Até açougues teriam pago por disparos em favor de Bolsonaro na campanha, diz a Folha
Tempo de leitura: 2 minEmpresas contrataram disparos a favor de Bolsonaro no WhatsApp, diz espanhol em áudios
“Empresas, açougues, lavadoras de carros e fábricas” teriam comprado software para enviar mensagens em massa a favor do então candidato à Presidência
Por Juliana Almirante, no Metro
Empresas brasileiras contrataram, durante a campanha eleitoral do ano passado, uma agência de marketing na Espanha para fazer, por meio do WhatsApp, disparos em massa de mensagens a favor do então candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL).
A informação consta em gravações obtidas pela Folha.
Nos áudios, o espanhol Luis Novoa, dono da empresa “Enviawhatsapp”, diz que “empresas, açougues, lavadoras de carros e fábricas” brasileiros compraram seu software para mandar mensagens em massa a favor de Bolsonaro.
A Folha confirmou posteriormente detalhes da conversa.
Novoa afirma que não sabia que seu software estava sendo usado para campanhas políticas no Brasil e só tomou conhecimento quando o WhatsApp cortou, sob a alegação de mau uso, as linhas telefônicas de sua empresa.
O WhatsApp também confirmou ao jornal que cortou linhas da empresa. “Não comentamos especificamente sobre contas que foram banidas, mas enviamos uma notificação judicial (Cease and Desist) para a empresa Enviawhatsapps”.
Até então, não há indicações de que Bolsonaro ou sua equipe de campanha tivessem conhecimento de que eram contratados disparos de mensagens a favor do então candidato.
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Procurada, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto afirmou que não iria comentar.
A doação de empresas para campanha eleitoral é vetada no Brasil, assim como as doações não declaradas de pessoas físicas.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas as campanhas oficiais podem fazer contratação de impulsionamento de conteúdo eleitoral nas redes sociais.
Procurado pela Folha, o empresário espanhol ainda negou que tenha trabalhado para políticos brasileiros.
“É mentira, não trabalhamos com empresas que tenham enviado campanhas políticas no Brasil”, disse.
“Tanto faz se gravaram sem permissão uma conversa informal. Repito pela enésima vez: não trabalhamos com campanhas políticas no Brasil”, afirmou à reportagem.
Comentários
Nelson
E o que são açougues, lavadoras de carros e outras das tantas empresas que se empenharam, e pagaram, para eleger Bolsonaro? Grandes empresas, megacorporações?
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Não, são micro, pequenas ou médias empresas. Justamente o seguimento que mais sofre com as políticas de arrocho salarial e cortes de direitos dos trabalhadores implementadas já no segundo governo de Dilma, mas aprofundadas ao máximo com Temer e Bolsonaro.
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Por aí podemos ver o tamanho da inanição que se abate sobre a maioria do empresariado no que tange à consciência política e ao funcionamento da economia.
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Estamos percorrendo o vigésimo ano do século vinte e um e o empresariado, que adora se arvorar como competente e atento a tudo o que gira em sua volta, ainda não se deu conta de que o trabalhador é o mesmo consumidor dele.
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Ao esmagar os salários e benefícios dos trabalhadores, o empresário estará esmagando também, em um prazo não muito longo, o faturamento de sua empresa.
No futuro, essa medida caolha poderá levá-lo à falência e, é possível, a uma condição de vida pior que aquela de que desfrutam seus trabalhadores.
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Esta é uma das questões mais básicas para entendermos o funcionamento da economia. Porém, o empresariado – salto alto e nariz bem empinado – se recusa a enxergá-la.
Barbossa, o Pirata.
Com tantos “DISPAROS” pró BOIsoLnario ,Adélio the Bishop se equivocou e ao invés de batizar “o homi” com uns bombons de .50 deu foi uma “catucada”, coisa de DOIDO INCOMPETENTE…
Zé Maria
“Empresas, açougues, lavadoras de carros e fábricas” …
‘contrataram disparos a favor de Bolsonaro no WhatsApp’ …
‘teriam comprado software para enviar mensagens
em massa a favor do então candidato à Presidência’ …
As “Lavadoras de Carros” seriam aquelas do tipo “Lava Jato” ?
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