Lúcia Rodrigues: Professores e estudantes da USP param dia 15 contra os ataques de Bolsonaro à Educação e à Ciência
Tempo de leitura: 2 minUSP para dia 15 contra ataques do governo Bolsonaro à educação e ciência
Assembleias de professores e estudantes aprovam por unanimidade participação em ato na avenida Paulista
por Lúcia Rodrigues, especial para o Viomundo
A USP, principal universidade do país, vai engrossar a manifestação da avenida Paulista que ocorre na próxima quarta-feira (15/05) contra os ataques do governo Bolsonaro à Educação.
Professores e estudantes aprovaram por unanimidade na noite desta quinta-feira (09/05) em suas respectivas assembleias, a participação nos atos de rua que vão ocorrer em São Paulo e nas cidades onde a Universidade tem campus.
Na capital paulista, a ideia dos docentes é suspender as aulas a partir do meio dia e se concentrar na Praça do Ciclista, na avenida Paulista, juntando-se aí com os manifestantes da Unicamp e Unesp.
Da Praça do Ciclista seguirão, então, em passeata até o Masp, na mesma avenida, onde ocorrerá o ato conjunto do setor de Educação no Estado de São Paulo a partir das 14h.
“Bolsonaro e seus apoiadores querem destruir a educação, a universidade e a ciência. No dia 15, vamos às ruas para deixar claro que eles não vão conseguir”, enfatiza o professor de História e presidente da Adusp (Associação de Docentes da USP), Rodrigo Ricupero.
O dirigente da entidade de professores da USP está otimista com a resposta que será dada pela comunidade universitária aos ataques perpetrados por Bolsonaro e seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, contra o ensino, a pesquisa e extensão.
Ricupero considera que o ato do dia 15 será o pontapé inicial de uma intensa campanha em defesa da educação pública e gratuita e da ciência.
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O estudante de Economia e diretor do DCE-Livre da USP, Francisco Gremaud, tem o mesmo sentimento do professor: “Vamos mobilizar todas as unidades (faculdades e institutos) para a manifestação”.
Os estudantes deliberaram em assembleia que vão produzir faixas para levar ao ato unificado.
A ideia é sair do campus em passeata até o metrô Butantã e de lá embarcar rumo à Avenida Paulista.
A presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Marianna Dias, também está animada com a mobilização que tem presenciado em todo o país.
‘No dia 15, todas as universidades públicas e institutos federais vão parar. Vai ter muita gente nas ruas se manifestando forte contra os ataques de Bolsonaro”, afirma, confiante.
Assim como os dirigentes da Adusp e DCE, a presidente da UNE considera que a manifestação da próxima quarta-feira será um elemento catalisador para a luta.
“Inclusive vai fortalecer a greve em defesa da aposentadoria que vai acontecer no dia 14 de junho”, frisa.
Na USP, o DCE pretende usar a mobilização da próxima quarta-feira para também turbinar a luta contra a CPI das Universidades na Assembleia Legislativa de São Paulo, que é controlada por parlamentares da direita e extrema-direita.
“Vamos acompanhar de perto essa CPI que fere a autonomia universitária. Vamos estar em todas as reuniões na Assembleia Legislativa para enterrar esse absurdo”, garante Gremaud.
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