Beatriz Cerqueira diz não a título para Bolsonaro e Moro; veja por quê
Tempo de leitura: 2 minpor Conceição Lemes
Saiu no Diário Oficial de Minas Gerais desta sexta-feira, 31 de maio: o governador Romeu Zema (Novo), por meio de um decreto, concedeu o título de cidadão honorário ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
A proposta de titulação, de autoria do deputado Coronel Sandro (PSL), foi aprovada em reunião da Comissão de Administração Pública, realizada em 26 de fevereiro.
Dos sete integrantes, o único voto contra foi o da deputada Beatriz Cerqueira (PT).
Abaixo, os encaminhamentos contra as premiações.
Vale a pena assisti-los.
Beatriz explica didática e detalhadamente por que não nenhum deles tem trajetória para honrar o título de cidadão honorário de Minas.
São flagrantes a altivez, a coragem e a dignidade da deputada. Ao mesmo tempo, são visíveis o constrangimento e o ódio dos seus pares.
Vale a pena assisti-los.
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A propósito, de 26 de fevereiro para cá, só aumentaram os motivos para Beatriz ser contra a concessão desses títulos.
“O ministro Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro não fizeram nada de relevante para Minas Gerais para merecê-los”, diz, de saída.
“Nós enfrentamos problemas sérios com o endividamento do Estado e o governo federal nada propõe para ajudar”, ilustra.
“Em janeiro, vivemos o crime da Vale, em Brumadinho, e, da mesma forma, nada foi feito em nosso socorro!”, atenta.
“Ao contrário, nós recebemos denúncias de que benefícios do Bolsa Família de quem mora em Brumadinho estariam sendo suspensos”, observa.
Para piorar, Minas Gerais é o Estado mais afetado pelos cortes de verbas das universidades e instituto federais, comprometendo estruturalmente o atendimento da população já acadêmica, a pesquisa e a tecnologia.
“Só a proposta de reforma da previdência já seria motivo suficiente para não receberem título em lugar nenhum do Brasil”, arremata Beatriz Cerqueira.
Em tempo. Na ALMG, o Novo sempre questiona a concessão de honrarias, títulos de mérito, congratulações.
A justificativa usual é de que o partido é contra essa maneira de fazer “política”.
Curiosamente, agora, num momento em que Bolsonaro e Zema são alvos de críticas e as avaliações negativas dos respectivos governos só aumentam, o Novo decide conceder o título de cidadão honorário de Minas ao presidente e a Moro.
A troco de quêe, hein?
Seria para retribuir a Ordem do Rio Branco, que Bolsonaro concedeu a Zema, que, por sua vez não foi à cerimônia de premiação, em 3 de maio?
E essa ausência de Zema seria um troco por Bolsonaro não ter ido receber a Medalha Tiradentes, em Ouro Preto, em 21 de abril?
Enquanto isso, a fome e a miséria avançam no País, nas ruas o povo clama por emprego – já há mais de 13 milhões de desempregados –, estudantes e professores se unem contra cortes de verbas dos institutos e universidades federais ao ensino básico, trabalhadores do campo e da cidade se revoltam com a reforma da previdência do governo Bolsonaro.
Comentários
Carlos
vcs viram que ele disse?
https://girodasnoticias.com/bolsonaro-disse-se-tiver-arma-de-fogo-e-para-usar/
sandra
#GreveGeral chegando, caminhoneiros vão participar? Pelo visto, NÃO
Adilson R de Sousa
O seu comentário é de uma propriedade e grau de acerto incríveis,a forma como interpreta o atual momento do nosso país vai de encontro á leitura que faço ,aliás ,que tempos nebulosos _Parabéns ***
marys
Causa espécie a premiação das figuras públicas mais nefastas de um dos governos mais escatológicos e coprológicos do planeta.
É vergonhosa atitude de um governo incipiente, criar uma situação para premiar seres abjetos, deformadores da justiça, que vão governar, até o fim para o bem de nossa elite e para a depreciação do nosso povo, do país, da nação brasileira, da política e de nossas instituições e riquezas.
Marco de uma sociedade decadente, neofascista, concentradora de riquezas e abjeta que faz vistas grossas à matança de jovens e crianças nas favelas e periferias, e de índios e agricultores nos campos, ao crescimento a olhos vistos em todas as ruas do país da precarização do trabalho e da mendicância, da devastação da natureza e da ignorância, que colocou um miliciano no palácio para governar com maus empresários, milicianos e a escória das forças armadas e do judiciário que querem e vão entregar o Brasil, tocando a ferro e fogo um sistema protofascista teleguiado por Olavo boca suja e Trumpete Yankee.
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