Grupo Abril vai pro buraco antes de enterrar o Lula

Tempo de leitura: 3 min

Reprodução internet

Grupo Abril entra com pedido de recuperação judicial

A empresa utilizará o mecanismo legal da recuperação judicial para reencontrar o equilíbrio operacional

da revista Exame

O Grupo Abril, que edita EXAME e Veja, decidiu entrar com um pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira, 15 de agosto.

A medida, prevista em lei, serve para que a empresa possa buscar um novo equilíbrio de suas contas, afetadas nos últimos anos por uma combinação de duas forças negativas.

Uma delas é a ruptura tecnológica que atinge mundialmente as atividades de comunicação – incluindo o jornalismo e a publicidade.

A outra diz respeito aos impactos da profunda crise no Brasil, cuja marca mais evidente foi uma queda acumulada de 10% no produto interno bruto per capita, causando a perda de milhões de empregos e dificuldades para inúmeras empresas.

O pedido de recuperação judicial está sendo formalizado hoje por meio do sistema eletrônico da Justiça.

Deve ser analisado por um juiz nas próximas semanas e, uma vez aprovado, o plano de recuperação judicial será apresentado num prazo de 60 dias aos credores da companhia.

Apoie o VIOMUNDO

A dívida submetida à proposta de recuperação judicial é da ordem de 1,6 bilhão de reais.

O mecanismo da recuperação prevê um período de 180 dias em que a companhia não pode ser executada, para que a dívida seja renovada após a negociação da empresa com os credores.

Próxima de completar 70 anos desde que foi fundada por Victor Civita, a Abril tornou-se parte da vida de várias gerações de brasileiros, por meio de um leque de publicações em diversas áreas, do entretenimento à educação e à cultura.

A história da empresa sempre foi marcada pela inovação editorial, com o lançamento de títulos que se tornaram icônicos, desde as revistas infantis da Disney, com o pioneiro Pato Donald, até a revista Veja, a maior semanal do Brasil e uma das maiores do mundo – que neste ano está completando 50 anos –, passando por outras líderes em suas searas, como Claudia, a mais importante revista feminina brasileira, e Quatro Rodas, imprescindível para quem gosta de carros.

A quinzenal Exame é publicada há 51 anos na forma de revista. Dedicada a economia, negócios, finanças e carreira, hoje Exame é também o maior site dessas áreas no Brasil, atingindo cerca de 25 milhões de visualizações por mês.

As revistas da Abril somam uma tiragem total de 5 milhões de exemplares por mês e têm mais de 60 milhões de seguidores em redes sociais.

Essa popularidade está calcada no fato de que a Abril se constituiu em uma escola do jornalismo sério e responsável.

A qualidade do trabalho feito por suas revistas e sites é de reconhecida importância há décadas – mas especialmente hoje é valorizada, quando o público busca se orientar e se proteger contra as notícias falsas.

Apesar de tudo isso, o ambiente econômico desfavorável e os desafios da mudança tecnológica levaram a empresa a fazer sucessivas reformulações operacionais nos últimos anos.

No caminho, vários títulos tiveram a publicação interrompida, mesmo com a empresa já se movendo na área digital.

Para atacar os problemas que afetam o negócio, a família Civita, controladora do Grupo Abril, contratou recentemente a consultoria internacional Alvarez & Marsal para um trabalho de reestruturação organizacional.

PS do Viomundo: “Quando o público busca se orientar e se proteger contra as notícias falsas”. Sensacional!

Leia também:

Moro esconde Lula até depois da eleição

Apoie o VIOMUNDO


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

José

Recuperação judicial, no Brasil, é dinheiro retornando de paraíso fiscal.

David

“A qualidade do trabalho feito por suas revistas e sites é de reconhecida importância há décadas – mas especialmente hoje é valorizada, quando o público busca se orientar e se proteger contra as notícias falsas”.
Será isso a tal de piada pronta?

    RONALD

    Prontíssima !!!!

Julio

Esquecemos de dizer, quem compra essa porcaria de revista e’ o pobre e eleitores do lula seus idiotas.
Só pra informar em breve lançaremos uma nova revista, chamará Força 13.
Kkkkkkkkkkkkkkllkkkkkkkkkkkkk.
Há,esqueci!
Faltaram dois kkkkkkkkk

Francisco de Assis

VÃO EMBORA PRO INFERNO, SÃO SÃO AMIGOS DO REI

https://uploads.disquscdn.com/images/7e10667933f45a146774089728e0ba9524ead2b4b85c55b291fcc2ddee1ef54e.png

PAULO WERNECK

Até parece que a semanal é revista com credibilidade. Não a quero nem dada.

    RONALD

    O cachorro se recusa a c-g-r em cima dela !!!!

Edgar Rocha

À Revista Exame faltou o exame de consciência.
Acho que a empresa volta. E com força. Quem falou que no capitalismo, incompetência é punida? Não é isto que está em jogo. É quem tem muito a dever e mais ainda a cobrar dos que podem julgar. Poderia se dizer que no Brasil, tudo é possível, a não ser que o possível seja inconveniente. A possibilidade é um patrimônio particular.
Mas, seria injusto culpar apenas às instituições brasileiras. É algo inerente ao capitalismo. Ninguém que detenha tamanho capital (financeiro, político, o que for) pode quebrar. Só uma revolução de fato prescindiria dos antigos atores do comando da sociedade. Mesmo o mais falido dos aristocratas, ainda pode contar com a solidariedade do sistema. É a lógica da nobreza continuada em período republicano.
O totalitarismo, de qualquer natureza, é sempre um regime embasado em simbologias e estéticas. Seria preciso derrubar antigas estruturas capazes de fortalecer no imaginário social nomes já estigmatizados na sociedade: um Civita sempre será um Civita enquanto não houver consciência de suas reais contribuições para o país.
Ninguém (ou quase ninguém) se atreve a colocar no filho o nome Hitler. Sequer nos atrevemos a usar um bigodinho semelhante. A razão para isto é a ruptura da maioria da sociedade.
Os Civita serão socorridos por seus pares. E eles extrapolam a seara da comunicação e do jornalismo.
Se a maioria, crítica ao sistema, fosse capaz forjar estratégias de contra ataque mais eficazes, visando conquistar o imaginário social, poderiam não derrubar o sistema, mas forçariam mudanças muito mais eficazes e longevas em nossa sociedade. A academia e a gama total de pensadores poderiam começar a pensar sobre esta possibilidade. Mas, quê?

Deixe seu comentário

Leia também