Gerson Carneiro: O acordo sabujo da Petrobrás nos EUA e o da Shell aqui
Tempo de leitura: 2 min
O acordo
por Gerson Carneiro, especial para o Viomundo
Em novembro de 2016, na audiência do lobista Milton Pascowitch, Sérgio Moro impediu perguntas sobre acordo de cooperação entre delatores da Lava Jato e o Departamento de Justiça dos EUA com ajuda informal da força-tarefa, com a seguinte alegação:
“Não vou colocar em risco um acordo com os EUA por capricho da defesa do Lula”
Um ano e um mês depois a Petrobrás propõe na Justiça dos EUA um acordo de R$ 10 bilhões para ressarcir investidores nos EUA.
A ação coletiva movida por investidores na Justiça dos EUA alega perdas provocadas pelo envolvimento da Petrobrás em desvios revelados pela operação Lava Jato.
E são fundos abutres. Nem tinham ações na época dos supostos desvios.
Resolvi, então, pesquisar dois acordos: o da Shell na Justiça brasileira e o da Petrobrás na Justiça dos EUA (veja abaixo a comparação).
Abissal diferença.
O acordo da Shell foi firmado depois da condenação de R$ 1 bi.
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Já o da Petrobras foi antes da sentença. A Corte americana, portanto, pode simplesmente não aceitar e condenar a Petrobras a um valor maior que R$ 10 bi.
Detalhe: os tais investidores americanos que moveram a ação contra a Petrobras nem eram acionistas na época dos alegados desvios.
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Comentários
Julio Silveira
Cada vez mais firma minha convicção que o Brasil é governado pelos States. Tivemos momentos democraticos autorizados por eles, tivemos golpes de estado orquestrados e apoiados por eles, sempre se locupletando com as fraquezas impostas em nossa nacionalidade. O povo brasileiro nunca teve um país seu, vive dentro de uma concessão, um quintal pagando exorbitantes alugueis ao verdadeiro dono. E o pior é que quem explora o povo são nacionais, canalhas, que se fantasiam de brasileiros para mimetizar com o ambiente e assim passarem despecebidos como lesa povo e patria, que são.
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