Sem reduzir salário, deputados paulistas suspendem sessões no período eleitoral
Tempo de leitura: 2 minPor João Paulo Rillo
Um terço de imoralidade
por João Paulo Rillo*
Depois de lançar a Assembleia Legislativa em um período de obstruções sem sentido e adiar um recesso há 12 anos respeitado inútil e rigorosamente, os deputados tucanos conseguiram atrair para sua atitude irresponsável quase todos os demais parlamentares.
Mais de 30 líderes de partido concordaram em realizar sessões legislativas somente às terças-feiras, suspendendo durante o período de campanha eleitoral as sessões das quartas e quintas-feiras.
O requerimento foi aprovado no Colégio de Líderes e, depois, aprovado em plenário com apenas dois votos contrários, o meu e o do líder do meu partido, o deputado Carlos Giannazi.
Embora a disputa pela reeleição esteja prevista na legislação sem a obrigatoriedade do afastamento do cargo, é necessário observar os limites da moralidade.
Nenhum dos favoráveis à realização de só 1/3 das sessões sugeriu, por exemplo, a redução dos vencimentos dos deputados em 1/3.
E ainda que os deputados aleguem tratar-se de um costume, a verdade é que há trabalho a ser feito e que vem sendo adiado pela ausência dos parlamentares na Casa.
Em obstrução para prejudicar Márcio França, os tucanos já haviam adiado a votação dos projetos da Lei de Diretrizes Orçamentária, da extinção do Ipesp e o PL 31/18 que proíbe a comercialização de animal vivo.
Em relação à LDO, a intransigência dos parlamentares aliados de Dória e Alckmin desperdiçou todo o trabalho de elaboração e aprovação de emendas.
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Autor de 40% das emendas aprovadas pelo relator do projeto de LDO, tive minhas propostas retiradas do texto.
Eram indicações que atendiam reivindicações importantes para melhorar a vida das pessoas, prevendo bolsas permanência para os alunos da Fatec e dos cursinhos populares, melhorias em rodovias, instalação de unidades de saúde etc. Com a obstrução, o texto original da LDO entrou na pauta de votação e foi aprovado sem emendas.
Não bastasse o prejuízo àqueles que contavam com as soluções das diversas emendas, os deputados, inabaláveis em suas disposições de arrastar a Assembleia Legislativa para a disputa eleitoral, ainda se negam a votar o PL 31, contra a exportação de animais vivos, apesar das galerias lotadas de ativistas e protetores exigindo a regulamentação da matéria.
Mais do que tempo para fazer campanha, a maioria dos parlamentares quer evitar desgastes, protelando votações cujos posicionamentos lhes renderiam críticas e exposições negativas, incomodas no período eleitoral.
*João Paulo Rillo é deputado estadual (PT-SP)
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João Paulo Rillo
Vereador em Rio Preto e presidente do PSOL-SP.
Comentários
Roberto Veiga
Gostaria de receber matéria no meu watts sobre política para poder repassar ao grupo no qual faço parte. Estou cansado de ler notícia falsa nesse grupo que faço parte, tanto contra o PT quanto a favor do Coiso.
De preferencia matéria sem direcionar para outro site. Não sei se fui claro.
José Carlos Lehnen
Por favor parem de mandar estes links para meu celular
SOU BOLSONARO
Conceição Lemes
José Carlos, consultei o Leandro Guedes, que é quem da web do Viomundo, nós não temos sistemas para enviar links pra leitores. Obrigada
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