Bebianno cai; porta-voz diz que a decisão de Bolsonaro demitir o ministro é de “foro íntimo”
Tempo de leitura: 3 minGoverno anuncia demissão de Bebianno; Floriano Peixoto assume Secretaria-Geral
Informação foi dada pelo porta-voz. Primeiro ministro a deixar governo, Bebianno coordenou campanha de Bolsonaro. Crise com filho do presidente provocou demissão do ministro.
Por Guilherme Mazui, Gustavo Garcia e Gabriel Palma, G1 e TV Globo — Brasília
O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, anunciou nesta segunda-feira (18) que o presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir o ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno (PSL).
De acordo com o porta-voz, o substituto será o general da reserva Floriano Peixoto Neto.
Otávio Rêgo Barros leu uma nota da Presidência, na qual Bolsonaro agradeceu a “dedicação” de Bebianno durante a permanência no cargo de ministro. O presidente ainda desejou “sucesso” ao agora ex-ministro.
“O excelentíssimo senhor presidente da República Jair Messias Bolsonaro decidiu exonerar nesta data, do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, o senhor Gustavo Bebianno Rocha. O senhor presidente da República agradece sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso em sua nova caminhada”, declarou o porta-voz.
De acordo com Otávio Rêgo Barros, a decisão de Bolsonaro de demitir Bebianno é de “foro íntimo do nosso presidente”.
Primeiro ministro a deixar o governo, Bebianno despachava do Palácio do Planalto e foi um dos coordenadores da campanha presidencial de Jair Bolsonaro no ano passado.
A demissão do ministro é confirmada em meio a uma crise no governo causada pela suspeita de que o PSL, partido ao qual Bolsonaro e Bebianno são filiados, usou candidatura “laranja” nas eleições do ano passado.
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A crise também envolve Gustavo Bebianno e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), um dos filhos do presidente da República – leia detalhes mais abaixo.
Há pouco mais de uma semana, o jornal “Folha de S.Paulo” informou que o PSL, quando Bebianno presidia o partido, repassou R$ 400 mil a uma candidata a deputada federal de Pernambuco. Segundo o jornal, o repasse foi feito quatro dias antes das eleições, e ela recebeu 274 votos.
Bebianno nega irregularidades, afirmando que não foi o responsável por escolher as candidatas que receberam dinheiro do partido. Isso porque, segundo ele, a decisão coube aos diretórios locais.
De acordo com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, a Polícia Federal investigará as suspeitas envolvendo o repasse do PSL.
Crise com filho de Bolsonaro
No último dia 12, após a reportagem da “Folha”, Bebianno negou em entrevista ao jornal “O Globo” que fosse o pivô de uma crise dentro do governo e acrescentou que, somente naquele dia, havia falado com o presidente por três vezes. Na ocasião, Bolsonaro ainda estava internado em razão de uma cirurgia.
Após a publicação da entrevista, um dos filhos de Bolsonaro, Carlos, usou uma rede social para dizer que Bebianno mentiu ao dizer que havia falado com o presidente.
Carlos, e depois o próprio Bolsonaro, chegaram a divulgar um áudio no qual, segundo eles, o presidente diz a Bebianno que não podia falar com o então ministro.
Bebianno era considerado um dos homens de confiança de Bolsonaro. Ele foi um dos coordenadores da campanha eleitoral do presidente, costurou o acordo que levou Bolsonaro ao PSL e presidiu a legenda durante a corrida eleitoral de 2018.
Após a eleição, Bebianno deixou o posto e foi escolhido para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, um dos ministérios com gabinete no Palácio do Planalto.
Espaço e influência
Bebianno e Carlos mantiveram relação conturbada desde a vitória eleitoral de Bolsonaro, em busca de espaço e influência dentro do governo. O filho do presidente costumava criticar o aliado do pai nas redes sociais.
Na composição dos ministérios, Bebianno perdeu força, já que a Secretaria-Geral foi esvaziada por Bolsonaro.
A pasta perdeu o controle da Secretaria de Comunicação da Presidência e do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), que lida com concessões e privatizações. As duas áreas foram absorvidas pela Secretaria de Governo, comandada por Carlos Alberto dos Santos Cruz, general da reserva do Exército.Leia a íntegra da nota da
Presidência sobre Bebianno:
Nota à Imprensa
O Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, decidiu exonerar, nesta data, do cargo de Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Senhor Gustavo Bebianno Rocha.
O Senhor Presidente da República agradece sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso na nova caminhada.
Brasília, 18 de fevereiro de 2019.
Comentários
Zé Maria
E o Falcatrua do PSL que faz Turismo no Ministério vai continuar?
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/leandrocolon/2019/02/se-ficar-no-cargo-ministro-do-turismo-representara-o-laranjal-do-psl-na-esplanada.shtml
https://blogdacidadania.com.br/2019/02/com-medo-candidata-laranja-do-psl-fugiu-para-o-exterior/
Zé Maria
Bolsorianno e a Festa NaZional da Laranja
https://www.brasildefato.com.br/2019/02/16/boletim-ponto-festa-nacional-da-laranja/
https://www.brasildefato.com.br/2019/02/16/entenda-o-esquema-de-corrupcao-no-partido-de-bolsonaro/
Zé Maria
https://twitter.com/i/status/1097529461078151168
Enquanto o Covil do Jair exala o Cheiro de Chorume,
Viúvas Filhas de Militares ou de Juízes acumulam 2 Pensões:
Uma como Solteira [Filha de Militar ou de Juiz]
Outra como Viúva [cujo Parceiro era Militar ou Juiz].
Além disso, Pensionista de Servidor Civil
contribui para a Previdência Social.
Pensionista de Militar não.
É Óbvio quer cortar uma dessas duas pensões
não vai solucionar o problema do déficit público,
[déficit este que só poderá ser reduzido
com o Aumento da Arrecadação de impostos
e com uma Rigorosa Auditoria na Dívida Pública,
que, em grande parte, já está Prescrita],
mas que isso é uma imoralidade não há dúvida.
.
Saiba mais em:
https://oglobo.globo.com/brasil/2019/02/17/3046-pensionistas-de-militares-ganham-ate-58-mil-por-mes
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