Pimenta: Brasil à deriva, Bolsonaro dança perigosamente com a desestabilização institucional e o caos

Tempo de leitura: 2 min

Um país à deriva

Paulo Pimenta*

O atual presidente da República nunca escondeu seu ódio à democracia. Mas agora, diante da incapacidade de dar alguma notícia boa para o povo brasileiro e sem ter como explicar a nefasta política de destruição de direitos — a começar pela proposta de exterminar a Previdência Social pública e, com ela, os mecanismos de proteção aos mais pobres — Jair Bolsonaro mostra desespero e aprofunda o ataque às instituições.

Elegeu o Congresso Nacional e até o Supremo Tribunal Federal como alvo, dançando perigosamente com a desestabilização institucional, a fim de agradar o consórcio de poder que ajudou em sua eleição: o mercado financeiro, representado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes; os lavajateiros comandados por Sérgio Moro e seu projeto de poder à parte; e os filhos que se utilizam das redes sociais para atacar quem lhes questione, alimentando o caos e a instabilidade.

Na verdade, Bolsonaro é fruto de uma irresponsabilidade histórica de uma elite que o colocou no poder em nome de um irracional antipetismo.

Essa elite praticou um vale-tudo para eleger Bolsonaro, que, como contrapartida, se comprometeu com uma agenda que agora não tem condições de entregar.

No plano internacional, Bolsonaro envergonha o país ao submeter nossa soberania aos desígnios de Washington, colocando em risco a estabilidade política da América do Sul e a nossa posição de destaque no comércio internacional.

A proposta de Reforma da Previdência (PEC 06/2019) não tem apoio nem da bancada governista no Congresso, em consequência da incapacidade de articulação do governo e da mobilização popular em todo o País, que não aceita a destruição de direitos garantidos na constituição. Esta proposta é um prêmio aos banqueiros e um crime contra o povo.

Incapaz de coesionar o seu governo, de controlar os ímpetos de seus filhos e de dialogar com supostos aliados, Bolsonaro critica agora a “velha política” e tenta jogar o povo contra o Congresso.

Ora, ele ficou 28 anos como deputado federal, sem nenhuma proeminência, e ainda jogou na política seus três filhos, todos enriquecidos por meio de atividades suspeitas. Não tem moral para falar de política, pois sua prática é a das oligarquias, se utiliza de ameaças contra as instituições, chegando a insinuar o uso da força para garantir sua pauta.

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A crise aprofunda-se, mas a família Bolsonaro continua sem explicar suas ligações com o Fabrício Queiroz, ex-assessor do atual senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que é acusado de movimentações milionárias em suas contas sem comprovação de renda.

Não explicam também as suspeitas de envolvimento com o ex-PM Ronnie Lessa, acusado de assassinar a ex-vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.

A família Bolsonaro é capaz de tudo, menos de reduzir a instabilidade e o caos, ou mesmo de unir o país entorno de um projeto de desenvolvimento justo.

Por isso, o momento atual exige unidade ampla de todos os setores que defendem a democracia, a nossa soberania e a manutenção de direitos históricos do povo brasileiro.

*Paulo Pimenta é deputado federal (PT-RS) e líder do partido na Câmara dos Deputados.

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Comentários

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Luiz claudio

Apoiado! Queria que o senhor fosse parlamentar no meu Estado para votar no senhor.

Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1110928914891898881
Convite para a Primeira Caminhada do Silêncio em São Paulo,
Dia 31 de março, às 16 horas na Praça da Paz, Parque Ibirapuera.
https://twitter.com/luisnassif/status/1110928914891898881

Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1111000365569331200

Agora há pouco no Senado,
o Paulo Guedes teve sorte
que a Senadora Katia Abreu
não estava tomando vinho.

https://twitter.com/GugaNoblat/status/1111000365569331200

Renato Pereira

Parece que eles querem provocar uma guerra civil e dividir o Brasil.

Zé Maria

“Bolsonaro faria uma visita no Mackenzie, os estudantes
se mobilizaram pra dizer que ele não era bem vindo.
Adivinha o que aconteceu? Ele arregou!”

https://twitter.com/carinavitral/status/1110910749017325568

Zé Maria

Incompetência “Generalizada”

Mais um General de Pijama no Governo Jair Bolsonaro
General Francisco Mamede de Brito Filho vai para o INEP

MEC fica à deriva após 6 recuos e 15 exonerações;

Nesta terça, ministro Ricardo Vélez Rodríguez reviu decisão
anunciada no dia anterior pela pasta – sem que ele soubesse –,
de não avaliar crianças em fase de alfabetização no País.

Vélez tem tido até dificuldade de encontrar quadros para repor os espaços vagos. Nesta terça, o ex-aluno do ministro Alexandro Ferreira de Souza passou a acumular duas secretarias. Continua com a que ele já comandava, da Educação Profissional e Tecnológica, e será o secretário da Educação Básica, pois a titular anterior, Tania Almeida, pediu demissão porque também não foi avisada da mudança na prova de alfabetização.

Nos últimas semanas, Vélez chegou a anunciar dois nomes de secretários executivos e foi desautorizado pelo Palácio do Planalto. O cargo permanece vago há 15 dias.

O general Francisco Mamede de Brito Filho, que tem experiência na área de Defesa e nunca trabalhou com educação, deve assumir o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), que responde pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
[Estadão]

Thiago

MOURÃO QUER REDUZIR O SALÁRIO MÍNIMO À MERDA

Mourão a 700 empresários: abaixo o salário mínimo!
Morte à Princesa Isabel, se ouviu na FIE P!

Publicado em 27/03/2019 no Conversa Afiada
https://www.conversaafiada.com.br/politica/mourao-a-700-empresarios-abaixo-o-salario-minimo

Administrador de galpão, suspeito de amealhar Caixa 2, recebe o vice (Reprodução: Estadão)

O presidente da FIE P, o empresário de galpão Paulo Skaf – enquanto não vai em cana – teve que transferir o evento com o vice Mourão para um palco maior: do auditório de 300 lugares para um teatro, com 700.

Mourão não podia ser mais claro: vai arrochar o salário mínimo, essa “vaca sagrada”:

“Um dos nossos principais economistas diz que temos que lidar com aquilo que ele chama das vacas sagradas. Elas vêm desde lá de trás e até hoje são responsáveis por muitos dos nossos problemas”, disse Mourão, mencionando em seguida o salário mínimo e a reforma da Previdência. “O salário mínimo não é mínimo. Governos anteriores aumentaram além da inflação e produziram uma contradição, onde as classes mais favorecidas recebem mais do que as menos favorecidas”, disse.

Portanto, quem achava que o vice era mais razoável, liberal, militou em lamentável equívoco…

Adiante, o vice mereceu frenéticos aplausos, segundo o PiG cheiroso: quando defendeu “o aprofundamento da reforma trabalhista e disse que se as regras não forem modificadas há riscos de ‘não conseguirmos sobreviver e não gerarmos empregos'”.

Não é o caso, certamente, do vice, militar que garantiu uma reforma da Previdênssia especial, um deboche.

Imagine, amigo navegante, como os industriais (sic) da FIE P reagiram a essa reafirmação do fim da Lei Áurea!

Viva!

Abaixo a Princesa Isabel!

O clímax desse notável evento foi um jantar na casa do foragido, o presidente da FIE P, no Morumbi.

A 40 felizardos – estavam na mesa do vice o Nelson Johnbim e o Meirelles, um dos açougueiros do tаl neolibelismo – ele ofereceu um jantar de gala.

No cardápio: pernil de vitela, filé de abadejo, risoto de mascarpone (???), ravióli, e sorvete e cocada de sobremesa.

Só faltou uma linguicinha ou polenta fritas para completar um cardápio de dar inveja ao Fasano!

É provável que os convidados tenham saído dali com uma azia monumental!

E o Mourão?

Vai ser o Temer do Bolsonaro?

PHA

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