STF x Lava Jato: Conselheiro quer saber quem vazou documento sobre Toffoli

Tempo de leitura: 2 min
Lula Marques/Agência PT

Conselheiro pede que CNMP apure vazamento de delação que cita Toffoli

Por Tadeu Rover, no Consultor Jurídico

O conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Melo, do Conselho Nacional do Ministério Público, pediu que a corregedoria do órgão apure o vazamento de trecho da delação de Marcelo Odebrecht em que ele menciona o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal.

O documento estava num processo em trâmite na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde corre a “lava jato”, mas, como houve menção a Toffoli, que tem prerrogativa de foro no STF, foi enviado à PGR. Antes disso, foi repassado ao site Crusoé.

No pedido, Bandeira de Mello reafirmou que é inaceitável e criminoso de vazamento de informações sigilosas.

Por isso, afirmou ser inegável a necessidade de apurar o vazamento e, caso seja comprovada responsabilidade de algum integrante o Ministério Público, indispensável adoção de medidas disciplinares cabíveis.

“Necessário saber quem teve acesso ao referido documento antes do dia 11 de abril, data em que foi redigida a mencionada reportagem e, na eventualidade de que membros ou servidores do MP terem tido acesso a tais documentos, devem também prestar esclarecimentos quanto aos fatos”, afirmou Bandeira de Mello.

Na reportagem, a Crusoé afirmou que as informações publicadas tinham sido encaminhadas à PGR.

Segundo o documento vazado, Marcelo Odebrecht afirmou, em esclarecimentos prestados ao Ministério Público Federal, que um dos ex-executivos da empresa estava em tratativas com Dias Toffoli, então advogado-geral da União, sobre a construção de hidrelétricas no rio Madeira.

Não disse quais eram essas tratativas e nem o que foi falado com o executivo da empresa.

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Nesta segunda-feira (15/4), o ministro Alexandre de Moraes, também do STF, ordenou a retirada do ar da reportagem da Crusoé e de uma nota do site O Antagonista repercutindo a notícia original.

Na decisão, o ministro afirma que a proteção constitucional à liberdade de imprensa não impede a responsabilização posterior por eventuais informações injuriosas, difamantes, mentirosas e em relação a eventuais danos materiais e morais.

O entendimento do STF, expressado por Gilmar Mendes, é o de que há uma tentativa de insuflar a opinião pública em tentativa de desmoralização dos ministros que revertem decisões judiciais ilegais tomadas no âmbito da “lava jato”.

PS do Viomundo: Vaza a Jato. O apelido não é coincidência. Vaza no tempo político dos procuradores e de seus interesses pessoais, econômicos, etc.

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Comentários

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Otto

O que será que o digníssimo Gilmar Mendes pensa de tudo isso? Estou curiosíssimo.

David

Agora o conselheiro acha inaceitável e criminoso o vazamento?
E quando os vazamentos trituravam o PT e o LULA não eram?

Julio Cesar

Agora que permitiram quebrarem a porteira,, por seus interesses golpistas, vai ser difícil segurarem a boiada.

David

Interessantíssimo!!!!
Agora é que o conselheiro acha inaceitável e criminoso o vazamento de documentos da lava jato??
E quando o vazamento era contra o LULA e o PT? Não era criminoso?
São uns caras de paul.

Zé Maria

Quando a Força-Tarefa dos Patifes de Curitiba vazaram para a Globo
a interceptação ilegal de uma conversa telefônica da Presidente da República, não houve esse esmero nem do CNJ nem do STF em apurar responsabilidades…
.
… há uma tentativa de insuflar a opinião pública em tentativa de desmoralização
dos ministros que revertem decisões judiciais ilegais tomadas no âmbito da “lava jato”.

…. ministros do Supremo e do Superior Tribunal de Justiça acreditam serem
perfeitamente possíveis depoimentos desconectados da realidade, como esse —
já que se tornou prática comum extorquir delações, ou seja,
forçar réus condenados a longas penas a fazer falsas acusações.

https://www.conjur.com.br/2019-abr-16/documento-mencionando-toffoli-vazou-antes-enviado-pgr

A Força-Tarefa de Patifes de Cutitiba vêm fazendo isso, desde o início
da Operação Lava Jato, com o objetivo incriminar o ex-presidente Lula.
Estranho [ou nem tanto] é se importarem só agora que o cabeça é ex-juizeco.

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