Com CPMI instalada, Frota promete entregar bunker de fake news de Bolsonaro

Tempo de leitura: 4 min
Reprodução

Da Redação

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) mergulhou de vez na luta encarniçada entre João Doria e Jair Bolsonaro pelo poder.

O ex-ator pornô foi expulso do PSL a pedido do presidente da República.

Sem espaço interno, chegou a disparar uma carta criticando a indicação de Flávio Bolsonaro para o cargo de embaixador em Washington.

Convidado para o Roda Viva, da TV Cultura, reconheceu que Bolsonaro foi eleito com o uso de fake news.

Agora, prometeu no tweeter revelar onde bolsonaristas continuam trabalhando para produzir e enviar notícias falsas.

Publicou uma foto e duas mensagens:

“Esse é Allan dos Santos o de boné é um dos que comanda a milicia virtual do Bolsonarismo ele e esses três que agora andam soltos na Câmara. Ainda vou descobrir onde está montada a Base (eu já sei que é em Brasília). E eu tenho a informação de que outra base dos mavs Bolsonaristas está funcionando de dentro da Câmara. Eu desconfio de dois gabinetes. De lá saem muitos ataques brutais. Mas vamos descobrir”.

A sigla mavs se refere a Militância em Ambiente Virtual.

Uma CPMI sobre fake news está funcionando no Congresso.

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A Polícia Federal tem inquérito em andamento.

O Tribunal Superior Eleitoral apura o uso de fake news na campanha de 2018.

Segundo denúncia da Folha de S. Paulo, empresários pagaram pela disseminação de notícias falsas contra Fernando Haddad.

É um dos caminhos através dos quais o mandato de Jair Bolsonaro pode ser abreviado, quando o PIB assim decidir.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem tentado atrair o ex-juiz federal Sérgio Moro para o PSDB.

A saída de Moro do governo Bolsonaro, aparentemente inevitável, pode ser decisiva para o timing de uma ação contra o presidente da República.

O PSL de Bolsonaro tentou barrar a CPMI, bem como a lei que pune a disseminação de fake news.

CPMI das Fake News é instalada no Congresso

da Agência Senado

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News foi instalada nesta quarta-feira (4). Na reunião, o senador Ângelo Coronel (PSD-BA) foi eleito presidente e a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) foi indicada como relatora.

O requerimento para a criação da CPI foi feito pelo deputado Alexandre Leite (DEM-SP) e recebeu o apoio de 276 deputados e 48 senadores.

Composta por 15 senadores e 15 deputados, a CPI mista terá 180 dias para investigar a criação de perfis falsos e ataques cibernéticos nas diversas redes sociais, com possível influência no processo eleitoral e debate público. A prática de cyberbullying contra autoridades e cidadãos vulneráveis também será investigada pelo colegiado, assim como o aliciamento de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.

Segundo o senador Ângelo Coronel, é necessário descobrir quais são os focos da produção em larga escala de notícias falsas para combatê-las.

— Nós vemos a cada dia famílias sendo atingidas por notícias falsas e precisamos dar um basta nisso e descobrir quais são os focos desta indústria de fake news que abala a democracia brasileira. Esta é uma comissão suprapartidária e espero contar com todos os pares para que a gente possa dar essa resposta a nossa sociedade — afirmou.

Disputas políticas

O deputado Alexandre Leite, autor do requerimento de criação da CPI, manifestou-se contrário à relatoria de Lídice da Mata ao declarar que o propósito da CPMI poderia ser desvirtuado. Segundo ele, os partidos de oposição ao governo podem utilizar a comissão para fins políticos, pois investigar o papel das fake news nas eleições de 2018 seria uma forma de tentar reverter seus resultados. Ele se retirou da comissão.

— Sabendo dessa costura política que foi feita em torno dos nomes dessa comissão eu não me senti confortável em fazer parte dela, eu estou com requerimento aqui pronto para encaminhá-lo e encaminhar à mesa da Casa para que o meu partido substitua o meu nome nessa comissão. Eu não quero fazer parte do que aqui vai ser decidido porque não faz parte daquilo que eu propus como autor —  explicou.

O deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, ressaltou que durante as eleições de 2018 houve denúncias sobre o uso de fake news para desestabilização da democracia brasileira. Segundo ele, a disseminação de notícias falsas por meios tecnológicos corrompeu as regras eleitorais e, por isso, é necessário investigar este processo.

— Essa CPMI não é motivo de temor para para aqueles que efetivamente não se envolveram em práticas criminosas. Agora…eu acho que nós temos uma oportunidade ímpar de poder avançar numa investigação e eu pondero a Vossas Excelências: uma CPMI deve ser conduzida por parlamentares que querem que a investigação ocorra ou deve ser conduzida por parlamentares que não querem que a investigação ocorra? — indagou.

O presidente da CPMI, no entanto, declarou que o objetivo não será investigar quem ganhou ou perdeu as eleições, mas sim o problema das fake news na sociedade como um todo. A relatora Lídice da Mata também ressaltou que o objetivo da comissão é contribuir para que a sociedade brasileira compreenda o que são as fake news e como combatê-las.

Mandado de segurança

O deputado Filipe Barros (PSL-PR) anunciou ter entrado com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a CPMI, por considerar que o requerimento para a criação do colegiado não delimita o objeto de investigação. Segundo ele, a comissão pretende investigar um assunto muito amplo.

— A CPI vai de cyberbullying, deep web, até um revisionismo das eleições passadas. Tanto é que, após o presidente Alcolumbre autorizar a abertura da CPMI, eu ingressei com mandado de segurança no STF, uma vez que faltava objeto determinado, que é um dos pré-requisitos constitucionais para abertura de uma CPMI  — afirmou.

O ministro do STF, Ricardo Lewandowski rejeitou o mandado.

Por Isabela Graton, com supervisão de Paola Lima

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Comentários

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Luiz Carlos Ubaldo Gonçalves

Quem está sendo indicado embaixador é Eduardo e não Flávio!

Zé Maria

Pode encaixar a Lava Jato
nessa CPI de Fake News.
Uma complementa a outra.

João Lourenço

Melhor deixar quietinho se não podem estourar aquele que ainda devem estar usando em Salvador ou sera que um lado era sujinho???Redação ,parem de jogar paciência e trabalhem mais !!

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