Esquerda vence eleição na Espanha; comemoração do PSOE em Madri, com Lindbergh Farias
Tempo de leitura: < 1 minPSOE ganha, mas precisará de pacto para governar na Espanha
Os socialistas e Unidas Podemos somam 165 cadeiras frente a 148 do grupo de direita, com 95% das urnas apuradas
As eleições gerais na Espanha aconteceram, neste domingo, sob forte indefinição. Segundo os primários, com 92,27% das urnas apuradas, os socialistas do PSOE (122) e o Unidas Podemos (42) somam 164 deputados.
Não chegam, portanto, à maioria absoluta das cadeiras, o que é necessário para indicar o presidente do Governo.
O bloco de esquerda dependerá de outros partidos para governar. Pela direita, PP (65), Ciudadanos (57) e Vox (24) somam, até o momento, 146.
O resultado é similar ao que apontou a pesquisa de boca de urna da GAD3, encomendada pela emissora TVE —a primeira a ser publicada após o fechamento dos colégios eleitorais.
Os dados mostravam que a vitória seria do bloco da esquerda por uma margem estreita de diferença.
O PSOE, do presidente Pedro Sánchez, seria o vencedor, conquistando de 116 a 121 cadeiras. Junto com Unidas Podemos somariam entre 158 e 166 deputados.
Apoie o VIOMUNDO
Leia também
Mauro Lopes: A cumplicidade passiva e ativa do governo Lula com as taxas definidas pelo BC
A escandalosa taxa de juros do Brasil
Ruben Bauer Naveira: A Terceira Guerra Mundial acaba de começar
Ucrânia ataca território russo com mísseis americanos; retaliação virá
Comentários
Zé Maria
Eleição na Espanha aponta Giro à Esquerda e Derrota Histórica da Direita
Por Antonio Baylos (*), no SUL21 | Tradução: Marco Weissheimer
[…]
A participação foi muito alta em comparação com as eleições anteriores – cerca de 76% – e se produziu uma concentração de votos no PSOE como forma de rechaço à proposta das três forças de direita.
Obteve quase 7,5 milhões de votos (28,7%), contra 4,3 milhões do PP (16,7%) e 4,1 milhões de Cidadãos (15,9%).
Unidas Podemos perdeu as extraordinárias posições de 2015, mas não caiu como a direita esperava, obtendo 3,75 milhões de votos (14,3%).
A extrema-direita, com pouco mais de 2,5 milhões de votos, chegou a 10,3%.
Em função do sistema eleitoral de base provincial vigente na Espanha, a soma de deputados obtida pelo PSOE (123) e UP (42) é superior à obtida pelas três forças de direita:
PP (66, o maior descalabro de sua história, pois tinha 137 nas eleições de 2016),
Cidadãos (57, o que o converte em um partido em concorrência direta com o PP,
pelo campo da direita) e a extrema-direita de Vox (24 cadeiras),
o que dá um total de 147 deputados frente aos 165 do bloco de esquerda.
Uma derrota que também se manifesta no Senado, que tem um sistema de composição majoritário.
O mais importante é apontar que as forças de esquerda não se limitam às duas formações principais [PSOE e PODEMOS].
As formações políticas da esquerda soberanista obtiveram um resultado espetacular na Catalunha e no País Basco.
O EH Bildu (coalizão basca) duplicou sua representação parlamentar e, na Catalunha, ERC, a esquerda republicana da Catalunha, superou seu parceiro e até então hegemônico Junts per Catalunya, do ex-presidente Puigdemont, exilado na Bélgica, convertendo-se na força decisiva do catalanismo soberanista com 15 deputados no Congresso de Madri.
A estratégia de estigmatização adotada pelas forças de direita contra as autonomias políticas da Catalunha e País Basco torna impossível que estas forças possam se alinhar contra a previsível coalizão de esquerda.
Somando todas as cadeiras e os votos, o giro à esquerda nestas eleições é evidente e a derrota da direita, histórica.
Agora, é preciso verificar a possibilidade de um governo progressista das esquerdas. A UP é chave para conseguir, como parceiro do PSOE, esta possibilidade, unindo outros partidos de centro esquerda e nacionalistas. No dia 1° de maio, os sindicatos que desfilarão pelas ruas da Espanha exigirão este modelo de governo que permita abrir um espaço de reformas que revertam a degradação de direitos implementada desde 2010 até 2016 principalmente. Será uma boa notícia para o país, mas também uma advertência para a Europa. O modelo português poderia encontrar uma confirmação no caso da Espanha, além do que a derrota da extrema-direita permite mostrar que sua ascensão não é impossível de ser bloqueada.
(*) Doutor em Direito pela Universidad Complutense de Madrid;
Professor Catedrático de Direito do Trabalho e Seguridade Social na Universidad de Castilla La Mancha – Madrid;
Diretor do Departamento de Ciência Jurídica da Facultad de Derecho y Ciencias Sociales de Ciudad Real;
Diretor do Centro Europeu e Latino-americano para o Diálogo Social (CELDS).
https://www.sul21.com.br/areazero/2019/04/eleicao-na-espanha-aponta-giro-a-esquerda-e-derrota-historica-da-direita/
Cláudio
:
: * * * * 04:13 * * * * * Ouvindo A(s) Voz(es) do Brasil e postando no Viomundo :
#LulaLivre
#AssangeLivre
#FreeAssange
:.:
Zé Maria
https://twitter.com/i/status/1122613841207099392
“Nos hubiera gustado un resultado mejor,
pero es suficiente para cumplir nuestros dos objetivos:
frenar a la derecha y a la extrema derecha,
y construir un Gobierno de coalición de izquierdas”.
@Pablo_Iglesias_
https://twitter.com/ahorapodemos/status/1122613841207099392
Zé Maria
Pablo Iglesias (Podemos) fala em trabalhar
para “um Governo de Coligação das Esquerdas”
e “deter a Direita e a Extrema-Direita”
Assista ao vídeo: https://youtu.be/67UNIFOaTv4
Zé Maria
https://www.resultados.eleccionesgenerales19.es/Congreso/Total-nacional/0/gl
Espanha
Apurados: 99,98%
Parlamento = 350 Cadeiras
PSOE = 123
Podemos = 42
Total Esquerda = 165
As Lideranças do Podemos discursaram mais cedo
e afirmaram que pretendem compor com o PSOE.
Assim, se em Portugal temos a Geringonça,
parece que na Espanha teremos a Gororoba.
Deixe seu comentário