Ex-sócio da Empiricus é preso pelo FBI por desvio de contas bancárias
Marcos Eduardo Elias é acusado de desviar mais de 750.000 dólares de contas de brasileiros em Nova York
Marcos Eduardo Elias, fundador e ex-sócio da casa de análise de ações Empiricus, foi preso na Suíça em junho e extraditado para os Estados Unidos na semana passada, acusado de desviar mais de 750.000 dólares de contas bancárias de brasileiros em Nova York.
Segundo informações do Departamento de Justiça americano, Elias se passou por funcionários dos titulares das contas bancárias, e, usando documentos falsos, conseguiu transferir o dinheiro para uma conta controlada por ele em Luxemburgo.
Uma das supostas vítimas do esquema foi o conglomerado varejista Zaffari, controlado pela família gaúcha de mesmo sobrenome.
A investigação foi conduzida pelo Federal Bureau of Investigation (FBI), a Polícia Federal americana.
Os acusados teriam mandado e-mails para outros empregados do grupo Zaffari fingindo ser um dos membros do clã, e solicitavam a transferência dos montantes para a conta.
Essa conta tinha como titular uma empresa sediada no Panamá que falsamente listava entre seus donos o membro da família Zaffari em questão, mas na verdade era da propriedade de Elias.
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Elias é engenheiro mecânico formando pela Universidade de São Paulo. Foi economista-chefe do banco francês BNP Paribas e ajudou a fundar a Empiricus em 2010.
O executivo está sendo acusado pela Justiça americana de conspiração para cometer fraude, crime que tem pena máxima de 30 anos de prisão; de fraude de transferência bancária, com pena de 30 anos; de receptação de produto de furto, com 10 anos.
O executivo do mercado financeiro está sofrendo, ainda, duas acusações de furto de identidade com agravantes, que têm penas de dois anos cada.
Em 2017, Elias processou a Empiricus, como EXAME revelou em primeira mão.
No processo, Elias dizia ter sido pressionado a sair da sociedade em 2012, pouco antes de a Empiricus receber o investimento da empresa americana de informações financeiras Ágora.
Elias pedia uma indenização que pode chegar a 10 milhões de reais.
Procurada, a Empiricus ainda não retornou a reportagem. A defesa de Elias não foi localizada.
PS do Viomundo: Elias é o japonês da Federal do mercado financeiro. A empresa que ele fundou tocou terror digital durante a campanha de 2014 e, a seguir, ao longo do processo de impeachment de Dilma Rousseff.
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Comentários
Nelson
E não é que apareceu alguém para lograr os Zaffari.
Nelson
Empreendedores, ah, esses empreendedores.
–
Entreguemos tudo em suas mãos e passaremos a viver num quase paraíso. Assim nos aconselham os neoliberais empedernidos, na verdade, fundamentalistas fanáticos que não conseguem enxergar outra coisa além de cifrões.
David
A matéria diz que o sujeito roubou grana da conta de brasileiros.
Será que estamos diante de um típico caso de “ladrão que rouba ladrão?”
Julio Silveira
Não escapa um. Heroi federal golpista dos golpistas federais do Brasil, criminoso com direito a acusação federal dos federais dos States. Aposto que não faltarão arroubos de invasão de soberania. Rsrsrs.
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