“Os Estados Unidos estão com você”, diz Trump sobre posse de Bolsonaro, que prioriza em discurso libertação “do socialismo e do politicamente correto”
Tempo de leitura: 3 minÉ com humildade e honra que me dirijo a todos vocês como presidente do Brasil. Me coloco como o dia que o povo começou a se libertar do socialismo, se libertar da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente coreto. Jair Bolsonaro, em fala após receber a faixa presidencial
Podemos restabelecer padrões éticos e morais que transformarão nosso Brasil. A corrupção, os privilégios e as vantagens precisam acabar. Os favores partidarizados devem ficar no passado para que o governo e a economia sirvam de verdade à nação. Tudo que faremos a partir tem propósito: os interesses dos brasileiros em primeiro lugar. Idem
Com esse propósito começamos nossa caminhada. Temos o grande desafio de enfrentar os efeitos da crise econômica, do desemprego, da ideologização de nossas crianças, do desvirtuamento dos direitos humanos e da desconstrução das nossas famílias. Idem
Da Redação
“Vamos unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e nossa tradição judaico-cristã, combater a ideologia de gênero, conservando nossos valores. O Brasil voltará a ser um país livre de amarras ideológicas”.
Essa foi a principal frase do discurso de Jair Bolsonaro ao tomar posse no Congresso.
O discurso, enxuto, chamou a atenção por não trazer especificidades, a não ser a menção ao combate à ideologia de gênero.
Bolsonaro também colocou a facada que sofreu em Juiz de Fora no centro da fala, ao afirmar que “quando os inimigos da pátria, da ordem e da liberdade tentaram pôr fim à minha vida, milhões de brasileiros foram às ruas. Uma campanha eleitoral transformou-se em um movimento cívico, cobriu-se de verde e amarelo, tornou-se espontâneo, forte e indestrutível, e nos trouxe até aqui”.
Jornalistas reclamaram do esquema de segurança.
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“Maçã é um dos alimentos proibidos para os jornalistas que cobrem a posse de Bolsonaro. Na inspeção de segurança, os policiais pedem para quem as leva, cortá-las ao meio. Mas ninguém tem faca. O destino: lixeira”, escreveu o repórter Afonso Benites.
“Sucos, iogurtes e frutas de jornalistas jogados no lixo durante revista no Palácio do Planalto, apesar de autorização inicial para levar lanches”, escreveu a jornalista Basilia Rodrigues.
Os profissionais de imprensa ficaram isolados durante horas e reclamaram da impossibilidade de se movimentar entre os diversos ambientes da posse.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) calculou a presença popular em 115 mil pessoas.
O presidente empossado desfilou em carro aberto, a caminho do Planalto, onde recebeu do usurpador Michel Temer a faixa presidencial.
Lideranças de esquerda que boicotaram a posse reagiram ao tom raivoso do novo presidente do Brasil.
“Em seu primeiro discurso para os brasileiros, Bolsonaro reafirma seu compromisso de perseguir a esquerda e aqueles que lutam por direitos humanos e sociais”, escreveu o ex-candidato Guilherme Boulos, do PSOL.
O ex-deputado Chico Alencar, também do PSOL, reagiu na mesma linha: “Bolsonaro pensa o Brasil com a cabeça do século passado, da Guerra Fria: diz que é preciso derrotar o socialismo, o politicamente correto, a proteção a bandidos, a distorção dos direitos humanos, as ideologias exóticas, a inversão de valores, o vermelho na nossa bandeira. 2019!”
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, preferiu fazer uma comparação: “Hoje lembrei da posse de Lula. O povo no lago do Congresso, ao lado do carro aberto, um homem que ultrapassou a segurança e abraçou o presidente. Uma simbiose de povo e Lula, uma mistura perfeita, se confundiam, se complementavam. Nada distante, nada de medo. A verdade tem esse poder”.
No twitter, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou: “Congratulações ao presidente Jair Bolsonaro, que acaba de fazer um grande discurso de posse — os Estados Unidos estão com você!”.
Nem no Congresso, nem no Planalto foi registrada a presença de Fabrício Queiroz, o ex-motorista de Flávio Bolsonaro, que movimentou mais de R$ 1,2 milhão em sua conta bancária no período de um ano.
Os filhos do presidente empossado, presentes, não falaram com a imprensa.
Queiroz é suspeito de operar uma caixinha, através da qual transferia dinheiro de funcionários fantasmas para a família Bolsonaro.
Trata-se de um caso de corrupção que explodiu antes mesmo da posse de Jair Bolsonaro, mas estrategicamente só alcançou as páginas de jornais depois que ele se elegeu em segundo turno.
Comentários
lulipe
Dos bolivarianos aos EUA e Israel, que diferença! O choro é livre, lula não.
Cláudio
Que Bolsonazi e seus/suas sabujos/sabujas sujos/as se exploda(m) !
Má sORTE para o Bo$$alnaro e seus/suas sabujos/as sujo/as ! !
Rivellino Batista
BRASÍLIA: hoje, dia 1°, totalmente amarela: O brilho do Sol, nosso astro mor. Vermelho? Somente as tulipas no jardim externo do Planalto e do tapete vermelho (inclusive que Bolsonaro e o nobre índio Mourão — o vice — irão pisar sobre).
Maria Tereza Carvalho
Oba! Vamos voltar à teocracia!
Gerson
” País livre das amarras ideológicas ”
De país respeitado no mundo e na ONU viramos nanico diplomático que se acha igual aos EUA. Será que esse idiota pensa que os EUA consideram o Brasil alguém de relevancia.
EUA só está interessado no pré-sal e só.
João Aleluia Moraes Penha
Bolsonaro é contra as ideologias. Mas só se combate uma ideologia com outra ideologia.
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