Simulação de segundo turno mostra Bolsonaro disputando eleitorado de Lula
Tempo de leitura: 3 minDa Redação
Uma detalhada simulação de segundo turno feita pelo DataPoder 360 mostra que o candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, está disputando com Fernando Haddad o tradicional eleitorado do ex-presidente Lula.
Pela projeção, Haddad e Bolsonaro estão empatados dentro da margem de erro de mais ou menos 2 pontos percentuais (43% a 40% para Haddad, com 16% de votos nulos ou brancos).
Eles também aparecem tecnicamente empatados no primeiro turno (26% a 22%).
É a primeira pesquisa que registra tal avanço de Haddad. Ciro Gomes, o terceiro colocado, tem 14%.
De acordo com o levantamento, o neofascista e Haddad aparecem com uma grande taxa de votos sólidos, de quem diz que não pretende trocar de candidato (Bolsonaro 90%, Haddad 84%).
A pesquisa pode ter registrado a migração de votos de Geraldo Alckmin e Marina Silva, que aparecem respectivamente com apenas 6% e 4%.
Um dado curioso: de acordo com o DataPoder, no segundo turno 73% dos votos de Guilherme Boulos (2% na pesquisa) migrariam para Bolsonaro.
Já 72% dos votos do democrata cristão Eymael ficariam com Haddad.
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Dos eleitores de Ciro Gomes, 55% apoiariam o petista, 26% Bolsonaro e 19% optariam por votos nulos ou brancos.
Chama a atenção o bom desempenho do neofascista no eleitorado tradicional do ex-presidente Lula: na simulação de segundo turno, ele aparece com 43% dos votos de quem ganha até dois salários mínimos (39% para Haddad) e 47% dos que recebem de dois a cinco salários mínimos (43% para Haddad).
O candidato do PSL endossa a ideia de seu mentor econômico, Paulo Guedes, de fixar uma alíquota única de imposto de renda, o que prejudicaria os mais pobres — Guedes falou em 20%.
Haddad, por sua vez, fala que vai estender a faixa dos isentos para os que recebem até cinco salários mínimos.
Essa diferença de postura, em tese, deve beneficiar Haddad.
Há dúvidas, no entanto, sobre se a eleição de 2018 será travada no campo do debate racional.
Feito o que aconteceu nos Estados Unidos com Donald Trump, Bolsonaro parece ter encarnado o candidato antissistema, no qual alguns eleitores votam para implodir o sistema político.
Como Bolsonaro tem apenas 29% no Nordeste, contra 54% de Haddad, é possível supor que a entrada do candidato do PSL com os mais pobres se dê nas regiões metropolitanas, mais propícias inclusive à disseminação do voto antissistema, pela proximidade geográfica entre os eleitores.
Sobre a pesquisa DataPoder, há de se considerar que foi feita por telefone e com 4.000 entrevistas.
No caso do Datafolha, foram 8.600 entrevistados pessoalmente — em tese, pesquisas assim trazem resultados mais confiáveis.
O perfil os eleitores dos dois principais candidatos em primeiro turno, segundo o mais recente Datafolha (Bolsonaro 28% a 16%), ficou assim:
Comentários
joão batista dos santos oliveira
CADA UM FALA A REALIDADE DE SEU ESTADO, AQUI NO MARANHÃO A DIFERÊNÇA CHAGA A 30% A FAVOR DE HADDAD, ATÉ A FAMILIA SARNEY TÁ PUCHANDO VOTO PRO PT!
joão batista dos santos oliveira
CADA UM FALA A REALIDADE DO ESTADO QUE VIVE. AQUI NO MARANHÃO A DIFERÊNCA A FAVOR DE HADDAD CHEGA A 30%, ATÉ A FAMILIA SARNEY TA PUCHANDO VOTOS.
Darcy Brasil Rodrigues da Silva
A direção nacional do PT será a principal responsável por uma eventual derrota para o fascismo. Foi ela que impôs a opção cabeça-de-chapa do PT em uma coligação restrita, ou nada. Se a intenção de votos em Bolsonaro continuar crescendo no mesmo ritmo que cresceu na última semana, o fascista pode levar a eleição ainda no 1° turno. Esse será o preço que pagaremos por uma opção de altíssimo risco imposta quase à forca pela direção nacional do PT às demais forças do campo democrático e popular. Nesse momento, uma gigantesca manifestação da campanha de Bolsonaro se desenvolve nas ruas da cidade do Sul de Minas onde vivo. Aqui, Bolsonaro vence com um pé nas costas.
Aristides Bartolomeu Novaes
O PT precisa sair em campo com muito afinco, caso contrário, perderá a eleição.
O candidato é excelente, mas desconhecido e precisará de muito esforço para romper a barreira criada pela mídia que eliminou o PT da propaganda.
lulipe
Os institutos errarão mais uma vez, o sentimentos das ruas nos mostra que o mito pode levar já no 1º turno. Aguardemos, é melhor JAIR se acostumando.
Ubiratan Rosa Passos
Ou seja: o Haddad já era. O ódio venceu.
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