Leonardo Casalinho: Em Chapecó, inspirado, nosso craque virou o jogo, 7 a 1 para o Brasil

Tempo de leitura: 3 min

Fotos: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

7 a 1 Brasil

por Leonardo Casalinho, de Chapecó (SC), especial para o Viomundo

Seu time do coração vai jogar.

Uma partida que poderia ser fácil, dado o histórico, com muita chuva.

Alguns diriam: “Isso aqui é a libertadores, amigo. Não tem jogo fácil”. Mas a gente sabe que alguns jogos são fáceis.

Ainda mais quando, no papel, o plantel da sua paixão é infinitamente melhor que o do adversário.

Antes do jogo já se podia sentir o clima de hostilidade na cidade.

Você, torcedor experiente, sai na rua à paisana, só para fitar o movimento.

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Encontra pelo caminho alguns grupos de torcedores do seu time e do rival.

Até aí tudo bem, não fosse a faca nos dentes do outro lado.

Clima tenso. Rojão pra todo lado. Até ovo os caras jogaram.

A torcida deles parece estar tentando melar o jogo de qualquer jeito.

Ainda são três da tarde, o jogo começa às 21h, mas vá lá…

Tenha paciência, ainda nem começou!

A polícia, que parece uma torcida organizada do adversário, joga totalmente contra.

A eles tudo, à nós: rigorosamente nada!

Começa o jogo sob uma chuva digna de estragar o gramado.

Sua torcida lota o estádio. Nem o vento e nem a chuva atrapalham seu canto.

Seu camisa dez, poupado no começo do jogo, não figura nem entre os reservas. Mas você, como apaixonado torcedor, tem fé que ele há de entrar em campo.

1 a 0.

Se a polícia é deles o juiz eu não preciso nem falar…

Acaba o primeiro tempo. No marcador, o mísero gol do time adversário.

Mas é muito difícil imaginar que a gente vá conseguir virar esse jogo.

O time deles só tem sarrafeiro, e mesmo assim quase não há esperança.

Seu time volta a campo com uma novidade.

Lá está ele, imaculado, como a mãe de Cristo. Chegou no estádio a tempo de jogar seu melhor futebol.

Rola a bola. De cara o primeiro gol vem.

Um gol tímido, daqueles que a bola sobra na área e você chuta descompromissado pro gol. 1 a 1.

7 do segundo e seu camisa 10 parece que veio inspirado a campo.

Outro gol. E aquela preocupação que fazia morada no seu peito parece diminuir a cada toque de bola do craque.

Mais um gol. 3 a 1. Você já sente o cheiro da goleada, mas sabe que jogo fora é complicado.

Chegando ao fim do jogo e você nem acredita com o placar. 6 a 1. Mas não para por aí.

Seu craque domina uma bola rifada da defesa.

Amacia com carinho a criança e já finta o primeiro.

Ainda na bola do meio de campo desfere uma caneta no adversário que está até agora procurando a bola.

Vem conduzindo em direção ao gol, já na frente dos zagueiros. Uma carretilha faz você não acreditar no que está vendo.

Aí vem um breque.

Num passe de mágica não há mais nada na frente dele. Não há torcida. Não há juiz.

Não há campo molhado. Nem a chuva se prestou a atrapalhar o espetáculo.

Que golaço.

7 a 1, dessa vez para o Brasil.

Chapecó se rende aos encantos daquele que mudou a vida de milhões de torcedores.

Na saída, pouquíssimo incomodado com os perigos envolvidos num jogo desse calibre histórico, seu craque aparece à porta do estádio dizendo: “Hoje eu vou para o hotel caminhando”, um mar vermelho se divide – no melhor estilo Moisés e seu cajado –, e o assegura pelo caminho a ser percorrido.

A apoteose das emoções se completa numa mistura de incredulidade e contemplação.

É a festa do povo. É a felicidade mais pura.

Ao entrar no hotel, um último aceno aos fãs incondicionais que gritam à plenos pulmões:

Olê, Olê, Olê, Olá.

Lula… Lula!

Foi assim que o nosso craque virou mais um jogo.

Abaixo, a íntegra do ato em Chapecó (SC). A partir de 42min16, o discurso do ex-presidente Lula.

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Comentários

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sergio paulo de santanna

Eu também voto no Lula. ele é o cara.

Alves

O Brasil já sabe o que ocorreu em Chapecó. Felizmente, a máscara caiu e o Brasil, a começar do Sul, já demonstra verdadeira repulsa ao Lula.

E quem diria, hein!? Depender de Gilmar Mendes, amigo de Aécio, para salvar o ex-presidente, é atestado de que o PT está pelo “salve-se quem puder”.

Jeton

Realmente O cara é um camisa 10 da política, um craque. O Zé droguinha de minas morre de inveja do Lula.
As coisas sao muito simples, eu voto no Lula ou em quem ele indicar.
Todos os processos de falcatruas do psdb não deram e nem darão em nada. O judiciario é quase 100% tucano.
Justiça que tem preço nao é justiça.
Sabe qdo o Aécio será presidente da republica ? Nunquinha. Ele mesmo com a própria burrice enterrou a carreira politica dele. Talvez consiga uns trouxas para votar nele como deputado e manter o foro privilegiado de gatuno rato, afinal, nesse mundo nao falta tolos.

Nana

Arrepiei!

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