Haddad, na Folha: Impedir o pesadelo está “ao alcance de nossas mãos”
Tempo de leitura: 3 minPelo Brasil, pela democracia e pela paz
É preciso impedir que pesadelo se torne realidade
Sou contra a tortura. Não posso admitir que pessoas sejam fuziladas aqui ou em qualquer lugar do planeta.
Não vou fechar o Supremo ou o Congresso nem censurar a imprensa, tampouco prender ou exilar pessoas que pensam diferente de mim, ao contrário das recentes ameaças feitas pelo meu adversário.
Repudio toda e qualquer ditadura.
Renovo todos os dias a minha fé na democracia e na liberdade.
Respeito todas as crenças religiosas, porque todas que conheço, de uma forma ou de outra, ensinam o mandamento que desde cedo aprendi: “Ama a teu próximo como a ti mesmo”. E acho lindas as cores da bandeira do Brasil.
Jamais imaginei que fosse necessário investir parte preciosa deste pequeno espaço que me cabe à declaração do óbvio.
Mas a escalada de ódio, que nesta campanha eleitoral atingiu níveis intoleráveis, me obriga a fazê-lo.
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O que está em jogo é a escolha entre o nosso direito ao futuro ou o retorno a um dos períodos mais sombrios de nosso passado.
Fui ministro da Educação no governo do ex-presidente Lula, investi em todos os níveis de ensino, da creche à pós-graduação.
Construí escolas técnicas e novas universidades públicas. Criei o ProUni e o Fies sem Fiador, para jovens que não podiam arcar com as mensalidades das faculdades privadas.
Tudo isso fiz sem tirar a vaga de ninguém. Pelo contrário: nunca tantos brasileiros, de todas as cores e classes sociais, tiveram tanto acesso ao ensino superior.
Fui também prefeito da maior metrópole da América do Sul e governei para todos os paulistanos, com medidas inovadoras e internacionalmente reconhecidas em gestão, mobilidade urbana e respeito aos direitos humanos. Posso e vou fazer muito mais.
Meu adversário, ao contrário, é um político profissional.
Nada tenho contra os que fazem da política a sua profissão, mas repudio quem a usa como ferramenta de enriquecimento pessoal e plataforma de disseminação do ódio contra adversários, especialmente mulheres, negros e as minorias.
Ele promete combater a violência armando a população, como se ignorasse o fato de que o Brasil é o país com maior número de mortes por armas de fogo em todo o mundo. São 43 mil mortos a cada ano.
Pessoas que reagiram a um assalto, pessoas que morreram por causa de uma simples briga de trânsito ou uma discussão boba entre vizinhos, além das vítimas de disparos acidentais –inclusive crianças que brincavam com o revólver do pai.
Diante dessa realidade, botar mais armas nas mãos dos cidadãos é o mesmo que dizer: “Matem-se uns aos outros”.
Algumas das mais controversas propostas de meu adversário, reveladas por ele próprio ou pelo comando de sua campanha, dizem respeito à revogação de direitos trabalhistas históricos, a exemplo do 13º salário, cobrança de mensalidades nas universidades federais e imposição de uma reforma tributária que visa beneficiar o grande capital e penalizar ainda mais a classe média e os mais pobres.
No campo da ética, o que se confirmou, a partir de reportagem publicada por esta Folha, é que sua campanha instalou uma verdadeira fábrica de mentiras, irrigada com dinheiro de caixa 2, para tentar fraudar a eleição com base no disparo em massa de fake news contra mim e minha família.
Por tudo isso, e pelo que o Brasil ainda representa no cenário internacional, o mundo inteiro tem os olhos postos sobre nós, para a escolha que faremos neste domingo nas urnas.
Não há espaço nem tempo para indecisões. Isentar-se de tamanho compromisso é abrir mão de todos os nossos avanços civilizatórios e dizer “sim” à barbárie.
Impedir que tal pesadelo se transforme em realidade está ao alcance de nossas mãos, na ponta de nossos dedos. É preciso apertar o 13 e a tecla “confirma”.
E, a partir desta segunda, trabalhar todos os dias pela pacificação do Brasil e pela construção de um país melhor e mais justo, com crescimento econômico e inclusão social, tendo como alicerces a educação e a geração de empregos.
Bom voto, e um Brasil feliz para todas e todos.
Candidato à Presidência da República pelo PT; ex-prefeito de São Paulo (2013-2016) e ex-ministro da Educação (2005-2012, governos Lula e Dilma)
PS do Viomundo: Bolsonaro não só não respondeu ao pedido da Folha por um artigo, como entrou com ação contra o jornal e a repórter Patricia Campos Mello, que desvendou o escândalo do whatsapp.
Comentários
Roque Jones
Um pesadelo já acabou. O Malddad perdeu. PT nunca mais.
Sônia Maria Gaeta
Peço que nao me mandem mais notícias.
Nao tenho interesse nelas
Obtigadap
Luiz Carlos Azenha
Sônia, é só clicar no sino vermelho que aparece na página. A gente só envia para quem se cadastrou! Obrigado, abs
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