Prates: Bolsonaro esperou a sexta-feira de Carnaval para dar outro golpe nos sindicatos

Tempo de leitura: 2 min
Montagem Alex Capuano

Mais um ataque aos trabalhadores e sindicatos

Da assesoria de Jean Paul Prates*

Na calada da noite da véspera do Carnaval, o governo federal, sem qualquer consulta ou discussão aberta com as partes afetadas ou interessadas, emitiu uma medida provisória, a MP 873/2019, que altera diretamente artigos relevantes da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e estabelece severas restrições à contribuição sindical facultativa e às mensalidades de filiados em favor dos sindicatos, tanto para o Regime Jurídico Único (RJU) relativo aos servidores públicos quanto para o regime celetista, relativo aos trabalhadores da iniciativa privada.

Esta MP constitui mais um duro golpe contra as organizações sindicais no Brasil.

Soma-se ao efeito devastador provocado pela chamada “Reforma Trabalhista” que feriu de morte a capacidade de sustentação financeira regular dos sindicatos.

Aos que se gabam e comemoram este desmonte, principalmente os trabalhadores hipnotizados por argumentos enganosos mas massivamente divulgados, relembro que a força do trabalhador reside na organização sindical independente e forte.

Sem instrumentos, mesmo facultativos, para buscar financiamento próprio, o colapso da estrutura sindical será inevitável.

Compreendo a insatisfação de certas pessoas com o tema. Ao longo dos anos, conheci dirigentes autênticos e batalhadores, e também conheci oportunistas habituados a tirar proveito da condição mandatária para renderem-se a luxos e mordomias.

A divulgação dos valores anualmente recebidos por sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais, alimentou a onda de insatisfação que alcançou o Poder Legislativo, fazendo vítima os sindicatos bem administrados e combativos.

Penso que as exceções e desvios não podem condicionar a regra e suas razões fundamentais.

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Quem observar tudo isso despido de paixões constatará que a luta sindical, conduzida com coragem e honestidade, contribuiu tanto ou mais do que a lei para a conquista de direitos pelas classes trabalhadoras.

Estrangular os sindicatos é um caminho direto para a dominação unilateral das relações trabalhistas e para o esmagamento dos direitos laborais.

O fim da contribuição recolhida compulsoriamente já representou medida extrema – quando o certo seria aprimorar as condições de registro e coibir a superposição de sindicatos.

Esta nova MP, que visa dificultar e burocratizar a contribuição voluntária, terá que ser objeto de análise crítica detalhada e não poderá passar despercebida mesmo após o Carnaval.

Mantenhamos vigilância e combatividade quanto a retrocessos como este. Vamos nos mobilizar para impedir o atraso.

*É senador pelo PT do Rio Grande do Norte

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Comentários

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lulipe

Esse é o meu presidente. Parabéns, acabando com as mamatinhas….

Rustin

Sordidez deste povinho rampeiro não tem limites

#LulaLivre
#EiBolsonaroVaiTomarNoCu
#EiDuduBolsonaroVaiTomarNoCu
#EiFlavioBolsonaroVaiTomarNoCu
#EiBolsominionVaiTomarTambem
#EiSergioMoroVaiTomarNoCu

Zé Maria

Há tempos a Mídia da Direita Tradicional faz Campanha Contra os Sindicatos de Trabalhadores.

Essa Medida do (des)governo Bolsonaro veio pra fechar a tampa do caixão das Entidades
Sindicais de Maior Representatividade e Poder Político da Classe Trabalhadora, na Tentativa de enfraquecer os Movimentos de Greve que se anunciam, no Serviço Público e no Setor Privado, contra a Defórma da Previdência e outras Desregulamentações Prejudiciais à toda
a Classe Trabalhadora.

Nilo

Que isso. Eu vou lá e dou uma peitada no patrão. E só conversar com o dono da empresa que tá tudo resolvido. Vou marcar uma hora com o chefão.
Pra que sindicato. O dono da empresa vai receber em reunião um “operário chão de fábrica” e negociar de igual para igual.
Povo burro.

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