Guarda Civil de Ouro Preto pisoteia Marielle, dá uma de STF e explica: “Liberdade de expressão não é absoluta”
Tempo de leitura: 2 minComo na ditadura: guardas civis de Ouro Preto destroem homenagem a Marielle
“Liberdade de expressão não é absoluta”, afirmou a Guarda Civil da cidade, após agentes pisotearem um tapete de serragem, em memória da vereadora carioca, que morreu por defender policiais contra milícias
São Paulo – Agentes da Guarda Municipal de Ouro Preto, em Minas Gerais, destruíram uma homenagem à vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) neste domingo (21).
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram os guardas pisoteando um tapete de serragem em memória da ativista que estava exposto na rua como parte do tradicional encerramento da Semana Santa na cidade histórica.
Moradores e turistas que presenciaram a ação questionaram os guardas e protestaram sob gritos de “Marielle Vive” e “Ei Bolsonaro, vai tomar…”.
Em meio às críticas, a Guarda Civil rebateu, em nota, que “desenhos de cunho político” não têm relação com o intuito da confecção dos “tapetes devocionais”.
“Informamos que a liberdade de expressão não é absoluta ainda mais quando outros direitos estão sendo afetados”, afirmou a corporação. “O recado já foi dado em 2018, em 2019 não foi diferente”, prosseguiu a nota.
O comportamento dos agentes, diante de homenagens a Marielle não é um episódio novo.
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No ano passado, os guardas também desmancharam um tapete, confeccionado pela população local, que fazia referência à vereadora – assassinada em março de 2018, ao lado de Anderson Gomes, que dirigia o carro em que ambos foram emboscados.
Um crime político que, passados 400 dias, segue sem respostas quanto aos seus mandantes e suas motivações.
Pelo Twitter, a deputada federal Áurea Carolina (Psol-MG) considerou a ação da GCM de Ouro Preto como uma tentativa de “apagar a memória da vereadora”.
“Porque Marielle é força e resistência”, defendeu a parlamentar que vê a ação como um reflexo da cultura do ódio.
“Nesta Páscoa, que caiu no Dia de Tiradentes, que a simbologia do amor e da liberdade possam vencer o mal e a política da morte”, finalizou.
Mas, apesar de atacado, o legado de Marielle segue sendo homenageado em outras partes do país.
Recentemente, o nome da vereadora foi escolhido para intitular o jardim de uma praça suspensa ao lado da Gare de l’Est, considerada uma das principais estações de trem de Paris, na França.
Comentários
Flavio botelho júnior
Chega de paz!, chega de medo, parece a Alemanha de 1933, só a forca resolve!, ficar só nas palavras não dá.
Grampola
Bandidos fardados.
Zé Maria
AI-5 Reloaded
Sabemos bem o que significa isto.
“O problema é o guarda da esquina”
Pedro Aleixo, Vice-Presidente Civil
no Governo do General Costa e Silva,
sobre o AI-5 de Dezembro de 1968.
https://consultor-juridico.jusbrasil.com.br/noticias/100121454/o-problema-e-o-guarda-da-esquina-diz-lewandowski
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