Com homenagem a Marielle e críticas à ditadura militar, Mangueira conquista título e estraga de vez o Carnaval dos Bolsonaro

Tempo de leitura: 2 min

Reprodução TV Globo

Da Redação

A Estação Primeira de Mangueira conquistou seu vigésimo título no Carnaval carioca com um gostinho especial: acabou de arrasar com os festejos de Momo da família Bolsonaro.

Intensamente criticada nas redes sociais por partidários do presidente da República, a Mangueira encerrou seu desfile com uma imensa bandeira verde e rosa, nos traços da bandeira brasileira, com o dístico “Índios, Negros e Pobres”.

Diante de outra bandeira, com o rosto da vereadora Marielle Franco, desfilou a viúva dela, Monica Benício.

O assassinato da mandatária do Psol completa um ano nos próximos dias sem que tenham sido presos os mandantes e autores.

O deputado estadual Rodrigo Amorim, do PSL, o mais votado no Rio de Janeiro, criticou as escolhas de sua escola antes mesmo do desfile:

Eu fico muito chateado. Da mesma maneira que as universidades estão absolutamente dominadas por essa ditadura cultural que a esquerda tenta impor, infelizmente também chegou à escola de samba. Fica claro pra mim que não é uma expressão da população. Há uma dominação cultural por parte da esquerda, que atingiu também os carnavalescos, que estão fazendo esse tipo de samba lacrador, como a esquerda gosta de dizer.

Ele é um safado sem noção, rebateu a cantora Alcione, também mangueirense.

O enredo da Mangueira propôs reescrever a História do Brasil a partir do olhar dos índios, negros e pobres.

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Criticou, por exemplo, o patrono do Exército, o Duque de Caxias, denunciando o papel que o “Pacificador” teve em massacres populares e no genocídio dos paraguaios.

A escola manchou de “sangue” uma réplica do Monumento às Bandeiras, de Victor Brecheret, que ocupa espaço nobre em São Paulo.

E, com a jornalista Hildegard Angel em destaque, desfilou um carro alegórico com os dizeres Ditadura Assassina, em referência ao período que o presidente da República Jair Bolsonaro tanto venera.

O Carnaval dos Bolsonaro não poderia ter terminado em ritmo pior.

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Comentários

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Miranda

Grata surpresa, tanto do enredo da Mangueira, quanto da comissão julgadora, que voltou os olhos pra uma expressão popular que manifesta o fermentar da insatisfação. Vamos ver agora se esse fermento de fato percorre as diversas camadas do Brasil, transformando nossa realidade em dias melhores.

Zé Maria

http://bit.do/eKrsR
Os 4 Melhores Sambas -Enredo
obtiveram Nota Máxima (40):

1. Mangueira.
2. Portela.
3. Tuiuti.
4. Salgueiro.

Cláudio

Direitista é tudo FDP: Guilhotina neles/as ! ! ! !!

Luiz Fernando

O carnaval é o começo do fim do Bolsonaro

João Lourenço

Mas que triste a imprensa suja no dia de hoje.Primeiro tentou transformar um twitter mostrando a imagem de fanáticos da esquerda morta fazendo sua provocação e agora tentar transformar a vitoria de uma escola de samba campeã como se fosse algo feito pra enaltecer o que resta deles com um cadáver .Que fim triste né? Ainda lhe restam as redes sociais pra acharem que estão vivos.

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