Jornal Nacional, Ato 6, exclusivo: JN, o ”cão de guarda” do golpe, já perdeu esta eleição qualquer que seja o resultado
Tempo de leitura: 10 minDa Redação
O que explica, depois de uma rápida oscilação, o retorno do apoio explícito do Jornal Nacional ao candidato Jair Bolsonaro, do PSL, no segundo turno das eleições presidenciais?
Quais estratégias foram adotadas para que isso não ficasse patente para a maioria dos telespectadores?
Essas indagações são respondidas na mais recente etapa da pesquisa sobre a atuação do JN nas eleições em 2018.
O estudo está sendo realizado pelas jornalistas e pesquisadoras Ângela Carrato e Eliara Santana desde o início do ano ,e o Viomundo publica mais um artigo exclusivo sobre o assunto.
ATO 6
O “CÃO DE GUARDA” DO GOLPE
O CONTEXTO
por Ângela Carrato e Eliara Santana*, especial para o Viomundo
Nos cinco artigos anteriores, que denominamos “atos” (Ato 1, Ato 2, Ato 3 , Ato 4, Ato 5), demonstramos como, valendo-se de uma série de conceitos, de técnicas jornalísticas e também de técnicas tomadas de empréstimos a outras áreas do conhecimento, é possível explicar como o Jornal Nacional, o principal telejornal brasileiro, conseguiu criar o pano de fundo ideal, na ótica dos atuais ocupantes do poder, para que a campanha eleitoral transcorresse.
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Coube ao JN, como um ator político não caracterizado, estimular, num primeiro momento, o ódio ao PT e contribuir para a condenação (sem provas) e prisão do ex-presidente Lula.
Num segundo momento, através de uma agenda criada em cima do medo e dos problemas envolvendo a segurança das pessoas, fomentou a candidatura do extremista de direita, Jair Bolsonaro, cujo objetivo seria neutralizar o PT.
O objetivo final do JN era abrir espaço para um candidato identificado com os interesses do grupo que tomou o poder em 2016 e com os do “mercado” (estado mínimo, privatizações, redução de direitos sociais, submissão ao capital internacional).
Se as primeiras estratégias funcionaram, a última foi enterrada pelas urnas no primeiro turno.
O JN e a família Marinho se viram diante da desconfortável posição de ter que apoiar um político que está longe das características “civilizadas” de um Alckmin ou de um Meireles.
Bolsonaro tem se mostrado, a cada dia, mais tosco, autoritário, além de defensor de um conservadorismo ímpar e fundamentalista em questões religiosas e morais.
A NOVIDADE
O apoio explícito do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, a Bolsonaro veio complicar ainda mais a situação para o JN e as organizações Globo no segundo turno.
O “império” de comunicação de Edir Macedo inclui além da TV Record, a Record News e o portal R7 e a vitória de Bolsonaro significaria a oportunidade para quebrar o monopólio de quase 50 anos da Globo na mídia brasileira, sempre subvencionado pela maior parcela da verba publicitária do governo federal, o maior anunciante do país.
A TV Record, vice-líder de audiência e propriedade de Macedo, passou a fazer campanha 24 horas por dia para Bolsonaro.
Além disso, grupos nas mídias sociais se mobilizam contra a Rede Globo e dão orientações para derrubar a audiência de determinados programas, como ocorreu com Amor e Sexo.
O grande problema para as Organizações Globo, o grupo hegemônico da mídia no Brasil, é que temem o empoderamento de Macedo, caso Bolsonaro vença, e temem, igualmente, uma vitória do candidato do PT e de Lula, Fernando Haddad.
Talvez o JN, apesar de todas as estratégias bem desenvolvidas, já sabe que perdeu esta eleição, seja qual for o resultado.
DESRESPEITO ÀS INSTITUIÇÕES
Enquanto um tímido TSE, depois de adiar a entrevista de sua presidente, ministra Rosa Weber, de sexta-feira, para domingo, tentava pôr panos quentes na situação, descartando o nítido potencial de manipulação da vontade popular produzido pelas fake news dos apoiadores de Bolsonaro, um dos filhos e o próprio Bolsonaro acuavam o TSE e o STF.
Coube ao programa Fantástico, da TV Globo, no domingo 21 de outubro, colocar no ar um vídeo, que já circulava nas redes sociais, mostrando o deputado Eduardo Bolsonaro ameaçando fechar o TSE e o STF caso as denúncias sobre fake news fossem acatadas pela Justiça brasileira.
Bolsonaro Filho ironiza a situação assinalando que para fechar o STF bastaria “um soldado e um cabo”.
Nessa mesma edição do Fantástico, que faz as vezes de uma espécie de revista do JN aos domingos, não foi exibida a fala igualmente explosiva do candidato Jair Bolsonaro, durante um ato de campanha na Avenida Paulista.
Fala na qual anunciava a disposição, se eleito, de deixar mofar na cadeia o ex-presidente Lula, de prender o candidato Haddad e de expulsar do país todos os “vermelhos”.
Na edição do JN da segunda-feira, dia 22, as duas declarações foram minimizadas.
Na linha de uma humanização do candidato Bolsonaro — estratégia que vem sendo aplicada desde o evento da facada, com falas ponderadas, mansas, vídeos com imagem clara, limpa –, o JN mostrou um Bolsonaro pai “paz e amor”, passando um “pito” no seu “garoto”, e as mais altas autoridades da Justiça brasileira pronunciando-se para atestar que as instituições funcionavam “normalmente”. Seguimos, portanto, na Dinamarca.
A tentativa de abafar a crise provocada pela família Bolsonaro não surtiu o efeito imaginado pelos editores do JN.
É que no rastro dela, um coronel da reserva do Exército brasileiro, Carlos Alves, divulgou vídeo nas redes sociais em que fez ataques tão ou mais pesados à Justiça brasileira.
Na divulgação desses novos ataques, pois era imperativo para o jornal fazê-lo, a estratégia do silenciamento operou fortemente: a voz do coronel não foi colocada, o JN exibiu apenas recortes da imagem com trechos de menos impacto das ameaças feitas.
O trecho em que Rosa Weber é chamada de “vagaba” não foi exibido, sequer mencionado.
Para o espectador que não viu o vídeo e teve apenas o recorte do JN, isso não teve o menor impacto.
Enquadramento e silenciamento operando juntos para ressignificarem um fato, retirando dele sua potência.
Em termos comparativos, quando Sérgio Moro liberou a divulgação dos áudios de Lula e Dilma, o tema ganhou uma cena enunciativa de amplo destaque, com áudios completos, imagens e textos, além da encenação específica de Bonner e Renata (que leram dramatizando as falas).
Seguimos na Dinamarca até que na quinta-feira, 25, o coronel reformado Carlos Alves voltou às redes sociais, endurecendo mais ainda suas críticas ao STF, acusando-o de ser conivente com bandidos de diversos matizes políticos e exigindo a prisão deles, ao mesmo tempo em que ampliava a carga contra os integrantes do STF.
O JN simplesmente ignorou o assunto, passando para os telespectadores a impressão de que a reta final da campanha transcorria dentro da normalidade.
OS PROBLEMAS DA ELEIÇÃO. APENAS NOS EUA
Não divulgar determinado assunto ou minimizar sua importância são formas clássicas de manipulação da informação por parte da mídia.
Outra estratégia com idêntico objetivo é a de desviar o foco. E foi essa estratégia que o JN colocou em prática na edição do dia 25.
A campanha eleitoral pegava fogo no Brasil, com o Ibope, instituto de pesquisa contratado pela própria TV Globo, mostrando a redução da diferença entre as intenções de voto entre Bolsonaro e Haddad.
Haddad recorria ao TSE para solicitar que a TV Globo realizasse o tradicional debate entre os presidenciáveis previsto para o último dia de campanha eleitoral, a sexta- feira, 26.
Enquanto tudo isso aconteceu, o que fez o JN?
Trouxe como principal destaque da edição o acirramento da campanha para governadores e parlamentares nos Estados Unidos, com os serviços de informação daquele país interceptando “ataques terroristas” (correspondência suspeita) a líderes do Partido Democrata (os ex-presidentes Clinton e Obama e a candidata derrotada Hillary Clinton). O assunto dominou o primeiro bloco do JN.
As eleições no Brasil apareceram, na edição desse dia, apenas por meio da cobertura de atos de campanha de Bolsonaro e de Haddad, sempre nessa ordem.
Detalhe: apresentar as matérias sobre os candidatos segundo a intenção de votos apontadas pelos institutos de pesquisa é, por si só, uma maneira de o JN de reforçar quem, num determinado momento, está liderando.
Sobre o encontro de Bolsonaro com líderes do agronegócio, o JN apenas informou que o candidato admitia recuar da decisão de, se eleito, fundir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente.
Nem uma palavra foi dita sobre a enxurrada de críticas e manifestações que a proposta de fusão havia recebido dos ambientalistas.
A impressão que a reportagem do JN passou para o telespectador foi a de que o candidato mudou de ideia. Simples assim!
Quanto ao ato de campanha de Haddad, na noite anterior, a manifestação que reuniu 100 mil pessoas nos Arcos da Lapa, no Rio de janeiro, o JN privilegiou o enquadramento negativo.
Deu destaque apenas à crítica que um dos artistas presentes, o rapper Mano Brown, fez ao PT, ao reclamar que o partido abandonou os mais pobres e a periferia, referindo-se aos votos desses segmentos que migraram para Bolsonaro no primeiro turno.
Ao destacar esse ponto, em detrimento da dimensão da manifestação, que contou com a presença de artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso, a edição do JN, deliberadamente, minimizou e desvalorizou o evento.
BOLSONARO JÁ MANDA NA GLOBO
Mas o clímax do alinhamento do JN à campanha de Bolsonaro ainda estava por vir.
Ao contrário de outros veículos das Organizações Globo, como a rádio CBN e o portal G1, que substituíram os debates previstos para o segundo turno por entrevistas com o candidato Haddad, uma vez que Bolsonaro, “por estratégia”, anunciou que não participaria, a TV Globo decidiu jogar a tolha.
Cancelou o tradicional debate previsto para o último dia de campanha e sequer considerou a possibilidade de realizá-lo apenas com a presença de Haddad ou de transformá-lo em entrevista.
O candidato do PT foi à justiça para reivindicar a realização do debate, mas a Justiça (sempre parceira dos interesses da mídia hegemônica no Brasil) entendeu que a TV Globo tinha a prerrogativa para decidir, mesmo sendo concessão pública e mesmo sendo esse um tema crucial para o futuro da população brasileira.
Aqui, sim, cabe menção às eleições presidenciais nos Estados Unidos, que o JN obviamente jamais fará.
Naquele país tão cantado e decantado pela elite brasileira e pela TV Globo, é impensável uma campanha presidencial sem que os candidatos apresentem de forma clara suas propostas e sem que haja debates.
Mais ainda: os debates não ficam a cargo do humor das emissoras comerciais.
Eles são promovidos pela emissora pública de lá, a PBS, única confiável aos olhos da população por não estar submetida aos interesses dos anunciantes e nem aos dos seus proprietários.
O “CÃO DE GUARDA” E A TOALHA
Contrariando o conceito de mídia enquanto Watch Dog (a mídia como o “cão de guarda”, o guardião dos interesses da população), tão difundido pelo JN ao longo de sua história, nesta campanha eleitoral fica patente que o informativo jogou a toalha.
O termo Watch Dog foi cunhado entre os anos 1960 e 1970, nos Estados Unidos, e tinha como correlato o de mídia como “quarto poder”, na medida em que a ela cabia dotar os cidadãos de informações para que pudessem entender a realidade que os cerca e fazer, de forma consciente, as escolhas necessárias para a sua vida.
Diante disso, não há como dizer que o JN fez jornalismo na cobertura da campanha eleitoral de 2018.
As propostas dos candidatos não foram discutidas e não se deu voz aos mais diversos setores da sociedade no que diz respeito aos seus interesses e anseios.
A campanha de Haddad foi ligada, o tempo todo, a um viés marcadamente negativo envolvendo o ex-presidente Lula.
Cada referência a Lula sempre vinha acompanhada da explicação “está preso nas dependências da Polícia Federal em Curitiba, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro”.
Ou seja, a ideia de corrupção e crime se ligavam visceralmente qualquer menção a Lula, na melhor tática de alimentação de uma memória discursiva pela repetição do enunciado.
Por outro lado, o silenciamento como política editorial era aplicado amplamente no tratamento dado a outros políticos presos ou denunciados por corrupção, como Cunha, Aécio e o próprio presidente Temer, que apoiam a candidatura Bolsonaro.
Por tudo isso, o ideal para o JN, no segundo turno, teria sido poder substituir a “trabalheira” da cobertura da campanha eleitoral pelo apoio explícito ao candidato anti-PT.
Só que tamanho ódio pode lhe custar claro, mesmo que o vitorioso seja Bolsonaro.
Com Edir Macedo no calcanhar, a família Marinho talvez experimente a mesma decepção do primeiro magnata da mídia brasileira, Assis Chateaubriand, que de conspirador e golpista de primeira hora em 1964, foi substituído, na preferência dos militares, pelo então discreto empresário Roberto Marinho. Se Bolsonaro vencer, a bola da vez pode ser Macedo.
ACENO?
Os dois dias finais antes da eleição foram bem peculiares na edição do JN.
No dia 26, sexta, a edição foi bastante generalista e o mais asséptica possível.
Na grade, além do grande tempo para a previsão do tempo, assuntos pouco factuais, como piracema, estudo sobre a Zika, falta de gasolina em delegacias em Teresina, sargento pretendo preso por agredir a mulher no Mato Grosso.
A investigação do MP em relação a Paulo Guedes teve um minuto, com um tom bastante informativo, neutro.
Mas, apesar da assepsia, o tema fake news foi trazido à baila, ainda que num viés geral, como um desafio para o mundo, não houve abordagem específica sobre o caso Bolsonaro.
Na sequência, destaque para pesquisa Datafolha que mostrava 47% acreditam no que recebem pelo WhatsApp, e pra a pesquisa Ibope, que mostrou que 73% nunca receberam ataques a candidatos pelo WhatsApp.
Ao colocar os dois dados das pesquisas, o JN mantém o pretenso viés de neutralidade porque abarca o problema (as pessoas acreditam no que recebem), mas há o atenuante de que muitos nunca receberam notícias “falando mal” de candidatos.
Por outro lado, os dados são sempre mostrados de modo seco, apenas resultados.
As eleições, como sempre, são mostradas pela agenda dos candidatos.
Na apresentação de Bolsonaro, ao lado de uma indígena e de um negro, a tentativa de mostrar um candidato humanizado prevalece.
Mas um avanço sutil ocorre com Haddad: ganham destaque as aparições no Nordeste, com imagens abertas que mostram um grande volume de pessoas nos atos.
Tudo parecia transcorrer para um desfecho morno e asséptico do JN, mas eis que algo muda na edição de sábado.
Ela foi prioritariamente dedicada às últimas pesquisas Datafolha e Ibope – que mostravam uma redução expressiva na diferença entre os dois candidatos.
Feitos os destaques das pesquisas, que consumiram quase 14 minutos do JN, foi anunciado um balanço das campanhas a partir do acompanhamento dos repórteres aos candidatos na última semana do segundo turno.
Cada campanha teve 11 minutos.
A apresentação de Bolsonaro teve a costumeira humanização, mas a chamada sinalizou para um posicionamento morno, de gabinete “Na última semana de campanha, Bolsonaro se dividiu entre encontros e gravações”.
A matéria mostrou ainda alguns momentos em que ele não quis receber a equipe e ressaltou que ele não fez encontros na rua, num tom até um pouco soturno.
A novidade da edição fica, então, por conta da apresentação da campanha de Haddad, que ganha um tom muito positivo, alegre e cheio de energia, em clara contraposição à cobertura da campanha de Bolsonaro.
Vamos aos pontos principais:
1.A chamada da cobertura já dimensiona o evento e a capilaridade do candidato – “Haddad encerra campanha com maratona de comícios e viagens”, sempre ressaltando a disposição do candidato para participar de todos os eventos.
São mostrados os comícios, com abertura da câmera para dar a dimensão do número de pessoas
2.Vozes são trazidas – há muitas falas de pessoas nos comícios e dos apoiadores, que destacam “o povo nas ruas”, “as propostas”, há muitas falas do candidato, com espaço para que ele fale sobre propostas
3.Há destaque para a família, com cenas e falas dos filhos e da mulher.
4.Menção ao apoio da militância nos eventos.
5.Falas em destaque de Haddad mostram as críticas a Bolsonaro.
6.Na sequenciação dos eventos, os enunciados mostram o trânsito do candidato pro todos os ambientes na sociedade: se reúne com catadores de papel, vai a evento no TUCA, reúne-se com as pessoas na Maré, conversa com representantes da Igreja Católica.
7.Os enunciados que se repetem ao longo da matéria destacam aspectos sempre positivos: viagem por todo o pais, maratona, povo nas ruas, alegria.
8. As polêmicas foram reportadas, mas respondidas em sequência pelo próprio candidato, num viés positivo.
No caso da ausência de apoio explícito de Ciro Gomes, Haddad falou reforçando o apoio do Nordeste; no caso da fala de Mano Brown, criticando o PT, a matéria traz uma fala de Haddad colocando a ideia de que é preciso sim ver os erros cometidos e voltar às bases.
9.Cena enunciativa do encerramento marcada pelo sentimento de alegria, com destaque para as imagens em Salvador, com as ruas tomadas pela multidão (a matéria cita o número de participantes, 100 mil). E o sentimento colocado na voz do candidato: alegria, emoção.
É, sem dúvida, uma edição que quebra a tendência asséptica dos últimos dias.
Por outro lado, neste acompanhamento, percebemos também a oscilação estratégica do JN na cobertura, a depender das oscilações do cenário e das jogadas possíveis.
O que isso revela? Como sempre, o posicionamento estratégico de um ator político que se coloca muito bem em campo.
Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
*Ângela Carrato é jornalista e professora do Departamento de Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
*Eliara Santana, também jornalista, doutoranda em Estudos Linguísticos pela PUC Minas/Capes.
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Jornal Nacional, Ato 4: Como foi a ”humanização” de Bolsonaro, depois do silenciamento de Lula
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Comentários
henrique de oliveira
Se Bolsonazi acabar com a globo como ele vem falando já ajuda a tira-lo do cargo.
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