Emílio Lopez: Capa da Folha da quarta-feira foi para impedir o voto útil

Análise da capa da Folha sobre a pesquisa Datafolha

por Emílio Lopez, no blog Se a rádio não toca

A capa da Folha de São Paulo dessa quarta-feira, 20/9, sobre a pesquisa Datafolha, tem uma finalidade: impedir o chamado voto útil.

Dessa maneira, pode beneficiar tanto Jair Bolsonaro (PSL) quanto Fernando Haddad (PT).

A Folha faz isso, lembrando que Ciro Gomes (PDT) bate todos os candidatos no segundo turno.

Com isso, o jornal segura o possível voto útil em direção a Haddad.

Vale lembrar que Ciro Gomes (13%) e Haddad (16%) estariam empatados na margem de erro da pesquisa.

Lembro também que, se Haddad tivesse 18 ou 19% no Datafolha, ele estaria no segundo lugar sem empate com Ciro Gomes dentro da margem de erro.

Outro beneficiário indireto de se evitar o voto útil é Geraldo Alckmin (PSDB), que prevê queda de Bolsonaro e acredita em um cenário de disputa acirrada para as duas vagas no segundo turno.

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O crescimento de Bolsonaro indica que para a direita esse movimento de voto útil já está ocorrendo.

Existe um risco de, no final da campanha, o voto útil ocorrer tanto para Bolsonaro como para Fernando Haddad ou outro candidato, tornando o quadro mais instável e imprevisível.

A tendência é de crescimento de Haddad, como mostra a própria pesquisa.

Levantamentos internos do PT  apontam que seu candidato deverá crescer mais em todo o país.

Curiosamente, o Ibope aponta 19% para Haddad e o Datafolha 16%.

Já para o governo do Estado de São Paulo  Marinhotem  8% no Ibope e 6% no Datafolha.

Podem estar segurando o crescimento do PT e acertam mais a frente.

Tudo indica que esta campanha será decidida na última semana ou talvez nos últimos três dias.

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