Maurício Dias: Para saciar o paladar de Bolsonaro, a elite jovem está disposta a dar um tiro no pé
Tempo de leitura: 2 minOs jovens bolsominions
O contingente de apoiadores de Bolsonaro engorda no público com nível superior e na faixa de 25 a 34 anos
por Maurício Dias, em CartaCapital
O deputado e ex-capitão do Exército Jair Bolsonaro tornou-se, sem dúvida, a mais curiosa e perigosa atração de uma eleição na qual boa parte dos eleitores parece mesmo disposta a votar nele.
Sem a presença de Lula, as chances deste tresloucado competidor crescem.
A competição é importante. Talvez uma das mais inquietantes da República.
Ela sucede a um golpe que, lentamente, leva o País para o fundo do poço.
A queda é profunda e está longe do fim.
Pode-se falar de uma disputa que, na reta final, é hoje, e poderá vir a ser amanhã, uma inédita reação suicida da sociedade.
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O Brasil tem cerca de 150 milhões de eleitores.
Se a eleição fosse hoje, a metade não votaria.
As pesquisas, até agora, apontam para uma grande rejeição na intenção de votos nulos e brancos.
Eles se somam àqueles eleitores que não souberam e os que não responderam à pergunta: “Em quem vai votar?”
E há ainda os cidadãos dispostos a não se aproximar das urnas.
Protesto infantil
Para saciar o paladar de Bolsonaro, a elite jovem, neste caso, está disposta a dar um tiro no pé. Ou no coturno.
Ao votar no ex-capitão, os jovens talvez se sintam descrentes da política.
Talvez confiem na equivocada tentativa de vencer o faroeste.
Ou, quem sabe, bastariam atrabiliaridades do juiz Sergio Moro?
Dados colhidos na mais recente pesquisa do Ibope mostram a predominância de Lula entre os eleitores mais jovens. Mas essa diferença já foi maior.
Eleitores de idade entre 25 e 34 anos ainda perdem para os 23% que sustentam o voto em Lula.
Bolsonaro, porém, aproxima-se com 14%.
O critério da escolaridade, entretanto, mostra que, no nível superior de ensino, Bolsonaro tem 17% e Lula, 15% (tabela).
Os votos dos mais jovens nas regiões Sudeste e Sul já não são mais sustentados por Lula.
O apoio a Bolsonaro é expressivamente maior pelo critério de renda.
Entre aqueles que ganham mais de 5 salários mínimos e outros com ganho superior a 2 salários mínimos, Bolsonaro tornou-se, em princípio, insuperável.
As duas eleições presidenciais, vencidas por Lula, além da vitória de Dilma Rousseff, foram conquistadas com a ampliação de um voto que foi além da linha fronteiriça e própria ao PT.
Há agora, no entanto, um claro recuo. Jair Bolsonaro nunca escondeu, nem esconderá agora, que não tem limites para alcançar a cadeira presidencial.
Vale tudo.
Ele se explica: “Se o nosso foco é a cadeira presidencial, paciência. Só não vamos fazer pacto com o Diabo”.
Calma lá, capitão.
O Diabo, caso existisse, não daria nenhuma importância à sua patente.
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Comentários
Jaderson B. de Oliveira
Se Bolsonaro fizer cagada (e vai) é só por na conta do PT e Dilma, os zumbis/globo acreditam.
Esse povinho de quinta merece governo 10 x pior que esse Temer.
Luiz
A tragédia da farsa do impeatmant só está começando. O resultado disso será Cunha governando o congresso e a cavalgadura do Bolsonaro na presidência. A tragédia só está no inicio.
Celina
A elite jovem é formada basicamente por um monte de preconceituosos, nao é novidade adorar Jair Bolsonaro.
Só mostra o nivel de falsidade da nossa sociedade, ninguem aprova o que o Bolsonaro diz ou faz, mas muitos no escurinho do cinema fazem as mesmas coisas.
lulipe
É melhor JAIR se acostumando….
Cláudio
.:.
:
É melhor você já ir tomando no . . .
…
OSVALDO LESCRECK FILHO
O que pode ter na cabeça quem vota numa cavalgadura dessas ? É outro “aécio neves”. Não em qualidade alguma….
Nahum Pereira
Que trágico… cursos superiores que não oferecem uma visão abrangente do mundo… formam bacharéis e licenciados que continuam sendo analfabetos políticos…
Cleusa Pozzetti Siba
É lamentável !Horripilante! Preocupante!!!! São seres que deixaram de ser humanos há muito tempo! Se tornaram uns zumbis – pois perderam sua alma!!!
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