Por Marco Aurélio Mello
por Marco Aurélio Mello
As “novas” mulheres
São donas dos seus corpos
Fazem suas regras e usam o desejo
Como bem entendem.
As “novas”
Não se submetem
Não sucumbem
E, não raro, não negociam.
As “novas”
Se empoderaram, que bom,
Tem mesmo é que ser assim
Mas calma lá…
Somos ou não
Dialéticos?
Numa relação de dois
Há correlação de forças
Dominação e resistência
Conflitos e consensos.
Relações de poder sem equilíbrio
Não se dão sem abusos
Quando físicos, estupro
Quando econômicos, submissão.
Trágico é Drummond
Que vai além:
“Os amantes se amam cruelmente (…)
Um se beija no outro, refletido.
Dois amantes que são?
Dois inimigos.”
Apoie o VIOMUNDO
Trata-se do Soneto da Destruição.
Poeta é aquele que
Encontra um jeito
De dizer tudo o que pensa
Por isso é tão inoportuno…
E ao mesmo tempo tão necessário.
Meu pacto com você
É só você, afirme.
E seu pacto comigo
é o quê? Pergunte!
Use, abuse, só não aceite viver o papel de vítima.
Porque aquele que entra
Sabendo que vai perder – necessariamente –
Vai reclamar do quê?
Polêmico, não?
Pode comentar.
Marco Aurélio Mello
Jornalista, radialista e escritor.
Comentários
Lukas
A poesia serve (também) para colocar um sentimento, uma idéia para fora. Assim, qualquer poesia é válida.
Agora, publica-la é outra história.
Mais sorte da próxima vez.
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