Lei da Anistia faz 40 anos e deputado alerta: “Tempos obscuros estão de volta, rondando a democracia”; vídeo
Tempo de leitura: 6 minNo vídeo acima, a íntegra do Seminário: 40 anos da Lei de Anistia. Vale a pena assistir.
Da Redação, com Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM)
Junho de 1979. A cantora Elis Regina lança o long-play (LP) “Essa Mulher”. Um dos maiores sucessos do disco, a música “O Bêbado e o equilibrista”, de João Bosco e Aldir Blanc.
Era tempo de anistia política no Brasil. Ela virou o hino daquele momento histórico:…meu Brasil…que sonha com a volta do irmão do Henfil, com tanta gente que partiu num rabo-de-foguete….
28 de agosto de 1979. O general presidente João Batista Figueiredo promulga a lei 6.683, a Lei da Anistia.
Vítimas de perseguição política instalada com o golpe de 1964, milhares de brasileiros tiveram que deixar o País. Àquela altura havia cerca de 7 mil exilados. Os porões da ditadura ainda mantinham encarcerados aproximadamente 800 presos políticos.
31 de agosto de 1979. Os exilados políticos começam a voltar ao Brasil. Vários desembarcam no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, entre os quais a primeira pessoa banida pós-64, Dulce Maia.
Junto com mais 39 presos políticos, Dulce foi levada para a Argélia, em 1970.
Na sequência, voltam os ex-governadores Leonel Brizola, do Rio Grande do Sul, e Miguel Arraes, de Pernambuco, e o ex-deputado federal Márcio Moreira Alves.
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Logo depois, os líderes comunistas Luís Carlos Prestes, secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB), e Gregório Bezerra, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, irmão do cartunista Henfil.
No total, cerca de 2.500 pessoas foram beneficiadas pela Lei da Anistia.
Desde então se passaram 40 anos.
Para ajudar a contar essa história e resgatar parte da memória brasileira, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) e a de Legislação Participativa (CLP), da Câmara dos Deputados, promoveram na terça-feira passada, 27 de agosto, o seminário “Amarga Espera”.
No dia seguinte, 28 de agosto, a Lei da Anistia fez 40 anos.
Ao mesmo tempo em que libertou presos políticos e trouxe de volta milhares de brasileiros exilados, ela liberou de julgamento agentes do Estado que torturaram e mataram.
Daí a espera de quatro décadas por reparos na lei. O seminário foi solicitado pelos deputados Leonardo Monteiro (PT/MG) e Erika Kokay (PT/DF).
40 anos da Lei da Anistia: os retrocessos de 2019 e a falta da justiça de transição
por Pedro Calvi, Comissão de Direitos Humanos e Minorias
“Essa lei tem duas partes que não conversam entre si e é muito mal compreendida pelo sistema de justiça. Os torturadores diziam que agiam em nome do Estado, e crime político é, por definição, algo que se faz contra o Estado. Portanto, não poderiam estar incluídos na Lei de Anistia”, explica Deborah Duprat, procuradora Federal dos Direitos do Cidadão.
Duprat destaca que a justiça de transição prevê a “reparação, construção de locais de memória para lembrar do terror cometido pelo Estado e requer também a reforma das instituições e, principalmente, a responsabilização dos agentes dos crimes cometidos em nome do Estado. E nada disso foi feito”.
Ela lembra que cortes internacionais de justiça afirmam que a autoanistia “não convive com a democracia”.
Na época da assinatura da Lei, havia apenas dois partidos legitimados pelo governo.
A Aliança Renovadora Nacional (Arena), que apoiava a ditadura e tinha maioria no Legislativo, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que fazia oposição.
O texto aprovado não libertou imediatamente todos os presos políticos, já que não anistiava presos condenados por atos terroristas, assaltos e sequestros. Esses, foram libertados após julgamento.
Dessa forma, a anistia beneficiava, além das vítimas do golpe militar, militares responsáveis por torturas, mortes e desaparecimentos de opositores do regime.
Ao contrário de países que também viveram sob ditadura, como a Argentina e o Chile e que julgaram os torturadores, no Brasil, até hoje, apenas o militar Carlos Alberto Brilhante Ustra foi processado por crimes de tortura. Esse formato ficou conhecido como “autoanistia”.
O presidente da CDHM, Helder Salomão (PT/ES), pondera que “não era essa a lei que a sociedade brasileira queria, mas em um Congresso de senadores biônicos foi a possível”.
Salomão alerta ainda que se “passaram 40 anos e os tempos obscuros estão de volta, rondando a democracia brasileira e é fundamental manter a nossa capacidade de resistência neste momento”.
2019
Leonardo Monteiro, presidente da CLP, lembra que “depois de um longo período, com a criação da Comissão da Anistia e a edição de outras leis reparadoras dos direitos das vítimas e perseguidos políticos da ditadura, embora sempre incompletas, hoje os anistiados enfrentam novos desafios e dificuldades, com os retrocessos impostos pelo governo empossado em 2019”.
Ele acrescenta que a inclusão da palavra irrestrita na lei “serviu para anistiar os que cometeram crimes, mataram e torturaram durante a ditadura e agora queremos um reencontro do país consigo mesmo”.
Eneá de Stutz e Almeida, ex-conselheira da Comissão Nacional de Anistia, reforça esse sentimento.
“Hoje, com muita frequência, duvidamos do nosso futuro. Hoje ficamos com enorme perplexidade diante do desmanche das instituições e com os afrontas à Constituição. A formação atual da Comissão da Anistia é espúria. Nossos antepassados são nossos verdadeiros heróis”.
“Estamos vivendo um momento de revisionismo cruel, querem revisar reparações e direitos conquistados, ao mesmo tempo que querem perpetuar as barbaridades cometidas durante a ditadura, vingança mesmo”, afirma Everaldo Bezerra Patriota, da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
O primeiro presidente da CDHM, o ex-deputado Nilmário Miranda, ressalta que a justiça de transição é uma conquista da humanidade e foi criada ainda nas primeiras guerras mundiais, por causa dos genocídios. “São os crimes de lesa humanidade. Hoje, o governo federal vai contra isso e contra um processo civilizatório”.
Greve e anistia
Luciano Campos, da Associação Brasileira dos Anistiados Políticos do Sistema Petrobras e Demais Empresas Estatais, lembra da greve em 30 unidades da Petrobras em 1964. “Foram 351 demitidos, 259 receberam a indenização e 91 esperam até hoje a reparação”.
“Greve tem a ver com anistia e direitos humanos. E tivemos uma anistia inconclusa e hipócrita. Esse tema é civilizatório, serve para um governo compreender o que é democracia e o governo atual vai contra o que é civilizatório”, comenta Aderson Bussinger, da OAB do Rio de Janeiro.
“Não queremos que a Lei seja alterada, queremos que seja cumprida. Já está previsto nela que todos que cometem crime de lesa humanidade não podem ser anistiados. E esse tipo de crime foi cometido aos montes durante a ditadura”, esclarece o capitão José Wilson da Silva, presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Atingidos por Atos Institucionais.
“Foram 604 oficiais, mais de 4 mil marinheiros e cabos e cerca de 1.300 sargentos que tiveram direitos cassados, foram perseguidos. O Estado é feito pela classe que domina e aplica as leis de acordo com os seus interesses. Nós, das classes subordinadas, temos o dever de nos unir. Não estamos pedindo favor, queremos aquilo que tiraram de nós na ponta da pistola, nosso trabalho e nossa dignidade”, conclui o capitão de 87 anos de idade.
A história
Em 1977, ano marcado pela volta das manifestações estudantis, o movimento pela anistia ganha expressão nacional com a organização nos estados dos Comitês Brasileiros pela Anistia e a adesão de diferentes organizações, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O movimento ganha também a adesão dos sindicatos, que desafiavam o regime com greves que reuniram milhares de trabalhadores na região do ABC paulista, no final de 1978.
Em 1979, com o projeto da Lei de Anistia, apresentado por João Figueiredo ao Congresso e a atuação do senador Teotônio Vilela, os presos políticos iniciam uma greve de fome nacional em todos os presídios, de 22 de julho a 22 de agosto.
O período coincide com a análise do projeto no Congresso Nacional. No dia 28, deputados e senadores votam e aprovam a proposta da ditadura militar.
O movimento pela anistia teve um personagem emblemático, a advogada Therezinha Zerbini, que criou o Movimento Feminino pela Anistia (MFPA), em 1975. Esse movimento teve vários comitês espalhados pelo Brasil com o apoio da Igreja Católica.
Mais sobre a Lei
Cerca de 16 mil brasileiros recebem algum tipo de reparação através da Lei da Anistia, que abrange o período que vai de 1961 a 1979. Muitos já morreram e os viúvos recebem o benefício.
São dois tipos de concessão. Um, de prestação continuada com valor máximo de R$ 6 mil. Outro, de pagamento único, com teto de 100 mil reais.
Eles são pagos a pessoas que sofreram perseguição política, banimento, tortura, por exemplo.
Cerca de mais 10 mil processos ainda estariam, segundo o Comitê Brasileiro pela Anistia, no Ministério da Justiça para julgamento da concessão.
Esses processos beneficiariam civis, militares, índios e lavradores, por exemplo.
Muito além dos números, existem histórias de civis, indígenas, camponeses e militares que perderam direitos, família, trabalho, foram torturados, assassinados e muitos desaparecidos até hoje.
Também participaram do seminário:
*João Vicente Goulart , do Instituto João Goulart;
*Prudente José Silveira Mello, ex-conselheiro da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça;
*Aleinaldo Silva, representante dos Petroquímicos;
*Paulo Bezerra, dos Anistiados e Aposentados dos Correios e Telégrafos do Estado de São Paulo (AACETESP);
*Joviniano Neto, da Associação Tortura Nunca Mais;
*Lahis Rosa ex-integrante da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça;
*José Geraldo de Sousa Júnior, ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB); e
* Mateus Gamba Torres , professor da UnB.
Sobreviventes
“Estou aqui na condição de sobrevivente, a ditadura por pouco não nos matou e as ditaduras são covardes, matam sob tortura. E hoje, o espectro da ditadura militar toma forma na figura do presidente da República. Não podemos permitir que nossas esperanças sejam sufocadas”, diz Emiliano José, jornalista e ex-preso político.
Comentários
Ivanisa Teitelroit Martins
Não consegui queimar os documentos originais. Eu os reuni dentro de uma sacola e saí na madrugada pela rua fazendo o chequeio de costume. Fui em direção ao outro lado da cidade de São Paulo, onde moravam meus companheiros que eram operários. Ao chegar entreguei a eles a sacola para que encaminhassem os documentos à direção. No dia seguinte combinamos que um companheiro iria ao nosso endereço para averiguar se já haviam encontrado o lugar em que morávamos. E segui para o Comitê Brasileiro pela Anistia, no Centro, para ter notícias.
Ao chegar lá fui recebida por Airton Soares, que me tranquilizou, dizendo que meu companheiro havia sido perseguido e que estava em lugar seguro. Foi-me entregue um número de telefone para que eu fizesse uma ligação em uma central telefônica. Ao sair e passar por um tapume percebi um movimento estranho de dois homens que cruzaram o meu caminho e me perguntaram: “ Com medo?”
Tomei um táxi e pedi que fôssemos para a central telefônica mais próxima. Ao chegar lá percebi que se tratava de uma rua sem saída. Prestes a descer virei para trás e consegui visualizar dois carros parados à distância com as luzes acesas. Dei-me conta de que havia quatro homens em cada carro apesar do escuro da noite e da pouca iluminação pública. Garoava. Voltei para dentro do carro e disse ao taxista que estava sendo seguida por motivos políticos. O taxista, sem olhar para mim, disse somente: “Deixa comigo, vamos dar um chapéu neles”: um homem do povo.
Voltamos à avenida principal e durante duas horas definimos a estratégia para despistá-los. Pelas avenidas corríamos para depois entrar nas travessas de modo mais lento. Parávamos e checávamos se eles continuavam nos seguindo. Na primeira parada percebemos que somente um carro continuava atrás de nós e parara a uma distância em que tanto eles como nós podíamos nos ver. Continuamos com a mesma estratégia até a zona sul da cidade. No meio do trânsito decidimos que eu devia saltar e procurar ajuda porque com certeza eles já tinham o número da placa do carro. Desci e fui até a central telefônica mais próxima. Tinha o número de telefone de Luiz Eduardo Greenhalgh. Liguei para ele, que me atendeu com serenidade. Marcamos um ponto na zona norte da cidade, em Santana. Entrei em seu carro e ele me levou à sua casa, onde estavam algumas pessoas reunidas.
No dia seguinte Greenhalgh me levou ao aeroporto e me colocou no voo pela pista. Ao chegar à cidade do Rio de Janeiro me dirigi à sede do Jornal do Brasil para encontrar minha cunhada, que trabalhava como chefe de reportagem. Era a segunda vez que a encontrava. Ela chamou Técio Lins e Silva, que me levou a um local que me serviu de esconderijo. Fiquei só.
No dia da promulgação da Anistia, dia 28 de agosto de 1979, ouvia a notícia pelo rádio Continuei escondida.. Meu companheiro seria anistiado somente três meses depois.
Duas semanas depois foi montado um esquema para que eu reencontrasse meu companheiro. Foi marcado um ponto ao qual eu compareci. Tomei o carro com mais três companheiros e subimos a serra. Ao nos aproximarmos do local fui vendada para não saber onde me levavam.
Cheguei finalmente e encontrei meu companheiro. Ele me disse: “Como o Fernando Gabeira pôde publicar um livro sobre o sequestro do embaixador americano sem conversar com os outros companheiros que participaram da ação?”
A volta do exílio foi muito comemorada, mas aqueles que, como nós, continuavam clandestinos, precisaram esperar mais algum tempo para ter onde morar. Foram muitos episódios de enfrentamento e luta durante o período da ditadura.
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*Ivanisa Teitelroit Martins, psicanalista, cientista social e gestora pública. Pós-graduada em Teoria Psicanalítica pela UnB, mestre em psicologia clínica pela PUC-SP, membro titular da Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle, mestre em planejamento e políticas sociais pela London School of Economics and Political Science, gestora do Ministério do Planejamento (aposentada), título de comendadora na categoria de profissional do ano por mérito social em 2017, publicado em 4 de agosto no Diário Oficial do Governo do Estado de São Paulo
Ivanisa Teitelroit Martins
Não vivi os anos de luta armada. Vivi os anos de clandestinidade em aparelhos cuja localização desconhecíamos. Tínhamos uma vida em que a sobrevivência dependia da capacidade de sabermos nos esgueirar pela noite para chegar às frações e células e debater o marxismo-leninismo de modo a definir uma tática de ação política nos bairros, nos sindicatos e nos grupos de educação popular.
… Essa prática forjou em nós uma têmpera e uma determinação inquebrantável. Tínhamos entre nós, tanto eu e meu companheiro como entre nossos companheiros de luta, uma solidariedade incondicional…
Nosso trabalho era de agitação e propaganda, na venda do jornal clandestino Unidade Popular, para conscientizar a população da periferia de São Paulo dos desmandos e arbitrariedades da ditadura militar.
Meu companheiro e eu morávamos em um apartamento cujo endereço era desconhecido. Sua vida corria risco. Era perseguido e se fosse capturado poderia sofrer torturas e mesmo desaparecer. Respondia a um processo em que foi condenado à revelia por crime de sangue.
Éramos muito ativos também na campanha pela Anistia. Tínhamos o cuidado de adotar medidas de segurança que consistiam no chequeio permanente para evitar sermos seguidos. Para chegar a um ponto marcado eram necessárias muitas viagens, ir e voltar ao mesmo lugar para garantir que não se levava risco ao companheiro que iríamos encontrar.
Amplas manifestações da época
Essa prática forjou em nós uma têmpera e uma determinação inquebrantável. Tínhamos entre nós, tanto eu e meu companheiro como entre nossos companheiros de luta, uma solidariedade incondicional, porque havia um pacto firmado de plena confiança, um pacto de vida e de morte.
Se um de nós fosse capturado, havia a possibilidade de uma série de companheiros terem o mesmo destino. Por este motivo sabíamos o mínimo possível e confiávamos na direção. Meu companheiro e eu tínhamos um acordo. Se ele não chegasse a nosso apartamento três horas depois do horário combinado, eu deveria queimar todos os documentos políticos que ficavam em um baú de vime que eu nunca abria.
Um dia ele não chegou no horário combinado. Primeiro chorei supondo que o que tanto evitamos havia irremediavelmente acontecido. Depois sequei as lágrimas, abri o baú e fui retirando documento por documento. Fui à cozinha, peguei uma caixa de fósforos e comecei a queimar os documentos um a um lançando seus restos no vaso sanitário. Era preciso tomar precauções para não deixar que o cheiro de papel queimado fosse percebido pelos vizinhos. Foram três horas de trabalho que varou a madrugada.
Zé Maria
https://statics.livrariacultura.net.br/products/capas_lg/133/42273133.jpg
“Se o governo continuar deixando circular esta revista… dentro em breve estaremos caindo numa democracia”
Millôr Fernandes, na Revista “Pif Paf” [Fechada em 1964]
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq3103200514.htm
http://memorialdademocracia.com.br/card/pif-paf-de-millor-renova-o-humor-e-a-critica
http://le-livros.com/wp-content/uploads/2018/08/Essa-Cara-N%C3%A3o-Me-%C3%89-Estranha-e-Outros-Poemas-Mill%C3%B4r-Fernandes.pdf
Onde o Moro aprendeu inglês …
https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/13703.pdf
Zé Maria
Pif Paf foi criada por Millôr Fernandes, aproveitando
o título da seção que assinava na revista O Cruzeiro.
Era publicada em formato tabloide, impressa em cores
e com 24 páginas.
Apenas oito números foram publicados, ao longo de
três meses, entre 21 de maio e 27 de agosto de 1964.
Às críticas à recém-instalada ditadura militar
levaram a inteligência do exército a classificar
a revista como exemplo de imprensa “alternativa”
e rotular Millôr como “esquerdista”…
Zé Maria
O Grito Sufocado
Como dizia o Millor, em Plena Ditadura Militar Pós AI-5:
Livre Pensar …
É só pensar …
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