Intelectuais de todo o mundo pedem a liberdade de Lula: “Vítima de uma guerra jurídica”
Tempo de leitura: 16 minManifesto internacional pede a liberdade de Lula
Intelectuais como Noam Chomski, Angela Davis, Leonardo Padura, Thomas Piketty e Boaventura de Souza lideram manifesto denunciando a prisão política de Lula
Trezentos acadêmicos e intelectuais lançaram neste final de semana um manifesto intitulado “Lula da Silva é um prisioneiro político. Lula Livre!”, denunciando a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A petição discute em detalhe a natureza arbitrária do processo conduzido pelo juiz federal Sérgio Moro contra Lula, afirmando que ele é nada menos do que um prisioneiro político. O documento declara que a comunidade internacional deve trata-lo como tal e demanda sua imediata libertação.
O manifesto é apoiado por acadêmicos e intelectuais de todo o mundo, mas principalmente dos EUA e da Europa. Ele será traduzido para outras línguas e está aberto para apoio acadêmico adicional no site https://chn.ge/2kpoxzi.
A petição declara que “os abusos do poder judiciário contra Lula da Silva configuram uma perseguição política mal disfarçada sob manto legal. Lula da Silva é um preso político. Sua detenção mancha a democracia brasileira. Os defensores da democracia e da justiça social no Oriente e no Ocidente, no Norte e no Sul do globo, devem se unir a um movimento mundial para exigir a libertação de Lula da Silva.”
O manifesto é endossado por juristas mundialmente famosos, tais como Karl Klare, Friedrich Müller, António José Avelãs Nunes e Jonathan Simon. Eminentes pesquisadores do poder e da perseguição judicial (Lawfare), como John Comaroff, Eve Darian-Smith, Tamar Herzog e Elizabeth Mertz, também são apoiadores.
Adicionalmente, a petição é subscrita por intelectuais de renome global como Tariq Ali, Robert Brenner, Wendy Brown, Noam Chomsky, Angela Davis, Axel Honneth, Fredric R. Jameson, Leonardo Padura, Carole Pateman, Thomas Piketty, Boaventura de Sousa Santos e Slavoj Žižek.
Sociólogos proeminentes como Fred Block, Mark Blyth, Michael Burawoy, Peter Evans, Neil Fligstein, Marion Fourcade, Frances Fox Piven, Michael Heinrich, Michael Löwy, Laura Nader, Erik Olin Wright, Dylan Riley, Ananya Roy, Wolfgang Streeck, Göran Therborn, Michael J. Watts e Suzi Weissman também assinaram o manifesto.
O documento é apoiado por especialistas reconhecidos e diretores de centros de pesquisa em Estudos Latino-Americanos como Alex Borucki, Aviva Chomsky, Brodwyn Fischer, Barbara Fritz, James N. Green, Victoria Langland, Mara Loveman, Carlos Marichal, Teresa A. Meade, Tianna Paschel, Erika Robb Larkins, Aaron Schneider, Stanley J. Stein e Barbara Weinstein.
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Ademais, é endossado por economistas globalmente reconhecidos como Dean Baker, Ha-Joon Chang, Giovanni Dosi, Gérard Duménil, Gary Dymski, Geoffrey Hodgson, Costas Lapavitsas, Marc Lavoie, Thomas Palley, Robert Pollin, Pierre Salama, Guy Standing, Robert H. Wade e Mark Weisbrot.
O manifesto é organizado por Erika Robb Larkins, James N. Green, Peter Evans, Rebecca Tarlau e Stanley Gacek.
Lula da Silva é um preso político. Lula livre!
Manifestamos aqui nossa profunda preocupação com as circunstâncias nas quais o ex-presidente brasileiro Lula da Silva foi julgado e preso.
Sobram evidências de que Lula da Silva foi vítima de uma guerra jurídica (Lawfare), ou seja, abuso de poder judicial para fins políticos.
Portanto, a comunidade internacional deve considerá-lo e tratá-lo como um preso político.
O julgamento de Lula foi conduzido como parte da chamada Operação Lava Jato, uma investigação sobre pagamentos de propina a executivos da Petrobrás e políticos, alguns dos quais ocorreram enquanto Lula era presidente.
Embora críticos afirmem que “Lula deveria saber” ou que “Lula deve ter ganho algo”, não há evidências de sua participação no pagamento de propinas.
De acordo com a lei brasileira, a corrupção é uma relação de troca.
Para condenar Lula por corrupção, o Ministério Público deveria provar que ele participou das fraudes a licitações e/ou recebeu bens ou valores em contraprestação por tais atos ilícitos.
Em 2016, Lula foi acusado de receber um apartamento modesto da OAS, uma das contratadas da Petrobrás envolvidas no esquema de corrupção.
No entanto, não há conversa telefônica gravada, transações bancárias, transferência de fundos ou títulos de propriedade que deem base para a acusação contra Lula.
Ele nunca utilizou ou se beneficiou com o apartamento.
Pior ainda, mais tarde veio a público a informação de que o mesmo apartamento havia sido dado como garantia pela OAS em transação de empréstimo de longo prazo, não obstante a acusação de que Lula era o dono do imóvel.
A falta de provas incriminatórias foi desconsiderada por Sergio Moro, o juiz responsável pelo caso contra Lula.
Moro baseou sua decisão em “colaboração informal” (nem mesmo uma delação premiada) de Leo Pinheiro, proprietário da OAS. Pinheiro já havia sido condenado a 26 anos de prisão quando decidiu “colaborar” e envolver Lula.
Ele afirmou que o apartamento era “destinado” a Lula, uma acusação que contradiz outros 73 depoimentos, mas que foi considerada suficiente para o juiz Moro condenar Lula da Silva.
A sentença de Pinheiro, por sua vez, foi reduzida para três anos e ele foi posto em regime semiaberto.
Além de não provar que Lula era proprietário do apartamento, o Ministério Público não pode apontar nenhuma ação ou omissão específica que Lula tenha executado para beneficiar a OAS.
Lula havia sido acusado de beneficiar essa empresa com três contratos de fornecimento para a Petrobrás.
Após meses de investigações, nenhuma prova material nesse sentido foi encontrada.
Moro então condenou Lula por ter praticado “atos indeterminados de corrupção” que teriam beneficiado a OAS.
Essa categorização inverte o ônus da prova e a presunção de inocência e simplesmente não existe no sistema jurídico brasileiro.
Inadvertidamente, o próprio juiz Moro admitiu que não tinha jurisdição sobre o caso de Lula.
Ao julgar um recurso apresentada pela defesa, ele declarou que “jamais afirmou… que os valores obtidos pela Construtora OAS nos contratos com a Petrobrás foram utilizados para pagamento da vantagem indevida para o ex-Presidente”.
Se o caso não tem relação com a corrupção da Petrobrás, ele não deveria ter sido julgado por Moro.
Em termos mais simples, pode-se dizer que, no processo de Lula, o magistrado escolheu o réu e, atuando como investigador, promotor e juiz, condenou-o por ter cometido “atos de ofício indeterminados de corrupção”.
Tal sentença, pelo seu próprio texto, não encontra sustentação legal e constitucional, inclusive pelas normas brasileiras, uma vez que se refere a “atos indeterminados”.
Uma sentença que se refere a crimes “indeterminados” não resiste a qualquer escrutínio jurídico lógico e razoável, sendo completamente Kafkiana.
Além disso, a referência a “atos de ofício” é irreal, pois as acusações infundadas que motivaram a sentença de Moro se referem a uma narrativa que começa em 2013, bem depois de Lula ter deixado o cargo.
A guerra jurídica contra Lula também incluiu táticas para manter seu caso sob a jurisdição de Moro a qualquer custo.
Em março de 2016, Moro vazou ilegalmente escutas telefônicas envolvendo a presidente em exercício, Dilma Rousseff, que tratavam da nomeação de Lula como Ministro Chefe da Casa Civil da Presidência da República.
Moro alegou, novamente sem provas, que essa nomeação era um meio de “obstrução da justiça”, já que, uma vez nomeado para o governo, Lula seria julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e não pelo próprio Moro.
Embora a imparcialidade de Moro tenha sido questionada, o Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4), a instância a rever imediatamente o caso de Lula na estrutura judiciária brasileiro, considerou que a Operação Lava Jato era “excepcional” e que as regras “ordinárias” não se lhe aplicavam.
A natureza Kafkiana do julgamento de Lula foi reforçada quando, em agosto de 2017, o Presidente do TRF-4 declarou que a sentença de Moro contra Lula era “tecnicamente irrepreensível”, embora admitisse que nem havia lido o caso.
Enquanto isso, sua chefe de gabinete postava em sua página no Facebook uma petição solicitando a prisão de Lula da Silva.
Em seguida, o TRF-4 acelerou a apreciação do caso.
O julgamento da apelação contra a sentença de Moro que condenou Lula foi colocado à frente de 257 outros casos pendentes.
O relator levou apenas seis dias para concluir sua análise do caso, em um processo que tinha literalmente milhares de páginas e horas de depoimentos.
A turma do Tribunal levou 196 dias para julgar a apelação quando, em média, necessita de 473 dias para julgar casos semelhantes.
O TRF-4 também ordenou a prisão de Lula tão logo do julgamento da apelação, o que aconteceu com apenas 3 dos outros 20 acusados na Lava Jato, cujos mandados de prisão foram emitidos apenas meses depois.
Lula então pleiteou um Habeas Corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), visando afastar a possibilidade de prisão imediata, dado que ainda tinha o direito de entrar com recursos.
De acordo com a Constituição brasileira, “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.
Dada essa previsão expressa na Constituição, é importante notar o seguinte: a sentença proferida por Moro contra Lula, cuja condenação foi mantida e ampliada pelo TRF-4 (de 9 para 12 anos de prisão), ainda pode ser revista pelos Tribunais Superiores, incluindo o STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o STF (Supremo Tribunal Federal), este último a instância mais elevada no país para questões constitucionais.
Em voto decisivo para a negativa do Habeas Corpus a Lula, uma Ministra do STF declarou que teria votado de outra forma se a Corte estivesse analisando a questão constitucional em abstrato, ao invés de sua aplicação específica ao caso de Lula.
Na véspera da votação, o Comandante Geral do Exército tuitou uma mensagem para a Corte, dizendo que “o Exército não tolerará a impunidade”.
Por essa ameaça velada, ele não recebeu reprimendas, mas sim uma “curtida” vinda da conta do Twitter do mesmo TRF-4 que confirmou a condenação de Lula.
Na manhã seguinte, o juiz que preside o TRF-4 previu, em entrevista à imprensa, que a prisão de Lula não ocorreria em menos de um mês, considerando todos os procedimentos ainda pendentes no tribunal.
À tarde, no entanto, o TRF-4 pediu a Moro que ordenasse a prisão de Lula. Moro levou dezenove minutos para proferir decisão, a qual reconhecia que Lula ainda tinha direito a interpor um recurso perante o TRF-4, mas considerava que esse recurso é uma “patologia protelatória” que “deveria ser eliminada do mundo jurídico”.
Não é de surpreender pesquisa recente na qual 55% dos entrevistados no Brasil concordam que “Lula está sendo perseguido pelo Judiciário” e 73% concordam com a afirmação de que “os poderosos o querem fora das eleições” nas quais ele ainda é, de longe, o candidato favorito.
Os abusos do poder judiciário contra Lula da Silva configuram uma perseguição política mal disfarçada sob manto legal.
Lula da Silva é um preso político.
Sua detenção mancha a democracia brasileira.
Os defensores da democracia e da justiça social no Oriente e no Ocidente, no Norte e no Sul do globo, devem se unir a um movimento mundial para exigir a libertação de Lula da Silva.
Exigimos: Free Lula, Lula Libre, Liberté por Lula, Freiheit für Lula, Lula Libero, حرية, 释放卢拉, 룰라 석방하라!, חוֹפֶשׁ, フリーダム, Свободу Луле, Lula Livre!
1. Tariq Ali – New Left Review (Editor), London
2. Dean Baker – Center for Economic and Policy Research (senior economist), Washington, D.C.
3. Fred Block – Research Professor, University of California, Davis
4. Mark Blyth – Eastman Professor of Political Economy – The Watson Institute for International Affairs – Brown University
5. Alex Borucki – Director, Latin American Studies Center, Associate Professor, History Department – University of California, Irvine
6. Robert Brenner – Director, Center for Social Theory and Comparative History – University of California Los Angeles (UCLA)
7. Wendy Brown – Class of 1936 Chair, University of California, Berkeley
8. Michael Burawoy – Professor, University of California, Berkeley; Former President of the American Sociological Association (2004) and the International Sociological Association (2010-2014)
9. Ha-Joon Chang – Director of the Centre of Development Studies, Reader in the Political Economy of Development, Faculty of Economics, University of Cambridge
10. Aviva Chomsky – Professor of History and Coordinator of Latin American Studies, Salem State University
11. Noam Chomsky – Professor Emeritus at the Institute of Technology (MIT) and laureate professor at the University of Arizona
12. John Comaroff – Hugh K. Foster Professor of African and African American Studies and of Anthropology – Harvard University
13. Eve Darian-Smith – Professor Anthropology, Law, and Criminology, Law and Society; Director of International Studies – University of California Irvine
14. Angela Davis – Distinguished Professor Emerita – University of California, Santa Cruz
15. Giovanni Dosi – Professor of Economics and Director of the Institute of Economics at the Scuola Superiore Sant’Anna in Pisa; Co-Director IPD – Initiative for Policy Dialogue at Columbia University.
16. Gérard Duménil – Université Paris 10, Paris, former Research Director at the Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS, French National Center of Scientific Research)
17. Gary Dymski – Professor of Applied Economics, Leeds University Business School
18. Peter Evans – Emeritus Professor of Sociology, University of California, Berkeley
19. Brodwyn Fischer – Director of the Center for Latin American Studies, Professor of History at the University of Chicago.
20. Neil Fligstein – Class of 1939 Chair, Department of Sociology, University of California, Berkeley
21. Marion Fourcade, Associate Professor, Department of Sociology, University of California, Berkeley
22. Stanley A. Gacek – Senior Advisor for Global Strategies – United Food and Commercial Workers International Union (UFCW) – Washington, D.C.
23. James N. Green – Carlos Manuel de Céspedes Professor of Latin American History – Brown University; Distinguished Visiting Professor (Professor Amit), Hebrew University in Jerusalem
24. Michael Heinrich – former Professor of Economics at Hochschule für Technik und Wirtschaft, Berlin
25. Tamar Herzog – Monroe Gutman Professor of Latin American Affairs, Harvard Law School
26. Geoffrey Hodgson – Research Professor, University of Hertfordshire – Winner of the 2014 Schumpeter Prize
27. Axel Honneth – Jack C. Weinstein Professor of the Humanities, Philosophy Department, Columbia University; Director of the Institute for Social Research, Frankfurt/M
28. Fredric R. Jameson – Knut Schmidt-Nielsen Professor of Comparative Literature – Duke University
29. Karl Klare – George J. & Kathleen Waters Matthews Distinguished University Professor – School of Law – Northeastern University
30. Victoria Langland – Director of the Center for Latin American and Caribbean Studies and the Brazil Initiative, University of Michigan
31. Costas Lapavitsas – University of London (SOAS Japan Research Centre; London Asia Pacific Centre for Social Science – Steering Committee Member)
32. Marc Lavoie – Senior Research Chair, Université Sorbonne Paris Cité
33. Mara Loveman – Director of the Sociology Department – University of California, Berkeley
34. Michael Löwy – Emeritus research director at the CNRS and lecturer at the École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS, Paris, France)
35. Carlos Marichal – Professor – El Colegio de México, Founder and President of the Mexican Association of Economic History (2000-2004)
36. Teresa A. Meade – Florence B. Sherwood Professor of History and Culture, Director of Latin American & Caribbean Studies Program, Union College, New York
37. Elizabeth Mertz, PhD, JD – John & Rylla Bosshard Professor Emerita, University of Wisconsin Law School, Research Professor, American Bar Foundation
38. Friedrich Müller – Emeritus Full Professor – Heidelberg University Faculty of Law, Germany
39. Laura Nader – Emeritus Professor of Anthropology at the University of California, Berkeley
40. António José Avelãs Nunes – Emeritus Full Professor – Coimbra University, Portugal
41. Erik Olin Wright – Vilas Distinguished Research Professor, University of Wisconsin – Madison
42. Leonardo Padura – Independent Author – Cuba
43. Thomas Palley – Independent Economist – Washington DC
44. Tianna Paschel – Professor in the Department of African American Studies at the University of California, Berkeley
45. Carole Pateman – Distinguished Professor Emeritus of Political Science, University of California Los Angeles (UCLA), former President of the International Political Science Association (1991–94) and of the American Political Science Association (2010–11).
46. Thomas Piketty – Professor at EHESS (École des Hautes Études en Sciences Sociales) and at the Paris School of Economics
47. Frances Fox Piven – Distinguished Professor of Political Science and Sociology Emeritus, Graduate School of the City University of New York (CUNY)
48. Robert Pollin – Distinguished Professor of Economics and Co-Director, Political Economy Research Institute (PERI), University of Massachusetts-Amherst
49. Dylan Riley – Director of Graduate Studies, Professor of Sociology, University of California, Berkeley
50. Erika Robb Larkins – Associate Professor, Sociology, San Diego State University
51. Ananya Roy – Professor of Urban Planning, Social Welfare and Geography and inaugural Director of The Institute on Inequality and Democracy at UCLA Luskin
52. Pierre Salama – Emeritus Professor of Economics – University of Paris XIII
53. Aaron Schneider – Leo Block Chair/Director, Latin America Center and Program in International Development, University of Denver
54. Jonathan Simon – Adrian A. Kragen Professor of Law, Faculty Director, Center for the Study of Law & Society, University of California, Berkeley, School of Law
55. Boaventura de Sousa Santos – University of Coimbra; Distinguished Legal Scholar at the University of Wisconsin-Madison Law School; Global Legal Scholar at the University of Warwick
56. Guy Standing – FacSS – SOAS University of London
57. Stanley J. Stein – Walter Samuel Carpenter III Professor in Spanish Civilization and Culture, Emeritus; Professor of History, Emeritus – Princeton University
58. Wolfgang Streeck – Max Planck Institute for the Study of Societies, Cologne, Germany
59. Göran Therborn – Professor Emeritus of Sociology, University of Cambridge, UK
60. Robert H. Wade – Professor of Global Political Economy – Department of International Development – London School of Economics (LSE) – Leontief Prize in Economics
61. Michael J. Watts – “Class of 1963” Emeritus Professor of Geography and Development Studies at the University of California, Berkeley
62. Barbara Weinstein – Silver Professor of History and chair of the Department of History at New York University, former president of the American Historical Association
63. Mark Weisbrot – co-director of the Center for Economic and Policy Research and president of Just Foreign Policy, Washington, D.C.
64. Suzi Weissman – Professor – Saint Mary’s College of California
65. Slavoj Žižek – University of Ljubljana; Global Distinguished Professor of German at New York University; international director of the Birkbeck Institute for the Humanities of the University of London
66. Bakhtiyor Abdulhamidov – School of Law, SOAS
67. Carlos H. Acuña, CONICET/Universidad de Buenos Aires and Universidad Nacional de San Martín
68. Paulina L. Alberto – Associate Professor, History and Romance Languages, University of Michigan
69. Guy Alain Aronoff – Lecturer, History Department, Humboldt State University, Arcata, California
70. Alexander Alberro, Virginia Bloedel Wright Professor of Art History, Barnard College/Columbia University, New York City
71. Bruno Amable – Professor of Political Economy – Université de Genève
72. Andrew Arato – Dorothy Hirshon Professor, New School for Social Research, New York
73. Rebecca J. Atencio – Director, Gender and Sexuality Studies Program, Associate Professor of Brazilian Studies, Tulane University, New Orleans
74. Geri Augusto – Gerard Visiting Associate Professor of International & Public Affairs and Africana Studies, Brown University, Watson Institute Faculty Fellow, Fulbright Scholar
75. Bruce Bagley – Professor, Department of International Studies, University of Miami
76. Gianpaolo Baiocchi – Director of the Urban Democracy Lab, Professor of Individualized Studies and Sociology, New York University
77. Leandro Benmergui, Assistant Professor, Purchase College, State University of New York
78. Raimundo C. Barreto, Jr. – Ph.D., Assistant Professor of World Christianity, Princeton Theological Seminary
79. Sherna Berger Gluck, Emerita Professor of History, California State University, Long Beach
80. Tunde Bewaji – Professor of Philosophy, Department of Language, Linguistics and Philosophy, University of the West Indies, Kingston, Jamaica
81. Cyrus Bina – Distinguished Research Professor of Economics, University of Minnesota (Morris Campus), USA & Fellow, Economists for Peace and Security
82. O’Neill Blacker-Hanson, Ph.D. – Visiting Scholar, University of New Mexico, Albuquerque
83. Ernesto Bohoslavsky – Professor, Universidad Nacional de General Sarmiento
84. Scott A. Bollens – Warmington Chair in Peace and International Cooperation, Professor – Department of Urban Planning and Public Policy, University of California, Irvine
85. Benjamin H. Bradlow – Brown University
86. Joana Bragança Bastos – Visiting Scholar, Stanford Medical School
87. Howard Brick – Professor of History and Louis Evans Chair in U.S. History, University of Michigan, Ann Arbor.
88. Renate Bridenthal – Professor Emerita of History, Brooklyn College, City University of New York (CUNY)
89. John Burdick, Professor of Anthropology, Syracuse University, New York
90. Cornelia Butler Flora – Distinguished Professor of Sociology Emeritus, Iowa State University, Research Professor, Kansas State University
91. Jim Campen – Professor of Economics, Emeritus, Univ of Massachusetts Boston
92. Mariana P. Candido – Associate Professor, Department of History, University of Notre Dame
93. Cláudio Carvalhaes – Associate Professor of Worship, Union Theological Seminary – New York City
94. Bruno Carvalho – Associate Professor, Spanish and Portuguese Languages and Cultures, Princeton Mellon Initiative – Princeton University
95. Sueann Caulfield – Associate Professor, University of Michigan
96. Sidney Chalhoub – Professor of History and African and African American Studies, Harvard University
97. Stephen Cole – Chair, Department of History and Political Science, Professor, History and Political Science, Notre Dame de Namur University, California
98. Nicholas Copeland, Assistant Professor of American Indian Studies, Virginia Tech
99. Carlos Cortez Minchillo – Assistant professor, Dartmouth College
100. Benjamin A. Cowan – Associate Professor, Department of History, University of California San Diego
101. Lisa Covert – Assistant Professor, College of Charleston, South Carolina
102. Raymond B. Craib – Professor of History, Director of the Latin American Studies Program (LASP), Cornell University
103. Chuck Davis – Professor of Labor Studies, Indiana University
104. Alicia Díaz, Assistant Professor of Dance, The University of Richmond
105. Arcadio Díaz-Quiñones – Professor Emeritus, Department of Spanish and Portuguese, Princeton University
106. Edgardo Dieleke (filmmaker and professor) – Phd, Princeton University – NYU – Buenos Aires / Universidad de San Andrés
107. Elizabeth Dore – Emeritus Professor, University of Southampton, UK
108. Robert S. DuPlessis – Isaac H. Clothier Professor of History and International Relations Emeritus – Swarthmore College, Pennsylvania
109. Eduardo Elena – Associate Professor, University of Miami
110. Marc Edelman – Professor of Anthropology, Hunter College and the Graduate Center, City University of New York
111. Jeffrey Erbig – Latin American and Latino Studies, University of California, Santa Cruz
112. Arturo Escobar – Professor of Anthropology – The University of North Carolina at Chapel Hill
113. Joana Falcão Salles – Associate Professor in Microbial Community Ecology, Expertise group GREEN (Genomics Research in Ecology & Evolution in Nature), Groningen Institute for Evolutionary Life Sciences, University of Groningen, Netherlands
114. Toyin Falola – Jacob and Frances Sanger Mossiker Chair in the Humanities at the University of Texas at Austin
115. John Faulkner – SOAS, University of London
116. Gordon Fellman, Professor of Sociology, Brandeis University, , Massachusetts
117. Débora Ferreira – Professor, Portuguese Program Coordinator, former Member of the Faculty Senate and Chair of Faculty Development Committee, Utah Valley University
118. Roquinaldo Ferreira – History/Portuguese and Brazilian Studies, Brown University
119. Denise Ferreira da Silva – Professor and Director, The Social Justice Institute (Gender, Race, Sexuality, and Social Justice), University of British Columbia, Canada
120. Carlos Figueroa, Ph.D. – Assistant Professor, Politics Department – Ithaca College
121. Carl Fischer, Modern Languages and Literatures Department, Fordham University
122. Marilyn Frankenstein – Retired Professor, Quantitative Reasoning and Media Literacy, University of Massachusetts, Boston
123. Elena Fratto, Humanistic Studies, Princeton University
124. Frederico Freitas, Ph.D. – Assistant Professor of History, North Carolina State University
125. Barbara Fritz – Institute for Latin American Studies/School of Business & Economics – Freie Universität Berlin
126. Leo J. Garofalo, Associate Professor of History, Connecticut College
127. Florencia Garramuño, full professor and the Chair of the Humanities Department at the Universidad de San Andrés, Argentina
128. Pablo Gentili – Executive Secretary – The Latin American Council of Social Sciences (CLACSO)
129. Gabriel Giorgi – Professor, Department of Spanish and Portuguese Languages and Literatures, New York University
130. David Theo Goldberg – Director and Professor, Humanities Research Institute, University of California Berkeley
131. Reena Goldthree – Assistant Professor of African American Studies, Princeton University – Professor of History, Truman State University, Missouri
132. Mónica González García, Profesora Asociada de Literatura Comparada e Intermedialidad, Pontificia Universidad Católica de Valparaíso, Chile
133. Jessica Graham – Professor of History, University of California San Diego
134. Richard Grossman – PhD, Northeastern Illinois University
135. Antonio Sergio Alfredo Guimaraes – Visiting Fellow, Lemann Institute of Brazilian Studies, University of Illinois at Urbana-Champaign
136. David Gullette, Professor Emeritus of English, Simmons College, Boston
137. Gerard Gunning – University Lecturer at SOAS University of London
138. María del Mar Gutiérrez Domínguez – El Colegio de México
139. Martin Halpern – Professor of History Emeritus, Henderson State University, Arkadelphia, Arkansas
140. Laurence Harris – Professor, SOAS, University of London
141. Noel Healy – Associate Professor of Geography, Salem State University Virginia Parks, Professor of Urban Planning, University of California at Irvine
142. Inez Hedges, Ph.D. – Professor Emerita of Cultures, Societies, and Global Studies, Northeastern University
143. Rebecca Herman, Professor of History, University of California, Berkeley
144. Marc A. Hertzman, Associate Professor and Conrad Humanities Scholar, University of Illinois, Urbana-Champaign
145. Walter L. Hixson – Distinguished Professor of History, University of Akron, Ohio
146. Elizabeth Quay Hutchison – Professor, Latin American History – President, Faculty Concilium on Latin America and Iberia – Director, Feminist Research Institute – Chair, Committee on Governance – The University of New Mexico
147. Rafael R. Ioris, Ph.D.- Associate Professor of Latin American History, History Department, Affiliated Faculty, Latin American Center, Joseph Korbel School of International Studies, University of Denver
148. Clara E. Irazábal-Zurita – Director of the Latinx and Latin American Studies Program, Professor of Urban Planning | Department of Architecture, Urban Planning + Design (AUPD), University of Missouri – Kansas City
149. Alexandra Isfahani-Hammond – Associate Professor Emeritus of Comparative Literature And Luso-Brazilian Studies, U.C. San Diego
150. Thomas Jessen Adams – Academic Coordinator and Lecturer in American Studies and History, United States Studies Centre, University of Sydney
151. Cedric Johnson – Associate Professor, African American Studies and Political Science – University of Illinois at Chicago
152. Benjamin Junge, PhD – Associate Professor – State University of New York at New Paltz
153. Tercio Bretanha Junker, PhD, Dean of the Chapel and Regional Director of Course of Study Program, Garrett-Evangelical Theological Seminary, Illinois
154. Louis Kampf – Professor Emeritus – MIT – Massachusetts Institute of Technology
155. Temma Kaplan – Distinguished Professor of History, Emerita, Rutgers University
156. Mary Kay Vaughan – Professor Emerita, University of Maryland
157. Robin D.G. Kelley – Gary B. Nash Professor of American History at UCLA, former Harmsworth Chair of American History at Oxford University
158. Gray F. Kidd – Duke University, North Carolina
159. Roger Kittleson – Professor of History, Williams College, Massachusetts
160. Anna M. Klobucka – Professor of Portuguese and Women’s and Gender Studies, University of Massachusetts Dartmouth
161. Peter Kuznick – Professor of History, Director Nuclear Studies Institute, American University, Washington, D.C.
162. German Labrador Mendez – Associate Professor, Princeton University
163. Jennifer Lambe – Assistant Professor, Department of History, Brown University
164. Dany Lang – Université Paris 13, Sorbonne Paris Cité/l’Université de Saint Louis (Belgium).
165. Paul Lauter – Allan K. and Gwendolyn Miles Smith Professor of Literature Emeritus at Trinity College in Hartford, Connecticut, former President of the American Studies Association (USA), Francis Andrew March Award 2017.
166. John Lawrence, Professor Psychology Department, College of Staten Island, City University of New York
167. Nicole D. Legnani – Assistant Professor of Colonial Latin American Studies – Department of Spanish and Portuguese – Princeton University
168. Fernando Leiva – Associate Professor, Latin American and Latino Studies, University of California Santa Cruz
169. María Graciela León Matamoros – Universidad Autónoma Metropolitana, Unidad Cuajimalpa, México
170. Deborah Levenson – Professor of Latin American History, Boston College
171. Marilia Librandi – Professor of Luso-Brazilian and Latin American Literature and Cultures, Stanford University
172. Clara E. Lida – Research-Professor, Chair on Mexico-Spain at the Centro de Estudios Históricos, El Colegio de México
173. Lisa Lindsay, Bowman and Gordon Gray Distinguished Term Professor, University of North Carolina at Chapel Hill
174. Maria-Aparecida Lopes – Professor of History, California State University, Fresno
175. Christopher Lowe, Independent Historian of Africa, Portland, Oregon USA; Ph.D. Yale University
176. Ryan Lynch – University of California, Santa Barbara
177. Arthur MacEwan – Professor Emeritus of Economics, University of Massachusetts Boston
178. Kathleen McAf
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Comentários
Werner
Acho que saiu só a metade das assinaturas. Terminou no M.
Mas independentemente já é extremamente relevante este apoio. Grato por publicar.
Lukas
Enquanto isto no Brasil, o povo tem outras preocupações.
João Lourenço
Sem nenhuma significância pois temos leis a serem respeitadas e no caso de todos estes “intelectuais socialistas” estão ignorando nossa Constituição é isso já demonstra o quanto eles significam .Sem efeito algum ,Lula sairá da cadeia morto e o PT está no esgoto !
EUSEI
Você é que é significativo, trouxa. Quanta dor de cotovelo, hein? Não tem vergonha não, invejoso?
ana s.
João Lourenço, vc é um verme rastejante. Lula, mesmo que saia da cadeia morto devido ao arbítrio imposto pelo golpe de estado que infelicita o Brasil, é e será sempre um grande homem, um grande estadista, admirado no mundo todo. Você não é nada a não ser um hater. Afogue-se no seu próprio fel.
JULIO CEZAR DE OLIVEIRA
o fato é o seguinte,as filiações do pt aumentaram em 40%,portanto tomem cuidado porque são os jovens que estão filiando,talvés possam ser seus filhos que estão filiando,enquanto
voces vem aqui no blog ficar metendo o pau no pt,porque o pior cego é o que não quer ver,a única forma de o pt não ganhar é se o exército assumir,o que não seria uma má idéia,mas não sejamos burros,no esgoto estamos todos nós,mas entregar nossa soberania como estão fazendo não é a solução.
Gargamel
O juizao não prende ninguém do partido dele. Vcs viram as fotos da cozinha planejada do suposto triplex do lula. Que cozinha hororosa, pequena, muito mal projetada e decorada. Aquilo é um filme de terror não é um apartamento de luxo.
As fotos e vídeos feitos pelos trabalhadores é uma butinada na bunda do judiciário golpista.
Tem provas, vídeos, fotos contra o Aécio Neves e ele está solto. Contra o Lula não tem nada disso é ele está preso. Pq será ?
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