Fernando Brito: Plano para levantar Alckmin recebe ducha de água fria; ele parece morto em São Paulo

Plano para levantar Alckmin tem um problema: ele parece morto em casa

por Fernardo Brito, no Tijolaço

A aparente intenção de demolir Jair Bolsonaro para carrear votos a Geraldo Alckmin e tentar levar o ex-governador paulista ao 2° turno recebeu, agora de manhã, uma ducha de água fria.

A pesquisa Datapoder360 em São Paulo, estado que representa quase um quarto do eleitorado brasileiro, e centro do poder tucano deu a Alckmin míseros 13%, o que o deixa em 3° entre os paulistas.

E, ainda pior, em 4°, se considerados apenas os paulistanos.

Portanto, nem com um abalo profundo nos 30% dos votos de Jair Bolsonaro, ganha o suficiente sequer para passar o ascendente Fernando Haddad ou o que remanescesse do ex-capitão.

Porque São Paulo está para os tucanos como o Nordeste está para o PT. Ou mais.

A pesquisa foi feita antes do sincericídio do General Hamílton Mourão com o 13° e dos “barracos conjugais” da Veja que, embora revelem ocultação de patrimônio, não creio que tenha efeito mais imediato sobre Bolsonaro.

O Datafolha, que deixou parte de sua coleta de dados para hoje talvez capte alguma coisa.

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Ainda que, como antecipou Lauro Jardim em O Globo, as coisas indiquem uma certa estabilidade em relação às últimas pesquisas, é bom lembrar que, de todos, era o Datafolha quem dava menos (16%) a Haddad e que, portanto, o mostrará subindo, para chegar aos 20-22% registrados na maioria das pesquisas.

Mesmo que Bolsonaro não tenha perdido um ponto sequer, o desenho que vai para a TV é o das pontas se fechando entre Haddad e Bolsonaro.

Não estamos chegando à reta final do primeiro turno, estamos no meio dela.

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