Desaprovação pessoal a Bolsonaro bate em 54%; 72% não querem Eduardo embaixador nos EUA; íntegra
Tempo de leitura: 7 min
Da Redação
A desaprovação pessoal do presidente Jair Bolsonaro continua em alta, segundo a mais nova pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes. Saltou de 28% para 54% entre fevereiro e agosto deste ano.
A pesquisa revela que quase 53% dos entrevistados são contra a reforma da Previdência e 45% acham que ela vai beneficiar os mais ricos.
72% são contra a indicação de Eduardo Bolsonaro para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, como quer o pai.
No estilo “o que é ruim a gente esconde”, o resumo da pesquisa feito pela própria CNT não destaca que 42,2% dos entrevistados dizem que se forem comprovadas as mensagens da Vaza Jato isso colocará em dúvida “a isenção” da Lava Jato.
Mais de 93% consideram que a preservação do meio ambiente é “muito importante”.
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Dentre os piores traços do governo Bolsonaro:
Decreto da liberação da posse e porte de arma / liberação das armas: 39,1%
Uso de palavras ofensivas e comentários inadequados: 30,6%
Contingenciamento de verbas da educação: 28,2%
Resultados da 144ª Pesquisa CNT de Opinião
A 144ª Pesquisa CNT de Opinião, realizada em parceria com o Instituto MDA, de 22 a 25 de agosto de 2019, mostra a avaliação dos índices de popularidade do governo e pessoal do presidente Jair Bolsonaro.
Revela ainda a avaliação dos brasileiros sobre as áreas de atuação do governo.
A pesquisa mostra a expectativa da população em relação ao emprego, à renda, à saúde, à educação e à segurança pública.
Traz também o que as pessoas pensam sobre os principais desafios do país e aborda questões como meio ambiente, radares em rodovias, reforma da Previdência, operação Lava Jato e ministro Sérgio Moro, preço dos combustíveis e sistema de saúde.
Foram realizadas 2.002 entrevistas, entre os dias 22 e 25 de agosto, em 137 municípios de 25 Unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Avaliação de governo
Governo do presidente Jair Bolsonaro:
Avaliação “ótimo + bom”: 29,4%
Avaliação “regular”: 29,1%
Avaliação “ruim + péssimo”: 39,5%
Não souberam opinar ou não responderam: 2,0%
Desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro:
Aprova: 41,0%
Desaprova: 53,7%
Não souberam opinar ou não responderam: 5,3%
Avaliação do governador
Ótimo: 6,0%, Bom: 26,0%, Regular: 35,4%, Ruim: 11,2%, Péssimo: 15,5%
Avaliação do prefeito
Ótimo: 7,1%, Bom: 23,4%, Regular: 26,5%, Ruim: 12,5%, Péssimo: 26,1%
Expectativa (para os próximos 6 meses)
Emprego: vai melhorar: 36,6%, vai piorar: 28,0%, vai ficar igual: 32,9%
Renda mensal: vai aumentar: 28,3%, vai diminuir: 16,8% vai ficar igual: 50,8%
Saúde: vai melhorar: 31,3%, vai piorar: 27,9%, vai ficar igual: 38,6%
Educação: vai melhorar: 30,8%, vai piorar: 29,3%, vai ficar igual: 36,7%
Segurança pública: vai melhorar: 37,8%, vai piorar: 26,8%, vai ficar igual: 32,9%
POLÍTICA
Áreas com melhor desempenho do governo do presidente Jair Bolsonaro:
Combate à corrupção: 31,3%, Segurança: 20,8%, Redução de cargos e ministérios: 18,5%, Economia: 12,3%, Reformas: 12,0%, Privatizações: 8,0%, Saúde: 3,5%, Educação: 2,8% e Meio ambiente: 2,0%.
Áreas com pior desempenho do governo do presidente Jair Bolsonaro:
Saúde: 30,6%, Meio ambiente: 26,5%, Educação: 24,5%, Economia: 17,6%, Direitos humanos: 13,6%, Reformas: 13,6%, Relação com Congresso: 11,2%, Segurança: 11,1% e Combate à corrupção: 7,8%.
Melhores ações do governo Jair Bolsonaro:
Combate à corrupção: 29,6%
Segurança / mais policiamento nas cidades / combate ao crime organizado / combate ao tráfico de drogas: 27,5%
Final do horário de verão: 18,1%
Redução do número de ministérios: 16,1%
Avanços na Reforma da Previdência: 15,1%
Decreto da liberação de posse e porte de arma / liberação das armas: 10,1%
Acordo com Mercosul e União Europeia: 8,5%
Piores ações do governo Jair Bolsonaro:
Decreto da liberação da posse e porte de arma / liberação das armas: 39,1%
Uso de palavras ofensivas e comentários inadequados: 30,6%
Contingenciamento de verbas da educação: 28,2%
Deixar os filhos dar opinião sobre integrantes e ações de seu governo: 24,4%
Avanços da Reforma da Previdência: 16,7%
Escolha dos ministros: 10,3%
Uso desnecessário de redes sociais: 10,3%
Sobre o presidente Jair Bolsonaro:
72,7% consideram inadequada a postura do presidente Jair Bolsonaro indicar um de seus filhos à Embaixada dos Estados Unidos. Para 31,7%, já é possível perceber melhorias em relação aos governos anteriores, enquanto 30,3% afirmam já ser possível perceber pioras em relação aos governos anteriores.
Maiores desafios do Brasil para este governo:
Saúde: 54,7%, Educação: 49,8%, Emprego: 44,2%, Segurança: 36,4%, Corrupção: 29,4%, Economia: 27,7%, Combate à pobreza: 20,6%, Meio Ambiente: 14,3%, Transporte: 3,5%, Saneamento: 3,1% e Energia: 2,0%.
Segurança pública, economia, combate à corrupção
Para 42,5% dos entrevistados, a segurança pública e a economia (44,5%) continuam de forma semelhante aos governos anteriores. A percepção de 41,4% da população é que o atual governo está combatendo melhor a corrupção, na comparação com os governos anteriores.
Relacionamento com o Congresso e ações para os mais pobres
A maior parte dos brasileiros (37,8%) considera que a relação do governo atual com o Congresso Nacional está igual aos governos anteriores.
Sobre as ações para os mais pobres, 47,2% avaliam que estão piores do que nos governos anteriores.
Transporte
53,1% consideram que o transporte continua de forma semelhante aos governos anteriores. Para 65,8%, o modal rodoviário deveria receber a maior parte dos investimentos, seguido do ferroviário (24,0%).
EMPREGO E RENDA
— 63,6% dos entrevistados afirmaram estar empregados, enquanto 11,6% afirmaram estar desempregados e procurando emprego.
— Considerando apenas os que estão empregados, 50,2% temem ficar desempregados, sendo que, nesse grupo, 55,7% consideram que esse temor é maior do que há um ano.
— Para 88,0% dos entrevistados, o Brasil ainda está em crise econômica; 33,0% não acreditam na melhora do cenário econômico.
— 55,0% não aceitariam um valor menor para manter ou conseguir seu emprego e 60,6% não aceitariam abrir mão de alguns direitos trabalhistas para manter ou conseguir um emprego.
— 61,1% afirmaram que sua renda continua igual em relação ao ano passado. 34,2% consideram que a oferta de emprego está melhorando, mas em ritmo lento.
LAVA JATO
— Para 51,0% dos entrevistados, a operação Lava Jato está beneficiando o Brasil; para 20,3%, não está beneficiando nem prejudicando o Brasil; e para 16,8%, está prejudicando o Brasil.
— Sobre as supostas mensagens trocadas entre o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, enquanto ele atuava como juiz, e procuradores da Operação Lava Jato, como Deltan Dallagnol, terem sido obtidas de forma ilegal (hackeadas), 47,2% consideram que ainda assim elas deveriam ser usadas, porque o importante é o seu conteúdo.
— Em função do teor dessas mensagens, 68,3% não concordariam com a soltura de condenados pela operação Lava Jato.
— 52,0% consideram que Sérgio Moro não deve deixar o cargo de ministro da Justiça.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
— 52,7% dos entrevistados são contra a Reforma da Previdência aprovada pela Câmara dos Deputados. Para 45,4%, a reforma beneficiará os mais ricos.
— Sobre o que deve ser priorizado após a Reforma da Previdência, 24,0% consideram que deve ser a Reforma do Código Penal, com revisão das penas e das formas de cumprimento. Em seguida, estão as Reformas Política (21,3%) e Tributária (21,1%).
MEIO AMBIENTE
— 93,5% afirmam que a preservação do meio ambiente é muito importante. 69,0% avaliam que deve haver equilíbrio entre a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento econômico.
— Para 83,4% dos entrevistados, o aquecimento global é uma realidade.
COMBUSTÍVEL
— 76,0% dos entrevistados se sentem afetados pelos sucessivos reajustes no preço dos combustíveis; e 66,5% não sabem por que os preços têm mudado muito em prazos curtos.
RADARES EM RODOVIA
— 46,6% dos entrevistados se dizem contrários à proibição dos radares móveis em rodovias federais, pois apenas motoristas com excesso de velocidade são multados. Outros 35,6% são a favor da proibição, pois consideram que eles são usados apenas para multar e arrecadar. Para 53,6%, existe uma indústria de multas de veículos nas rodovias brasileiras.
Conclusão
Os resultados da 144ª Pesquisa CNT de Opinião mostram avaliação negativa do Governo do Presidente Jair Bolsonaro. 53,7% dos entrevistados desaprovam o seu desempenho pessoal, contra 41,0% que o aprovam.
As áreas em que o governo está se saindo melhor são “combate à corrupção”, “segurança” e “redução de cargos e ministérios”, enquanto as três piores são “saúde”, “meio ambiente” e “educação”.
As expectativas para os próximos seis meses se mostram positivas, porém com piora em relação aos resultados da última pesquisa (fevereiro de 2019).
Os que acreditam que a situação vai melhorar são: 37,8% para segurança, 36,6% para emprego, 31,3% para saúde, 30,8% para educação e 28,3% para renda mensal.
Saúde, educação e geração de empregos são os maiores desafios para o governo de Jair Bolsonaro.
A percepção de que o Brasil está em crise econômica é citada por 88,0%, sendo que 54% dos entrevistados consideram que a crise só terminará em 2020 ou mais adiante e 33,0% acham que não haverá melhoria na situação econômica do país.
49,3% se mostram mais otimistas em relação à geração de emprego quando comparada com a do ano passado, porém acreditam que a melhora está acontecendo em ritmo lento.
Para 51,0% a operação Lava Jato está beneficiando o país e 68,3% não concordam com a soltura de condenados pela operação em função de supostas mensagens trocadas entre Sérgio Moro e procuradores da Operação Lava Jato. O Ministro Sérgio Moro não deveria deixar o cargo para 52,0%.
Em relação ao meio ambiente, a maioria (93,5%) considera que sua preservação é muito importante e 69,0% dos entrevistados acreditam que deve haver um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação.
Na avaliação da CNT, o governo de Jair Bolsonaro tem encontrado dificuldades que têm sido percebidas pela população, sobretudo em relação à demora na recuperação da economia. Entretanto, ainda há expectativa entre os brasileiros de que seu governo possa resolver os problemas do país, a depender da forma com que as soluções sejam apresentadas, debatidas e tratadas.
Comentários
Zé Maria
Jair, o Minúsculo
The Ravaging of Amazonia https://nyti.ms/322ByCx
A global treasure lies at the mercy of the smallest,
dullest, pettiest of men. (The New York Times)
“A Devastação da Amazônia”
“Um tesouro global está à mercê do menor,
mais estúpido e mais insignificante dos homens.”
https://t.co/JRa5Utr5ZT
https://www.nytimes.com/2019/08/24/opinion/sunday/amazon-fire.html
https://revistaforum.com.br/global/the-new-york-times-jair-bolsonaro-e-o-menor-mais-macante-e-mais-insignificante-dos-lideres/
Manoel
Por pior e burro que seja o Bolsonaro ainda chega a ser menos ruim do que o Moro que é perverso.
Dória e globo lixo juntamente com o antagonista dos infernos nunca vão conseguir eleger o Dória e Moro presidente pois perversos de extrema direita não condiz com a realidade do nosso país e do nosso povão.
Zé do rolo
Eita que o Bozo tá lascado.
O Bozo é burro
O Moro é muito pior que o Bozo pois o Moro é perverso e ruim mesmo.
Já o Bozo é idiota completo e burro.
Messias Franca de Macedo
Viva o The Intercept!
ÁUDIOS: Nova matéria da #VazaJato
https://www.youtube.com/watch?v=xW7MhDjZPrE