Site do Lula diz que Sardenberg bateu recorde de fake news
Tempo de leitura: 4 minONU e Lula: a maior fake news de Sardenberg
Carlos Alberto Sardenberg falou, na rádio CBN, as maiores bobagens já ditas sobre a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU, que determinou ao Brasil garantir os direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo o de ser candidato.
Não satisfeito com a própria ignorância, Sardenberg publicou no Portal G1, também de seu patrão, o Grupo Globo, uma “notícia” afirmando desde o título até a última linha que o comunicado da ONU não passa de “fake news”.
Vamos rever aqui, ponto a ponto, as lorotas do Sardenberg:
FAKE: “Comitê de Direitos Humanos, um órgão formado por 18 “especialistas” independentes – acadêmicos em geral .”
FATO: Os 18 membros do Comitê são eleitos pelos países membros do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (PIDCP), em eleições convocadas pelo Secretário-Geral da ONU. São “personalidades de alta moralidade e possuidoras de reconhecida competência no domínio dos direitos do homem” (artigos 28 e 40 do PIDCP, que também recomenda experiência jurídica). Não se sabe o que Sardenberg tem contra os “acadêmicos em geral”.
FAKE: “que não tem (o Comitê) nenhum poder decisório ou mandatório”.
FATO 1: Na definição da ONU, disponível no site da organização, “o Comitê de Direitos Humanos é o órgão criado com o objetivo de controlar a aplicação, pelos Estados Partes (do Pacto Internacional pelos Direitos Civis e Políticos…). Os Estados Partes (…) reconhecem ao Comitê competência para examinar comunicações de particulares sujeitos à sua jurisdição que aleguem terem sido vítimas de violação dos direitos previstos no Pacto” (que é o caso de Lula).
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FATO 2: A jurista norte-americana Sarah Cleveland, vice-presidente do Comitê, afirmou que “o Brasil é um signatário de tratados, e a posição do comitê é que o Brasil tem obrigação legal de cumprir o pedido do comitê”. E acrescentou: “Em outras palavras, o Brasil é legalmente obrigado a acatar”.
FAKE: “O comunicado (do Comitê) não foi divulgado oficialmente, mas saiu em matéria da BBC, na última sexta-feira. Um vazamento.”
FATO: O comunicado foi feito, de maneira oficial e simultaneamente, ao estado brasileiro (via Itamaraty) e à parte requerente (os advogados de Lula). A defesa do ex-presidente e os sites do PT e da campanha de Lula divulgaram a notícia, o comunicado e o documento oficial para o público e a imprensa. O Globo de Sardenberg escondeu a notícia, mas a imprensa mundial publicou. Não houve vazamento, houve censura.
FAKE: “Não se deve confundir o Comitê com o Conselho de Direitos Humanos – este um órgão de alto nível, formado por representantes (diplomatas) de 47 países e que se reporta à Assembleia Geral da Nações Unidas, o órgão máximo da entidade. E este Conselho não decidiu absolutamente nada sobre esse caso.”
FATO: Não se deve confundir mesmo. Não há relação de hierarquia ou subordinação entre estes dois organismos de “alto nível”, mas só o Comitê tem poderes sobre a conduta dos países signatários do Pacto de Direitos Civis e Políticos. O Conselho de Direitos Humanos faz recomendações, como fez recentemente ao governo brasileiro sobre a Emenda 95 (a emenda da morte) por ameaçar dos direitos humanos à saúde, educação e politicas sociais.
FAKE: “Vai daí que são fake todas as notícias do tipo: ONU manda, determina, exige que Lula participe da eleição; decisão do Comitê é obrigatória.”
FATO: Toda a imprensa internacional noticiou a ONU (ou o Comitê) como sujeito nas manchetes. Porque esta é a notícia, o resto é conversa. Sardenberg, um fracasso como analista econômico, é patético como ombudsman da mídia mundial.
FAKE: “A própria nota do Comitê tem um jeitão de fake news. Por exemplo: pede que o “Brasil” ou o “Estado brasileiro” garanta os direitos eleitorais de Lula. De que se trata? Do executivo? Do Legislativo? Do Judiciário? Todo mundo sabe, ou deveria saber, que o caso está no Judiciário, que é independente, e que os demais poderes não podem fazer nada. Logo, o Comitê deveria ter se dirigido ao Judiciário. Mas como não pode fazer isso formalmente, sai com esse vago “o Brasil” ou o “Estado”. Mostra que busca repercussão política e não efeitos práticos”
FATO: A República Federativa do Brasil (Brasil, ou estado brasileiro) é membro fundador da Organização das Nações Unidas. É com o Brasil, por meio do Itamaraty, que a ONU se relaciona. A ONU nunca se dirige diretamente a nenhuma instituição, mas ao país. Aprenda, Sardenberg: cabe ao estado brasileiro cumprir suas obrigações internacionais por meio das instituições adequadas. Até o Itamaraty informou que estava encaminhando o comunicado ao Poder Judiciário.
FAKE: “Além disso, o Comitê endossa totalmente a tese da defesa de Lula. Diz que o ex-presidente deve ser candidato com plenos direitos, como uma medida liminar, uma cautela – “até que todos os recursos pendentes de revisão contra sua condenação sejam completados em um procedimento justo e que a condenação seja final”.
FATO: O Comitê de Direitos Humanos da ONU está, há dois anos, examinando requerimento da defesa de Lula sobre a perseguição por meios jurídicos (lawfare) de que Lula tem sido vítma. O processo não está concluído, mas o Comitê afirma que os direitos políticos de Lula, inclusive o de ser candidato, devem ser garantidos pelo estado brasileiro, até que se conclua um “julgamento justo”.
FAKE: “Ora, todo mundo sabe que, pela decisão vigente do STF brasileiro, o condenado em segunda instância vai para a cadeia cumprir pena, mesmo que ainda possa recorrer ao STJ e STF.”
FATO: O STF, em decisão apertada e ainda sujeita a nova apreciação, autorizou a prisão em segunda instância mas não a tornou obrigatória. E o Comitê não está discutindo a Lei da Ficha Limpa, está dizendo que o Brasil deve respeitar os direitos políticos do cidadão Lula, que não se esgotam na segunda instância. Aprende, Sardenberg!
FAKE: “Resumindo: a nota do Comitê é uma fake news, que originou outras fake news.”
FATO: Resumindo: Carlos Alberto Sardenberg juntou todas as fake news sobre o comunicado do Comitê de Direitos Humanos da ONU para produzir a notícia mais mentirosa de todas sobre o assunto.
PS do Viomundo: Sardenberg é o mesmo que disse no Jornal da Globo que o crescimento de 7% do Brasil poderia arruinar a Nação!
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Comentários
Carlos Gonzaga
Como Bozonaro conquista o coração dos tapados
1 – Apele a sentimentos e não à razão. Apele principalmente a preconceitos, senso comum e, principalmente o medo. Tem de deixar as pessoas assustadas para se vender como um pai salvador que vai punir os maus e salvar os bons. Um pai que vai cuidar dos problemas de todos os que não querem cuidar dos próprios problemas. O indivíduo massa não é racional, mas sentimental. Achar que um discurso racional apela às massas é o caminho para a derrota. As palavras têm de ser simples e apelar ao coração e não à mente.
2 – Criar um bode expiatório que encarne todo o mal na sociedade. Dizer que destruindo o bode expiatório, o mal na sociedade acaba. Pode ser o judeu ou o esquerdista.
3 – Sempre usar do show e do espetáculo para deixar o público sem reação e conquistar corações. Vender-se como o redentor da sociedade que vai levá-la de volta à glória.
4 – Fazer com que os desiludidos, frustrados, medrosos acreditem que fazem parte de algo maior. O indivíduo massa é um sem rosto numa população gigantesca e por isso se sente sem importância. Por isso o “pai redentor” precisa fazê-lo acreditar que é alguém e tem importância. Que faz parte de algo maior que ele mesmo e que sua vida ordinária diária. Apelar ao desejo de status dos indivíduos. Fazer com que acredite que seguindo o pai salvador, ele passará a ser alguém de importância na sociedade.
5 – O medo é a principal emoção do seguidor do “pai salvador”. Mostrar que eles não precisam ter medo desde que exista um pai salvador no comando da sociedade, um pai salvador que dá amor aos que merecem e pune com violência os que estão causando o mal na sociedade (o judeu, o esquerdista). Apelar aos sentimentos mais infantis dos indivíduos.
Bolsominion não pensa, se recusa a usar a razão. Só sabe se guiar por sentimentos: sentimentos de medo, frustração.
O bolsominion, assim como o nazista, é um frustrado, covarde, que quer um homem de farda para resolver seus problemas magicamente
Bolsominion é igual nazista: não pensa, se recusa a usar a razão. Só sabe se guiar por sentimentos: sentimentos de medo, frustração.
O bolsominion, assim como o nazista, é um frustrado, covarde, que quer um homem de farda para resolver seus problemas magicamente.
O bolsominion é o melhor exemplo do homem massa: é puro sentimento, aproveita-se do anonimato e da multidão para relaxar qualquer bloqueio moral e de civilidade. Deixa os sentimentos e preconceitos mais odiosos e nojentos aflorarem.
Não pensa, não é um ser humano racional.
Só sente e se apega a seus preconceitos mais infantis porque assim se sente seguro num mundo do qual ele tem medo.
Bolsominion é geralmente um carente e frustrado.
Acha que dando amor ao homem fardado, vai receber de volta amor e proteção dele.
E que o homem de farda tapado vai punir os malvadões do mundo.
Acha que o Bolsonazi é como um pai que vai amar os seguidores e dar proteção a eles enquanto pune os maus.
Basicamente um sentimento totalmente infantil
JULIO CEZAR DE OLIVEIRA
pinóquio
Hudson
Esse Sardenberg aí ficou com inveja do terço do papa?
Fábio Lima
Tudo isso para dizer que Sardenberg está certo, ou seja, o Brasil está cagando para a recomendação da ONU !
Nelson
Aprenda, filhote de Sardenberg: não há recomendação da ONU alguma, mas sim, determinação. O Brasil é signatário do Pacto de Direitos Civis e Políticos e, como tal, deve seguir as determinações do Comitê.
–
Não é o Brasil que está “cagando”, meu chapa. É o governo golpista de Michel Temer e seus cúmplices, a midia hegemônica e grande parte do Judiciário e do empresariado, que estão apenas prolongando o golpe aplicado em 2016, que seguem pisando nas leis e na Constituição do nosso país.
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Que medo é esse que vocês têm de um cara ao qual tanto desprezam? Um simples torneiro mecânico que nem curso superior têm e, por isso, vocês creem que não merece o mínimo respeito? Sejam democráticos de verdade. Disputem a eleição limpamente com o Lula; deixem de tentar ganhar no tapetão.
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