Pimenta: Nesta quinta, todos na rua pela educação e contra os retrocessos

Tempo de leitura: 2 min
Dino Santos, Jordana Mercado/Apeoesp e Alexandre Pupo

Dia 30 de maio, povo na rua em defesa da educação e contra retrocessos

por Paulo Pimenta*

As manifestações ocorridas no domingo (26) em apoio a Jair Bolsonaro, conduzidas pela extrema direita do País, têm que ser lidas pelo que representam – uma tentativa de intimidação ao Parlamento, ao Judiciário, a setores da imprensa brasileira e fundamentalmente aos setores democráticos que se opõem aos métodos e a agenda do atual governo.

Estranhamente, os defensores do governo não foram para as ruas para reivindicar emprego, salário digno, educação, saúde, moradia, defesa do meio ambiente e da soberania nacional.

Trata-se de um clima de beligerância instituído pelo próprio presidente da República que não tem noção de limites, sem a postura necessária que o cargo exige, insufla verdadeiras hordas e milícias digitais para incendiar o Brasil.

As manifestações revelaram um racha entre as diversas facções que compõem o bolsonarismo, responsáveis pela eleição de um governo que em quase cinco meses não conseguiu viabilizar a retomada do crescimento no curto prazo, agravando a crise econômica e social do País.

Os bolsonaristas que foram às ruas não perceberam que o modelo Bolsonaro/Paulo Guedes é inviável.

Em vez de estimular investimentos públicos e privados com geração de emprego e renda, com o consequente fortalecimento do mercado interno, o governo atual prioriza um ajuste fiscal brutal em cima dos mais pobres, sinalizado principalmente pela desastrosa e pérfida proposta de Reforma da Previdência. Enquanto isso, são quase 14 milhões de desempregados.

Bolsonaro agora tenta inflar os números de manifestantes nas ruas para radicalizar o processo, confrontando o Legislativo e o Judiciário, alimentando um projeto autoritário, com desprezo às regras democráticas. Os seguidores estimulados por ele expressaram isso nas ruas mais uma vez.

Não se enganem, no dia 26, o que houve foram atos de extrema direita, embora setores da mídia ainda tenham tentado vendê-los como manifestações em favor da famigerada Reforma da Previdência e em apoio ao governo.

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Os atos reuniram uma pequena base social ideológica, incapaz de unificar os setores que apoiaram a eleição do presidente capitão, bem como de dialogar com a maioria da população brasileira e suas reais necessidades.

A única coisa que une estes manifestantes é a intolerância e a violência. Não há nenhuma narrativa nas manifestações voltada a um projeto de desenvolvimento inclusivo que possa promover justiça social.

O Brasil que quer empregos, verbas para a educação e investimentos sociais irá às ruas no próximo dia 30 de maio, pois não está disposto a alimentar a conduta irresponsável de Bolsonaro, sua família e seus aliados.

Afinal, não permitiremos que silenciem sobre o Queiroz, Flávio Bolsonaro e os laranjas do PSL, muito menos sobre a agenda ultraliberal de Bolsonaro e Paulo Guedes submissos aos interesses dos EUA. Este é um governo com marcas de corrupção, incompetente, autoritário, envolvido com a milícia e o crime organizado.

Para tentar intimidar as próximas manifestações, o presidente capitão mais uma vez mostra sua face autoritária ao solicitar ao STF que libere ações policiais nas Universidades, quebrando a autonomia destas instituições e afrontando mais uma vez o Estado Democrático de Direito. Nem em 1964 ouve tanta ousadia!

Estudantes, professores e todos os que defendem a educação pública e gratuita voltam às ruas do país na próxima quinta, contra os cortes orçamentários, a Reforma da Previdência e os retrocessos patrocinados pelo atual governo.

Vamos mostrar a força dos defensores da democracia que lutam por um país onde o ódio e a intolerância não prosperem.

Dia 30 vai ser maior!

*Paulo Pimenta é Deputado Federal, líder da Bancada do PT na Câmara dos Deputados

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Comentários

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Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1133857491484389376
Amanhã o #Brasil estará de volta nas ruas contra os cortes na educação.
Não aceitaremos mais esse atentado contra o nosso país, condenando uma geração ao retrocesso.
Educação não é gasto, é investimento.
#Tsunami30M

https://mobile.twitter.com/mariadorosario

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