu complexo militar-industrial e a reatualização de seu arsenal atômico.
Depois disso, em 2008, na Guerra da Geórgia, a Rússia deu uma primeira demonstração de que não aceitaria mais a expansão indiscriminada da OTAN. Mais à frente, o governo russo incorporou o território da Crimeia, em resposta à intervenção euro-americana na Ucrânia em 2014, para finalmente, em 2015, fazer sua primeira intervenção militar vitoriosa fora de suas fronteiras, na guerra da Síria.
Ou seja, depois do seu colapso econômico e internacional dos anos 90, a Rússia conseguiu retomar seu lugar entre as grandes potências mundiais em apenas 15 anos, dando um verdadeiro salto tecnológico nos campos militar e eletrônico-informacional.
Atualmente, as sanções econômicas impostas à Rússia a partir de 2014 vêm produzindo efeitos danosos e gerando grandes dificuldades para a economia russa. Mas tudo indica que já não conseguirão alterar o rumo estratégico que aquele país traçou para si mesmo, voltado para a reconquista de sua soberania econômica e militar destruída na década de 1990.
O Brasil, depois do golpe de Estado de 2015/16, e depois de três anos seguidos da mesma política econômica neoliberal e ortodoxa, está ficando cada mais parecido com a Rússia dos anos 1990.
Quase todos os seus indicadores econômicos e sociais são declinantes ou catastróficos, em particular no que diz respeito à queda do consumo e dos investimentos, e mais ainda, no caso do aumento do desemprego, da miséria e da desigualdade social.
A maioria das previsões sérias sobre as perspectivas futuras são desalentadoras, a despeito da imprensa conservadora que procura transformar em gemada qualquer filigrana de ovo que encontra à sua frente, tentando transmitir um falso otimismo.
Frente a isto, a equipe econômica do senhor Guedes resolveu transformar a Reforma da Previdência na tábua de salvação da economia brasileira, para logo depois inventar um novo Santo Graal. Anuncia agora, em qualquer ocasião, uma privatização radical de todo o Estado brasileiro, incluindo todo o parque industrial petrolífero e a própria Petrobrás.
Comporta-se como um palhaço de circo mambembe do interior, tentando manter a atenção da plateia entediada com o anúncio da entrada em cena do leão.
Mas tudo indica que sem sucesso, quando consideramos que nesses dois últimos meses, em agosto e setembro, assistimos à maior fuga de capitais da Bolsa de Valores em 23 anos.
É aqui precisamente que a história da Rússia pode nos ajudar a entender o que se passa e prever o que poderá acontecer, tendo em vista as inúmeras semelhanças que existem entre Brasil e Rússia.
Pois bem, o que nos ensina a experiência russa dos anos 1990, e depois?
Primeiro, e muito importante: que a destruição da economia, do Estado e da sociedade russa, na década de 1990, não foi incompatível com o enriquecimento privado, sobretudo dos grupos de financistas e ex-burocratas soviéticos que obtiveram lucros extraordinários com o negócio das privatizações– e que depois assumiram o controle monopólico das antigas indústrias estatais, em particular no campo do petróleo e do gás.
Ou seja, é perfeitamente possível conciliar altas taxas de lucro com estagnação ou recessão econômica, e até com a queda do produto nacional.
Segundo: que os grandes lucros privados e os ganhos estatais com as privatizações não levam necessariamente ao aumento dos investimentos num ambiente macroeconômico caracterizado pela austeridade fiscal, pela restrição ao crédito e pela queda simultânea do consumo.
Pelo contrário: o que se viu na Rússia foi uma gigantesca queda dos investimentos e do PIB russo, da ordem de quase 50%.
Terceiro, e o mais importante: que depois de dez anos de destruição liberal, a experiência russa nos ensina que, em países extensos, com grandes populações e economias complexas, os “choques ultraliberais” têm um efeito muito mais violento e desastroso do que nos pequenos países com economias exportadoras.
Trata-se de uma situação política insustentável no médio prazo, mesmo com ditaduras muito violentas, como aconteceu com o fracasso econômico da ditadura chilena do General Augusto Pinochet.
A reversão posterior da situação russa também nos ensina que (1) quanto mais longo e mais radical for o “choque utraliberal”, mais violenta e estatista tende a ser sua reversão posterior; e (i) em países com grandes reservas energéticas, é possível e necessário recomeçar a reconstrução da economia e do país, depois da passagem do tufão, a partir do setor energético.
A História não se repete, nem se pode transformar a história de outros países em receita universal, mas pelo menos a experiência russa ensina que existe “vida” depois da destruição ultraliberal, e que será possível refazer o Brasil, depois que o senhor Guedes e seu capitão já tiverem passado em conjunto para galeria dos grandes erros ou tragédias da História brasileira.
*José Luís Fiori é professor de Economia Política Internacional no Instituto de Economia da UFRJ
Comentários
Roberto Puccia bianchi
O Fiori como sempre sagaz e agudo.
Esta comparação vale até o Putin assumir o poder na Rússia.
O Brasil depois do Getulio Vargas nao teve um lider verdadeiramente nacionalista. E mesmo o Lula que fez o governo possivel de centro direita com o Meireles no Bacen nao teria condições se for libertado mudar radicalmente a situacao como Putin fez na Russia.
Putin ex chefe da KGB tinha e tem muitos segredos na sua mochila.
O Brasil está órfão de Cidadania.
A lavagem cerebral patrocinada pelo Grande Capital e praticada 24 horas todos os dias criou seres dóceis que tudo aceitam sem reagir.
Nelson
No comentário anterior, afirmei que o Sistema de Poder que domina os Estados Unidos [domina também boa parte do planeta e tem anseios de dominá-lo por inteiro] está muito mais precavido e procurará “costurar” para evitar que o Brasil volte a ser governado por forças populares.
–
E tal Sistema já está agindo há tempos. A judicialização da política, com o objetivo de implantar uma Juristocracia, é a grande tacada para impermeabilizar o poder deixando o povo completamente alheio, sem acesso algum, à arena de tomada de decisões.
–
A Lava Jato, operação engendrada lá no cento deste Sistema de Poder, foi – ainda está sendo – uma espécie de projeto piloto desta Juristocracia. Trata-se de uma estratégia nova e, vamos reconhecer, genial, de afastar os inconvenientes e inoportunos sob a capa do combate à corrupção e da moralização da política.
–
Na década passada, quando Vladimir Putin começou a resgatar seu imenso país das garras dos ladrões ocidentais, tal estratégia ainda não existia. Se já existia, não havia ainda sido aplicada.
–
Então, se este Sistema de Poder conseguir implementar o todo de seu projeto devastador para o Brasil, estaremos realmente enrascados. Será quase impossível retomar a construção do nosso país sem uma revolução, sem uma guerra contra tal Sistema.
LULIPE
O choro é livre, lula não. #mito 2022 #moro2026
Nelson
Como o seu grande ídolo, Jair Bolsonaro, o Lulipe é um adorador e sabujo inveterado dos Estados Unidos. Portanto, é perfeitamente normal que ele tenha detestado o texto do Fiori.
–
Como seu grande ídolo, Jair Bolsonaro, Lulipe tem um medo que se pela do Lula. Estranho, não é mesmo? Se o Lula é o traste, o lixo que ambos dizer ser, qual a razão do medo.
–
É que eles sabem que Lula é muitíssimo maior que qualquer um deles e não teriam capacidade alguma de enfrentá-lo de peito aberto. Por isso, tinham que prender o “Barbudo”. Por isso, nutrem um ódio visceral ao Lula.
–
Então, para te deixar um pouco mais brabo, Lulipe, vou reproduzir o excelente texto do jornalista Fernando Brito, “Lula está preso, babacas?”.
–
“Lula está preso, “não é, babacas”?
E faz tempo, um ano e meio, fechado numa saleta da Polícia Federal do Paraná.
Acusado de tudo e mais um pouco, numa enxurrada de processos onde não há provas, mas há um monolitismo de convicções judiciárias que só agora ameaça se quebrar.
E no entanto, a Veja adverte: ele é o grande “perigo” de que a esquerda possa vencer a eleição distante de 2022.
Como há duas décadas, em 2002, de que seja ele a esperança para enfrentar os dias de medo que o país em crise, faz tempo, vive, sem consertar-se.
Claro, a pesquisa da Veja põe Bolsonaro e Moro à sua frente: há cinco anos sendo pintado nas telas de TV e capa de revistas como o demônio em pessoa, estranho seria o contrário.
Mas nada consegue disfarçar que o ex-presidente tem o suficiente – mais que o suficiente, até, para inverter a pequena vantagem que dizem ostentar contra ele.
Podem até dizer que vencem, se o adversário estiver amarrado e os juízes forem seus. Nem disso têm certeza, de tão ruins que são.
Se tivessem esta folga, não seria a liberdade de Lula, mesmo provisória, o grande terror que os apavora, ao ponto de generais crepusculares porem-se à deprimente tarefa de “tuitar” sobre a “convulsão social” que um homem às vésperas de completar 74 anos causaria, pelo simples fato de ser solto.
Logo ele, o perigoso esquerdista que não diz que vai fuzilar, prender, que não apela às armas, que não quer fazer do filho de embaixador e não coloca a prole pendurada na política.
Logo ele, que governou num período em que, para todos eles, a prosperidade imperou e se deu aos pobres sem tirar dos ricos.
E isto os desespera porque, tendo tudo nas mãos, não conseguem senão crise, privações e ódios.
Manietado em Curitiba, o ex-presidente é a negação do que fazem,
No país das divisões, é o “radical” Lula quem quer unir.
No país da grosseria, é quem chamam de analfabeto que prega o convívio civilizado.
Que quer que as pessoas riam, comam, morem, comprem, trabalhem, produzam e ganhem.
O populista que não sorteia um caminhão de prêmios, o antimilitar que reequipou as Forças Armadas, o “paraíba” que é acolhido e aplaudido nos salões do mundo.
Dá-lhes medo, numa palavra, porque, com todos os defeitos e limitações que possa ter tido, fez do Brasil o que ele não pode ser: um país respeitado.
Querem que ele não possa ir buscar o Brasil profundo e o traga para a sala da casa, em lugar de deixá-lo virar selvagem na periferia, sem sonho e sem futuro.
Ele está em cada canto deste país que não pode aceitar ser do tamanho da mediocridade que suas elites o fazem viver.
Mesmo encerrado num cárcere, Lula não está preso, babacas.”
Nelson
É certo que não existe o tal “Fim da História” como pregava Fukuyama. E sempre haverá a possibilidade da retomada, da reconstrução. Porém, o que vejo é um projeto de desmantelamento total, de desestruturação completa, do Estado brasileiro sendo aplicado. O objetivo é não deixar pedra sobre pedra para impossibilitar ou dificultar o máximo possível essa recontrução, “o senhor Guedes e seu capitão já tiverem passado”.
–
A meu ver, o Sistema de Poder que domina os Estados Unidos quer destruir tudo o que seja público/estatal, para poder implementar na plenitude o seu modelo de democracia. O modelo que bem definiu Eduardo Galeano como aquele em que “você vota, mas não elege”. Ou seja, por mais que, a cada quatro anos, você troque o eleito, coisa continua a mesma.
–
Se conseguirem implementar todo o se projeto, eles poderão, já em 2022, dar-se o luxo de até oferecer a cadeira presidencial para o Lula, o Boulos ou qualquer outro candidato popular ou de esquerda. Com um Estado todo estraçalhado, sem empresas públicas/estatais nas quais ancorar um projeto nacional e popular, estes nada, abolutamente nada conseguirão fazer.
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Por isso que eu acho que o Fiori está sendo um tanto otimista demais. Escaldado com a reação dos russos, agora o Sistema de Poder que citei vem muito mais precavido e procurará “costurar” todas as pontas para evitar que no Brasil volte a se estabelecer um governo popular com chance de êxito como aconteceu com Getúlio, Jango e mais recentemente com o PT.
–
As amarras que eles estão nos impondo vão nos exigir um esforço hercúleo e muito espírito nacional e de entrega para que consigamos fazer vingar a retomada.
Zé Maria
Infelizmente, o Brasil não tem em vista um Vladimir, no Futuro.
Aliás, olhando o passado, a Vale do Rio Doce não foi reestatizada,
e a Petrobras continuou fragilizada com ações em Wall Street,
mesmo que – com um momento político e econômico favorável –
houvesse a oportunidade de reversão no Poder Legislativo.
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