Fiscal da Lava Jato suspeito de extorquir R$ 4 milhões acusou Lula de ‘desvio’ por pagar 936 reais a segurança
Tempo de leitura: 7 minFiscal preso pela Lava-Jato chefiou autuação milionária contra o Instituto Lula
O auditor fiscal Marco Aurélio da Silva Canal, preso nesta quarta-feira (2) em uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, é o mesmo que chefiou a devassa nas contas do Instituto.
Como resultado desta devassa, o Instituto perdeu sua condição de entidade sem fins lucrativos e foi enquadrado como empresa, o que culminou em uma autuação de mais de R$ 18 milhões contra o Instituto.
Segundo matéria publicada nesta manhã pelo UOL, Canal, que é supervisor de programação da Receita Federal na Lava Jato, é apontado como líder da quadrilha que extorquia dinheiro dos investigados na Lava Jato.
No total, foram cumpridos 11 mandados de prisão.
Entenda a autuação milionária
Entre outubro de 2015 e abril de 2018, as contas do Instituto Lula foram alvo de uma minuciosa devassa chefiada por Marco Aurélio.
Desde o início, o Instituto denunciou desde o início o uso político da investigação.
Em nota oficial publicada em 20 de agosto de 2016, denunciamos o vazamento de dados e decisões da auditoria à imprensa antes mesmo que o Instituto tomasse conhecimento.
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Ao mesmo tempo, sempre colaboramos com as investigações, cientes de que não temos nada a esconder.
No entanto, após essa devassa, os auditores disseram ter encontrado “desvio de finalidade” em valores que somam cerca de R$ 365 mil.
Entre os “desvios” estavam, por exemplo, o pagamento da passagem de R$ 936 para um segurança que acompanhou o ex-presidente no velório do vice-presidente José Alencar.
Para os auditores, foi uma despesa “que diz respeito exclusivamente ao interesse particular do ex-presidente”.
Também foi considerado desvio o pagamento do intérprete que acompanhou Lula quando o ex-presidente recebeu prêmio de doutor honoris-causa na Bolívia.
O Instituto tem a finalidade estatutária de preservar e defender o legado do ex-presidente Lula.
Como resultado, a auditoria convocada pelo fiscal preso hoje resultou numa multa impagável de mais de R$ 18 milhões, valor quase 50 vezes maior do que o valor que os próprios auditores consideraram desalinhado ao propósito do Instituto.
Mais do que isso, a auditoria rendeu diversos vazamentos e matérias na imprensa, que serviram para alimentar a investida política e judicial contra o ex-presidente e o projeto de país que tem nele seu maior símbolo.
Paulo Okamotto, diretor-presidente do Instituto disse que a instituição vai usar essas informações em sua defesa nas esferas administrativa e criminal.
A situação do Instituto
A caçada contra Lula chegou ao Instituto com toda força.
Em 4 de março de 2016, dia da condução coercitiva de Lula, o Instituto Lula foi invadido por homens da Polícia Federal e também auditores fiscais.
Em agosto do mesmo ano, dados bancários do Instituto e da empresa de palestras foram vazadas à imprensa, que também soube antecipadamente dos movimentos dos auditores.
A autuação impagável foi seguida pelo congelamento das contas do Instituto.
Despesas básicas como água, luz e internet só foram pagas graças à solidariedade de pessoas que se engajaram numa campanha de financiamento coletivo.
Nem mesmo salários, impostos e despesas trabalhistas podiam ser pagas, numa flagrante afronta à legislação e à jurisprudência.
Mesmo que venha a ser revertida, a autuação já causou prejuízos irreparáveis à atuação do Instituto, que teve de diminuir sua equipe e suas atividades e ainda virou alvo de uma sequência de ataques jurídicos e midiáticos com motivação política.
Em maio de 2017, um juiz de Brasília chegou a fechar o Instituto Lula em decisão tomada por conta própria, sem pedido do Ministério Público.
A ordem foi revertida pelo tribunal superior, mas apenas depois de todo um show midiático voltado a destruir a reputação do Instituto.
O Instituto, no entanto, segue ativo, graças à campanha de financiamento coletivo que é renovada todo semestre.
Para conhecer mais da atividade do Instituto, conheça nossa seção de relatórios (o último balanço é de 2016).
Entre outubro de 2015 e abril de 2018, as contas do Instituto Lula foram alvo de uma minuciosa devassa chefiada por Marco Aurélio.
Desde o início, o Instituto denunciou desde o início o uso político da investigação.
Em nota oficial publicada em 20 de agosto de 2016, denunciamos o vazamento de dados e decisões da auditoria à imprensa antes mesmo que o Instituto tomasse conhecimento.
Ao mesmo tempo, sempre colaboramos com as investigações, cientes de que não temos nada a esconder.
No entanto, após essa devassa, os auditores disseram ter encontrado “desvio de finalidade” em valores que somam cerca de R$ 365 mil em x anos.
Entre os “desvios” estavam, por exemplo, o pagamento da passagem de R$ 936 para um segurança que acompanhou o ex-presidente no velório do vice-presidente José Alencar.
Para os auditores, foi uma despesa “que diz respeito exclusivamente ao interesse particular do ex-presidente”.
Também foi considerado desvio o pagamento do intérprete que acompanhou Lula quando o ex-presidente recebeu prêmio de doutor honoris-causa na Bolívia.
O Instituto a obrigação estatutária de preservar e defender o legado do ex-presidente Lula.
Como resultado, a auditoria convocada pelo fiscal preso hoje resultou numa multa impagável de mais de R$ 18 milhões, valor quase 50 vezes maior do que o valor que os próprios auditores consideraram desalinhado ao propósito do Instituto.
Mais do que isso, a auditoria rendeu diversos vazamentos e matérias na imprensa, que serviram para alimentar a investida política e judicial contra o ex-presidente e o projeto de país que tem nele seu maior símbolo.
Nota de 30/08/2016
Em menos de 48 horas, foi o segundo vazamento para a imprensa de procedimentos sigilosos da Receita Federal do Brasil.
Na segunda-feira, o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem sobre supostas multas que estariam prestes a ser aplicadas ao Instituto Lula – o que não corresponde ao teor da notificação recebida hoje.
Vazamentos sobre o procedimento da Receita vêm sendo publicados desde dezembro do ano passado.
O Instituto Lula age dentro da lei e todos os questionamentos serão esclarecidos.
Não temos nada a esconder e sempre colaboramos com a fiscalização. É imprescindível que a Secretaria da Receita Federal do Brasil apure e puna os responsáveis por sistemáticas violações do sigilo fiscal da instituição.
O desrespeito a essa garantia constitucional é uma ameaça a cada cidadão e uma ofensa ao estado de direito democrático.
Nota de 04/03/2016
A violência praticada hoje (4/3) contra o ex-presidente Lula e sua família, contra o Instituto Lula, a ex-deputada Clara Ant e outros cidadãos ligados ao ex-presidente, é uma agressão ao estado de direito que atinge toda sociedade brasileira.
A ação da chamada Força Tarefa da Lava Jato é arbitrária, ilegal, e injustificável, além de constituir grave afronta ao Supremo Tribunal Federal.
1) Nada justifica um mandado de condução coercitiva contra um ex-presidente que colabora com a Justiça, espontaneamente ou sempre que convidado. Nos últimos meses, Lula prestou informações e depoimentos em quatro inquéritos, inclusive no âmbito da Operação Lava Jato. Dezenas de testemunhas foram ouvidas sobre estes fatos alegados pela Força tarefa, em depoimentos previamente marcados. Por que o ex-presidente Lula foi submetido ao constrangimento da condução coercitiva?
2) Nada justifica a quebra do sigilo bancário e fiscal do Instituto Lula e da empresa LILS Palestras. A Lava Jato já recebeu da Receita Federal, oficialmente, todas as informações referentes a estas contas, que foram objeto de minuciosa autuação fiscal no ano passado.
3) Nada justifica a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Lula, pois este sigilo já foi quebrado, compartilhado com o Ministério Público Federal e vazado ilegalmente para a imprensa, este sim um crime que não mereceu a devida atenção do Ministério Público.
4) Nada justifica a invasão do Instituto Lula e da empresa LILS, a pretexto de obter informações sobre palestras do ex-presidente Lula, contratadas por 40 empresas do Brasil e de outros países, entre as quais a INFOGLOBO, que edita as publicações da Família Marinho (http://www.institutolula.org/as-palestras-de-lula-a-violacao-de-sigilo-bancario-do-ex-presidente-foi-um-ato-criminoso).
Todas as informações referentes a estas palestras foram prestadas à Procuradoria da República do Distrito Federal e compartilhadas com a Lava Jato. Também neste caso, o Ministério Público nada fez em relação ao vazamento ilegal de informações sigilosas para a imprensa.
5) Nada justifica levar o ex-presidente Lula a depor sobre um apartamento no Guarujá que não é nunca foi dele e sobre um sítio de amigos em Atibaia, onde ele passa seus dias de descanso.
Além de esclarecer a situação do apartamento em nota pública – na qual chegou a expor sua declaração de bens – e em informações prestadas por escrito ao Ministério Público de São Paulo, o ex-presidente prestou esclarecimentos sobre o sítio de Atibaia em ação perante o Supremo Tribunal Federal, que também é de conhecimento público.
6) A defesa do ex-presidente Lula peticionou ao STF para que decida o conflito de atribuições entre o Ministério Público de São Paulo e o Ministério Público Federal (Força Tarefa), para apontar a quem cabe investigar os fatos, que são os mesmos.
Solicitou também medida liminar suspendendo os procedimentos paralelos até que se decida a competência conforme a lei. Ao precipitar-se em ações invasivas e coercitivas nesta manhã, antes de uma decisão sobre estes pedidos, a chamada Força Tarefa cometeu grave afronta à mais alta Corte do País, afronta que se estende a todas as instituições republicanas.
7) O único resultado da violência desencadeada hoje pela Força Tarefa é submeter o ex-presidente a um constrangimento público. Não é a credibilidade de Lula, mas da Operação Lava Jato que fica comprometida, quando seus dirigentes voltam-se para um alvo político sob os mais frágeis pretextos.
O Instituto Lula reafirma que Lula jamais ocultou patrimônio ou recebeu vantagem indevida, antes, durante ou depois de governar o País. Jamais se envolveu direta ou indiretamente em qualquer ilegalidade, sejam as investigadas no âmbito da Lava Jato, sejam quaisquer outras.
A violência praticada nesta manhã – injusta, injustificável, arbitrária e ilegal – será repudiada por todos os democratas, por todos os que têm fé nas instituições e do estado de direito, no Brasil e ao redor do mundo, pois Lula é uma personalidade internacional que dignifica o País, símbolo da paz, do combate à fome e da inclusão social.
É uma violência contra a cidadania e contra o povo brasileiro, que reconhece em Lula o líder que uniu o Brasil e promoveu a maior ascensão social de nossa história.
Comentários
Zé do rolo
Nunca existiu lava jato e sim farsa a jato de Curitiba ou com esses fatos revelados e essas prisões de membros da lava jato podemos achar que nunca existiu lava jato e sim quadrilha a jato de Curitiba. Agora sabe-se que todo o conteúdo divulgado pelo site Intercept Brasil em parceria com a veja e folha é VERDADE ou seja o Moro e o dallagnol e demais procuradores da lava jato que na verdade é farsa a jato de Curitiba armaram pesado contra o Lula e o Janot com suas declarações e seu livro a ser lançado só comprova que nunca existiu lava jato e sim farsa a jato de Curitiba.
Antonio
Enquanto esses auditores da receita ficam na roubalheira, o coitado do trabalhador que ganha um pouco mais de 2 salários mínimos e obrigado a pagar ir, como se salario fosse renda, só gostaria de saber quando essa cambada de ladrão vai corrigir a tabela do ir.
Justiceiro Hroth-Beorht
Tem que fechar mesmo. Pra que preservar legado de corrupto?
Zé Maria
Esse tal ‘desvio de finalidade’ foi posto pelos Patifes da Lava Jato
para que a Globo e a Mídia FasciPaulista manipulasse a notícia
enganando a população que, desinformada, pensou que houve
‘desvio’ de dinheiro público, quando na realidade o dinheiro era
do Instituto Lula, Entidade Privada, do qual o Lula é Sócio.
Portanto, na verdade o Lula usou o dinheiro dele recebido honestamente, dentro da Legalidade, não importando o valor.
Hoje se vê que os Bandidos eram os integrantes da Força-Tarefa
da Operação Lava Jato, que agiram dolosamente pra incriminar
o ex-Presidente Lula.
E o STF não pode deixar isso de lado ou perdê-lo de vista.
#LulaLivre
João
Magistral: Lula dá invertida em Dallagnol e turma da Lava Jato
Vídeo monumental com Gleisi Hoffmann
Imperdível!
https://youtu.be/xC3Z8c8Q2Ck
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