Pesquisa de banqueiro mostra Ciro no segundo turno com Bolsonaro; potencial de Haddad é de 32%

Tempo de leitura: 4 min

Da Redação

Internautas desconfiados apontam para o fato de que Paulo Guedes, o guru econômico de Jair Bolsonaro (PSL), foi um dos fundadores do BGT Pactual, do qual se desligou — o banco é o patrocinador da pesquisa.

Ainda assim, era previsível que depois de sofrer um atentado — do qual um número razoável de petistas desconfia — , Jair Bolsonaro tirasse proveito como “vítima”.

De acordo com a pesquisa, ele subiu 4 pontos e agora tem 30% das intenções de voto, contra 12% de Ciro Gomes (PDT).

O petista Fernando Haddad (PT) subiu para 8% e agora aparece empatado com Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB).

O potencial de votos em Haddad, se de fato substituir Lula na chapa PT-PCdoB, é de 32%.

A pesquisa mostra o ex-presidente despencando na pesquisa espontânea, depois que teve sua candidatura oficialmente barrada pelo TSE.

A ascensão de Ciro fora da margem de erro mostra que o pedetista tem chances de disputar o segundo turno, especialmente se a transferência de votos de Lula para Haddad empacar.

Ciro tem se apresentado no fio da navalha: defensor ao mesmo tempo da Lava Jato e crítico ácido da condenação do ex-presidente Lula, com o se viu no debate da Faap patrocinado pelo Estadão (vídeo imperdível no topo).

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Bolsonaro sobe de 26% para 30% dos votos e lidera isolado; Ciro desponta no 2º lugar, diz pesquisa

do Infomoney

Enquanto isso, Marina Silva aparece com forte tendência de queda e vai para 8% dos votos, empatada com Geraldo Alckmin e Fernando Haddad

SÃO PAULO – A primeira pesquisa realizada após o atentado sofrido por Jair Bolsonaro (PSL) e com mais de uma semana após o início do horário eleitoral mostrou que o candidato do PSL teve um forte aumento nas intenções de voto, tanto no cenário espontâneo quanto estimulado.

Enquanto isso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve a sua candidatura barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na madrugada do último dia 1, despencou nas intenções de voto no cenário espontâneo.

É o que mostra a mais recente pesquisa FSB/BTG Pactual, divulgada nesta segunda-feira (10) e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-01522/2018.

O levantamento foi realizado entre os dias 8 e 9 de setembro com 2000 eleitores e a margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

No cenário espontâneo, a intenção de voto de Bolsonaro passou de 21% para 26%, de uma semana para outra, enquanto neste último levantamento apenas 12% votariam em Lula, ante 21% da pesquisa anterior.

Ciro Gomes (PDT) foi de 4% para 7%, alta acima da margem de erro, enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) se mantiveram em 3%, mesmo percentual de João Amoêdo (Novo) e de Fernando Haddad (PT).

Álvaro Dias (PODE) oscilou positivamente de 1% para 2%, enquanto os demais não pontuaram.

Não sabem ou não responderam passaram de 24% para 22%, não votariam em ninguém foram de 14% para 13%, enquanto brancos e nulos oscilaram de 5% para 4% em uma semana.

Já na intenção de votos estimulada — desta vez há o cenário apenas com Fernando Haddad como substituto de Lula, uma vez que o ex-presidente petista teve a sua candidatura barrada –, Jair Bolsonaro passou de 26% de intenção de voto no levantamento anterior para 30%.

Enquanto isso, Ciro Gomes ganhou ainda mais força para disputar o segundo turno ao ultrapassar Marina Silva, apesar de manter os 12% das intenções de voto do levantamento anterior.

Isso porque Marina teve forte queda de 11% para 8% de uma pesquisa para outra sendo que, duas semanas atrás, tinha 15%. Alckmin manteve os 8%, enquanto Haddad oscilou no limite da margem de erro, passando de 6% para também 8%.

Ou seja, em terceiro lugar, os candidatos do PSDB, da Rede e do PT aparecem com os mesmos 8%. Amoêdo oscilou para baixo, passando de 4% para 3% dos votos, enquanto Alvaro Dias seguiu com 3%.

A porcentagem de quem não votaria em ninguém caiu de 18% para 13%, branco/nulo somam 3%, enquanto não sabe/não responderam foi para 8%.

Os eleitores de Bolsonaro também são aqueles cuja certeza do voto é maior.

Para 78% deles, a decisão de voto é definitiva, sendo seguido pelos de Haddad (68%), Alvaro Dias (62%), Amoêdo (59%), Ciro (58%), Alckmin (49%), Boulos (40%), Marina (37%) e Meirelles (24%).

Vale destacar que 55% dos que disseram votar branco/nulo apontaram ter certeza do seu voto.

O apoio de Lula a Haddad também mostrou uma certa estabilidade em sua importância.

O número de pessoas que não votaria de jeito nenhum em Haddad caso Lula apoiasse o ex-prefeito paulistano oscilou dentro da margem de erro, de 61% para 63%, enquanto o número dos que votariam com certeza foi de 19% para 20%.

Os que poderiam votar oscilou para baixo, de 14% para 12% de uma semana para outra.

Potencial de voto X rejeição

Com relação ao potencial de voto (porcentagem dos que poderiam votar em um determinado candidato), Bolsonaro aparece na frente com 40%, ante 35% do levantamento anterior, sendo seguido por Ciro, que oscilou positivamente de 34% para 36%.

Já Alckmin subiu de 27% para 30% de uma semana para outra, sendo seguido por Marina, que caiu de 35% para 29%.

Haddad aparece em seguida, subindo de 20% para 24%.

Alvaro Dias teve alta de 15% para 19%, mesmo percentual de Meirelles,que subiu ante os 12% de potencial de voto da semana passada, enquanto Amoêdo oscilou para cima, passando de 11% para 12%.

Cabo Daciolo (PATRI) tem 7% de potencial de voto, seguido por Guilherme Boulos com 5%, mesmo porcentual de João Goulart Filho (PPL) e Vera Lúcia (PSTU). Já José Maria Eymael (DC) registra 4% de potencial de voto.

Já Marina Silva ultrapassou Alckmin na lista de maior rejeição — ou seja, a porcentagem de quem não votaria “de jeito nenhum” no candidato/candidata — passando de 58% para 64%, um forte aumento ainda mais considerando os 54% de rejeição registrados no levantamento de duas semanas atrás. Alckmin oscilou para baixo em termos de rejeição, passando de 63% para 61%.

O tucano é seguido por Meirelles, que teve queda de 55% para 52%, mesmo percentual de Haddad. Ciro Gomes e Bolsonaro possuem 51% de rejeição, mesmo patamar do levantamento anterior.

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Comentários

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Eduardo

Decidi abrir meu voto! No 1° turno : Lula ou Daciolo se Lula não for candidato! Nesse caso, se Bolsonaro não ganhar no primeiro turno, no 2° turno meu voto é dele! Em resumo, na ausência de Lula ” foda-se”! Merda pouca é bobagem!

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