JN que preocupou Moro citou 21 políticos delatados, inclusive Aécio, Serra e Alckmin — mas Moro só buscou informações sobre o caso FHC
Tempo de leitura: 2 minO vazamento de mensagens entre juiz e promotor da Lava-Jato mais parece tempestade em copo d’água. A menos que haja novos vazamentos mais comprometedores. Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista
Da Redação
A edição do Jornal Nacional que parece ter preocupado o então juiz federal Sérgio Moro, de 12 de abril de 2017, teve 22 reportagens sobre supostos casos de corrupção, a maioria derivada da famosa lista de Fachin, o ministro relator da Operação Lava Jato no STF.
Foram apresentadas denúncias de delatores da Odebrecht contra 21 políticos, dentre os quais os ex-presidentes Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff.
A lista é longa: FHC, Aécio Neves, José Serra, Aloysio Nunes Ferreira, Moreira Franco, Eliseu Padilha, Pezão, Garotinho, Rosinha Garotinho, Eduardo Paes, Fernando Haddad, Geraldo Alckmin, Dilma Rousseff, Lula, Renan Calheiros, Édison Lobão, Humberto Costa, Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias e Fernando Collor de Mello — não exatamente nesta ordem.
Todos teriam se beneficiado de dinheiro da Odebrecht para suas campanhas, por dentro ou por fora, disseram delatores.
No entanto, desta longa lista o único que parece ter preocupado Moro na manhã do dia seguinte foi o ex-presidente FHC.
Afinal, se Moro considerou o que apareceu na TV “muito fraco”, por que se preocupar?
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A reportagem do JN sobre FHC teve apenas 2 minutos e 15 segundos, inclusive um vídeo postado pelo próprio ex-presidente na internet em que ele rasga elogios à Lava Jato e diz não ter nada a temer.
Porém, o trecho da delação de Emílio Odebrecht é claríssimo. O dono da empreiteira diz que ajudou “todos eles” e que FHC recebeu “por dentro e por fora” em suas duas campanhas presidenciais.
Odebrecht diz que ouviu o pedido do próprio FHC: “Emílio, você pode me ajudar no programa de campanha? Isso ele pediu”, afirmou o empresário.
Como o próprio Deltan Dallagnol explicou a Moro no chat, a Lava Jato encaminhou as denúncias a São Paulo sem analisar a questão da prescrição, “talvez para passar recado de imparcialidade”, ou seja, apenas para parecer imparcial.
Mas, por que Moro ficou preocupado apenas com FHC? Estava pescando com os procuradores para descobrir se havia algo mais — informação que poderia repassar em seguida?
“Acho questionável pois melindra alguém cujo apoio é importante”, frase que saiu de um juiz federal — não de um político com mandato — parece ser pouco para explicar tamanha dedicação de Moro ao grão tucano.
Como se diria no interior, tem caroço neste angu.
Comentários
Zé Maria
Não importa o que estava por trás da intenção do Juiz Moro em proteger o Fernando Henrique Cardoso (FHC).
O fato é que o Meliante, além de evidenciar absoluta Parcialidade, prevaricou de forma acintosa, para não dizer indecente.
Os diálogos do juiz Sérgio Moro com os Procuradores de Curitiba, até agora revelados, demonstram sem sombra de dúvida a prática sistemática de Corrupção para evitar o indiciamento de determinados suspeitos e ao mesmo tempo direcionar a acusação para pessoas previamente selecionadas, notadamente o ex-Presidente Lula.
Zé Maria
Não importa o que estava por trás da intenção do Juiz Moro em proteger o Fernando Henrique Cardoso (FHC).
O fato é que o Meliante, além de evidenciar absoluta Parcialidade, prevaricou de forma acintosa, para na dizer indecente.
Os diálogos do juiz Sérgio Moro com os Procuradores de Curitiba, até agora revelados, demonstram sem sombra de dúvida a prática sistemática de Corrupção para evitar o indiciamento de determinados suspeitos e ao mesmo tempo direcionar a acusação para pessoas previamente selecionadas, notada mente o ex-Presidente Lula
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