A bolha restaurada (ou a turbulência em céu azul)
O duplo choque ao qual estão sujeitos os países periféricos, após o desdobramento da crise de 2008, traz novos constrangimentos e não pode ser gerido tão somente com instrumentos macroeconômicos convencionais, sob pena de produzir graves crises nesses países. Por exemplo, a tentativa de reduzir o choque inflacionário decorrente do aumento de preços das commodities, por meio da política monetária, além de relativamente inócuo, exacerba a atração de novos capitais. Deixar a moeda nacional apreciar como resposta, compromete de modo significativo a competitividade das exportações de manufaturados.
Ricardo Carneiro (*), na Carta Maior
A economia brasileira, da América Latina, e por que não dizer, do conjunto dos países periféricos, vive hoje uma conjuntura peculiar marcada por um duplo choque: o dos elevados e crescentes fluxos de capitais para eles direcionados, e o dos altos e voláteis preços das commodities. Aquilo que poderia ser uma benesse termina por se constituir numa perturbação, internalizando desde fora desequilíbrios com quais a política econômica tem que lidar, obrigando-a a abandonar prioridades domésticas em benefício da gestão desses choques externos.
O momento atual ressalta como patéticas as interpretações das agências multilaterais – FMI e Banco Mundial – e segmentos dos mercados financeiros internacionais, que desde alguns anos vêm insistindo no decoupling das economias emergentes, entendida como a capacidade dessas últimas em manter elevados ritmos de crescimento, de forma independente da trajetória das economias desenvolvidas. Esta tese esteve ancorada em observações empíricas – como o ritmo mais rápido de crescimento dos emergentes – desconsiderando os mecanismos de geração e transmissão desse crescimento e, mais recentemente, enfatizou a capacidade de preservação desse último, sem novamente atentar para as implicações da forma pela qual a crise foi equacionada nos países centrais.
O que parecia ser uma trajetória benigna e independente, tem se transformado numa crescente perturbação, com apreciações cambiais indesejadas, pressões inflacionárias e desaceleração do crescimento doméstico nos países periféricos. Para lidar com essas consequências do duplo choque, a política macroeconômica convencional tem sido impotente exigindo a crescente utilização de instrumentos não convencionais, como as políticas macro-prudenciais e de regulação, sob pena de agravar ainda mais os desequilíbrios iniciais e lançar essas economias numa trajetória de baixo crescimento ou recrudescimento da inflação. As tarefas que se exige da política econômica no plano nacional são, portanto, ingentes e tão mais complexas quanto menores forem as mudanças a serem implementadas no plano internacional.
1. Os choques internacionais
Em trabalho recente, Ilmar Akyuz, o economista chefe do South Center, discute os determinantes dos fluxos de capitais para os países periféricos nos vários ciclos, desde o pós-guerra. Com a correta perspectiva de que esses fluxos tem seu determinante principal, nas variações da preferencia pela liquidez/aversão ao risco nas economias centrais, o autor chega aos determinantes do ciclo recente associando-os à política monetária americana, de criação de liquidez por meio do quantitative easing, uma forma de injeção de moeda na economia, em alta escala, por meio de compra de títulos públicos de maturidade variada e, portanto, de manutenção de baixas taxas de juros em vários prazos. O autor ressalta o baixíssimo patamar de taxa de juros de curto prazo, próxima da fronteira zero, com fator crucial na originação de fluxos de capitais especulativos em direção aos países periféricos, cujo sentido maior é a busca de retorno mais altos proporcionados por diferencial por taxas de juros ou, simplesmente por rendimentos mais altos nos vários mercados de ativos. Como tem sido observado historicamente, esses fluxos de capitais geram bolhas expressivas nos mercados cambiais, de ativos e de crédito, além de deprimirem a competitividade das exportações de manufaturas.
A particularidade do auge do ciclo recente, após 2003, é que nele se observa também um substancial aumento e volatilidade nos preços das commodities. Com o mesmo padrão dos fluxos de capitais, esses preços sobem continuadamente desde essa data, sofrendo uma brusca queda em 2009, mas já ultrapassando o pico anterior após o primeiro trimestre de 2011. O essencial a destacar é que a simultaneidade entre os dois movimentos cria uma situação peculiar, de duplo choque, com determinantes semelhantes, exacerbando as suas implicações e as dificuldades em lidar com seus movimentos.
Atribuir ao ciclo de preços de commodities, as mesmas causas dos fluxos de capitais parece, à primeira vista, uma impropriedade. Isto porque a elevação desses preços está bastante associada ao ciclo forte e continuado de crescimento dos países asiáticos, em particular da China e da Índia, e às características da produção desses bens. Todavia, o argumento não desconhece esses importantes impulsos para o aumento dos preços, mas ressalta o caráter especulativo implícito tanto na magnitude da sua variação como também na sua volatilidade.
Diversos trabalhos da UNCTAD têm procurado caracterizar a relevância dos processos especulativos na formação dos preços das commodities. O aspecto mais saliente é a crescente dominância dos mercados de derivativos – futuros e opções – e dos investidores financeiros, na determinação dos preços nesses mercados que se transmitem por arbitragem para os mercados à vista. A presença maciça desses especuladores, para os quais as commodities passam a constituir parte relevante de seus portfólios, termina por conectar os mercados desses bens ao comportamento de variáveis-chave com a taxa de juros de curto prazo, conformando uma operação de carry trade. O baixo patamar da taxa de juros e as expectativas de sua preservação, decorrentes da política monetária americana, têm estimulado as operações de especulação, o overshooting, e a volatilidade dos preços das commodities.
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O mesmo tipo de argumentação pode ser utilizado para explicar o aumento desmesurado dos fluxos de capitais. De um lado, não se pode negar que há fatores de atração relevantes, pois a melhora do comércio exterior desses países, decorrentes do crescimento global e, para vários latino-americanos, da melhoria dos preços de intercâmbio, permitiu aprimorar consideravelmente os fundamentos, por meio da acumulação de reservas internacionais e redução do endividamento público líquido, externo e interno. Mas, o overshooting só se explica pelo diferencial de rentabilidade que foi significativamente ampliado com a redução da taxa de juros americana e das demais economias desenvolvidas.
Em defesa da política econômica vigente, argumentam as autoridades monetárias norte-americanas que esta é a única forma de manter o estímulo ao crescimento, em uma economia debilitada pela crise financeira. Dado que o socorro inicial, por parte do setor público, implicou numa absorção de dívida do setor privado e num aumento substancial do déficit, o que contribuiu ainda mais para ampliar a dívida pública, a política fiscal viu-se crescentemente manietada. De novo, embora não falte significância ao argumento, ele não explica porque se despreza os efeitos que esse perfil de política tem no restante do mundo, ainda mais porque se trata de ações de política em torno de uma moeda reserva.
O fato apontado acima põe em relevo a contradição clássica, da moeda reserva internacional ser uma moeda nacional, no caso, o dólar. Sendo assim, a política deveria prever salvaguardas para os demais países contra os seus efeitos colaterais. Se estas salvaguardas existissem, na forma, por exemplo, de limitação da mobilidade de capitais, elas certamente não inviabilizariam a implementação e a efetividade das políticas monetárias.
Todavia, implicariam em reduzir o papel do dólar como moeda reserva. Essa é a razão essencial que explica a sua não disseminação, ou seja, o interesse norte-americano em preservar o papel do dólar e sua seignioriage.
2. Os contornos da política econômica
Num importante documento lançado após a crise de 2008, o FMI examina criticamente a política econômica posta em prática nos países desenvolvidos, concluindo que a ênfase exclusiva na estabilidade de preços e, a despreocupação com as dimensões regulatórias do sistema financeiro, terminaram por engendrar a crise. Dentre as suas propostas de revisão do arcabouço da política econômica nos países centrais, destaca-se claramente uma revisão do papel e ênfase acentuada na política regulatória. A combinação desta última com políticas macroeconômicas adequadas – sem precedências ou hierarquias – criaria o clima de estabilidade para a operação da economia, sem os riscos de eventuais desequilíbrios financeiros como os observados na crise recente.
Não deixa de ser curioso que ao tratar da mesma questão com foco nos países emergentes, o FMI mude as suas ênfases. Assim, por exemplo, ao discutir as relações entre as políticas macroeconômicas e a política regulatória – no caso a política de controle dos fluxos de capitais – estabelece uma hierarquia entre elas propugnando que as últimas só devam ser utilizadas como instrumento de última instância. Partem do princípio de que as políticas de regulação dos fluxos de capitais seriam utilizadas para reparar o mau funcionamento das políticas macroeconômicas, ou seja, o caráter disciplinador da abertura financeira sobre o perfil da política macroeconômica seria impedido de funcionar, num contexto de restrição da mobilidade de capitais.
O argumento, além de incoerente, talvez porque questiona a mobilidade de capitais, e fira os interesses do maior sócio do FMI, deixa de considerar importantes implicações dos fluxos de capitais para os países periféricos: a desregulação desses fluxos tem os mesmos efeitos para esses países, do que a desregulação financeira para os países centrais. Ou seja, por meio da valorização/desvalorização das moedas locais, o movimento de capitais tem sido um dos principais determinantes das bolhas de preços de ativos e/ou de crédito, do seu inflar quando da fase de absorção e, do estouro, durante a saída. De forma diferente do que diz o FMI, em muitas ocasiões, um perfil saudável e adequado de políticas e situações macroeconômicas se viu deteriorado pelo excessivo afluxo de capitais.
O duplo choque ao qual estão sujeitos os países periféricos, após o desdobramento da crise de 2008, pela sua intensidade, traz novos constrangimentos e não pode ser gerido tão somente com os instrumentos macroeconômicos convencionais, sob pena de produzir graves crises nesses países. Por exemplo, a tentativa de reduzir o choque inflacionário decorrente do aumento de preços das commodities, por meio da política monetária, além de relativamente inócuo, exacerba a atração de novos capitais. Deixar a moeda nacional apreciar como resposta, compromete de modo significativo a competitividade das exportações de manufaturados. A utilização da política fiscal via saldo primário, para anular o choque, tem os mesmos inconvenientes no que tange à trajetória inflacionária. Pode ser mais eficaz, no que se refere à esterilização do saldo de divisas, mas a magnitude do choque pode torná-la insuficiente, além de inviabilizar políticas redistributivas e de estímulo ao crescimento em curso nesses países.
De tudo isso, se conclui que a política econômica dos países periféricos terá que mudar necessariamente seu perfil encaminhando-se para práticas não canônicas, sem esperar mudanças significativas no arcabouço da regulação global. O seu sentido geral, será o de combinar a política regulatória com as políticas macroeconômicas convencionais, sem estabelecimento de hierarquias ou prioridades. O objetivo maior, pelo menos na atual conjuntura, será o de insular as economias do duplo choque em andamento. Para tanto, terá que aperfeiçoar os instrumentos de controle dos fluxos de capitais com a preocupação de estendê-los aos mercados de derivativos. Por outro lado, precisará criar ou aperfeiçoar políticas capazes de dirimir os choques de preços das commodities. Nessa direção, uma medida importante seria o estabelecimento ou ampliação dos fundos de estabilização com recursos oriundos da tributação extraordinária das exportações de commodities.
(*) Professor do Instituto de Economia e Diretor do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica da UNICAMP
Comentários
ZePovinho
Mais APARELHAMENTO do Estado pela iniciativa privada em Minas.Roger Agnelli ia ficar em na CEMIG só por ser amiguinho de Aécio Neves.Que gracinha!!Basta ser da turminha e fazer uma soci na zona sul e você pode descolar uma dessas,se for de "boa família"(eles chamam de marketing relacional o bom e velho apadrinhamento político oligárquico):
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011…
Portal afirma que Aécio e Roger Agnelli estavam juntos na mesma mesa e na mesma blitz do bafômetro
O portal "Brasil 247" afirma:
Nem tudo sai errado para o ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, ainda na fase de baixo astral pela saída do comando da empresa. Ele demonstrou muita sorte na madrugada do domingo 18, no Rio, quando o senador Aécio Neves foi parado em um blitz da Polícia Militar para a fiscalização do cumprimento da Lei Seca. Como se sabe, Aécio teve sua carteira de habilitação apreendida pela PM e se recusou a fazer o teste do bafômetro, levando multa de R$ 1.149,00. O que não se sabia até agora é que Agnelli estava logo atrás de Aécio, dirigindo seu próprio carro, e com a carteira de habilitação vencida. Ele foi visto por um amigo do Brasil 247. Agnelli e Aécio estavam juntos em uma confraternização na agitada zona sul carioca, da qual saíram quase ao mesmo tempo. Ao pararem a Land Rover do senador, os policiais permitiram a passagem dos carros que vinham imediatamente atrás. E ali estava Agnelli, que passou pelo comando sem ser incomodado.
Mais tarde, num telefonema a Aécio, repleto de boas gargalhadas, Agnelli atribuiu a sorte de ter escapado da blitz ao fato de os policiais terem ficado totalmente ocupados com a fiscalização sobre Aécio e os demais motoristas que estavam parados naquele momento. O ex da Vale é, de resto, o mais novo integrante da turma de baladas de Aécio no Rio, que tem entre suas estrelas o bon vivant Alexandre Aciolly. Recentemente, Aécio já se comprometera com Agnelli e instalá-lo na presidência da Cemig, assim que deixasse a Vale. O plano só não deu certo porque o governador de Minas, Antonio Anastasia, já havia prometido o cargo para Djalma Moraes, que fez carreira dentro da empresa. Na prática, o gesto significou a primeira divergência entre Aécio e o seu sucessor.
O blogueiro Eduardo Homem de Carvalho também conta, mas só o final da história, a parte do telefonema.
O fato não causaria supresa, porque Aécio Neves (PSDB/MG) anda bem próximo de Agnelli. Além da Vale sempre ter financiado suas campanhas, além de fazer discurso no senado tomando as dores de "Roger" contra o governo federal, queria colocá-lo na presidência da CEMIG, depois da demissão na Vale. O assunto já foi publicado na Folha tucana, na revista Exame, mas segundo a coluna de Lauro Jardim da revista Veja, especializada em demo-tucanos, o problema é que a nomeação não conta com a simpatia do governador Anastasia (PSDB/MG).
Marcilio
Pessoal,
Estou afastado dos comentários, mas pelo visto o Dvorak agora assina como Carmem Leporace. Brincadeira os comentários desta pessoa, somente um conselho viaje pelo Brasil e perceba a diferença. Não paute o seu discurso pelo PIG.
ZePovinho
Até os ultraliberais(em maioria) da Escola Austríaca de Economia são contra uma economia centralizada por um banco central,ainda mais centralizada por um cartel de bancos privados(como o FED e futuramente o BACEN no Brasil) que extrai juros da população e não produz um palito de fósforo.
Será que já não é tempo de começarmos a pensar em extinguir o Banco Central e deixar a concorrência agir?Até quando veremos os banqueiros privados(que controlam o COPOM nos bastidores) nos roubar,impunemente,e ainda querer destruir nosso sistema frágil de bem estar social????
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=311
O sistema bancário de reservas fracionárias
por Murray N. Rothbard, terça-feira, 11 de maio de 2010
N. do T.: Talvez o aspecto mais crucial de qualquer sistema econômico seja o seu sistema bancário. Entretanto, essa é uma área sobre a qual pouquíssimas pessoas entendem. Muitos, aliás, sequer conhecem seu funcionamento mais básico – algo que serve apenas para ajudar o regime. No artigo a seguir, Murray Rothbard não apenas ensina o funcionamento dessa instituição, como também explica por que todo o sistema bancário que funciona sob a regulamentação de um banco central é um cartel por natureza – no caso, um cartel legalizado e fomentado pelo estado. A história sobre o surgimento dos bancos centrais varia de país para país; porém, sua função de cartelizador do sistema bancário é a mesma, independente do continente.
Obs: dentro da Escola Austríaca, Rothbard é da ala (majoritária) que acredita que o sistema bancário de reservas fracionárias é uma atividade inerentemente fraudulenta. Outros austríacos não pensam assim. Amanhã publicaremos um artigo com esse outro ponto de vista.
ZePovinho
Digite o texto aqui![youtube p3_Q1SiRN-A http://www.youtube.com/watch?v=p3_Q1SiRN-A youtube]
Luiz Fortaleza
A questão da economia no mundo não é uma questão de gestão de governos e sim da crise de valorização do valor do capitalismo. O capitalismo é o sistema produtor de crises, pq ele produz suas próprias contradições. Responsabilizar governos por si só é desconhecer como o sistema metabólico do capital se desenvolve na especulação. Política é mesmo a arte de iludir.
Lousan
estranho subir gasolina quando somos 'auto suficientes'
qdo o governo paulista subiu o valor do onibus todo mundo reclamou…qdo o governo nacional sobe a gasolina todos ficam quietos…a receita repassada pelo governo federal anterior e aprendida pelo atual é: o importante é nao mexer com o povo, mexa com a elite porque essa nao vai reclamar tanto…
Apolônio
FHC, triplicou a dívida pública do período Itamar, como também quebrou o país por 3 vezes, não tínhamos nem reservas essa época, vivíamos endividado, quem governava o Brasil era o FMI. Tínhamos sucessivos déficits na balança comercial. Que governo era esse? desemprego alto, crescimento baixo, muitas vezes até negativo.
Clovis
Nossa!!! Quanto sabichão!!!! Voces pensam que é assim, é só falar e tudo se resolve? Voces não sabem como é uma negociação comercial seus amadores. O mundo comercial não funciona com teses baratas, que se encontram na internet. Ainda bem que estamos em um país democrático, pois a democracia, também nos da a oportunidade de ler muitas babozzzeiras.
SILOÉ
Concordo,o seu comentário então !!! Nem se fala!!!
Roberto Locatelli
1) É preciso avançar na discussão da moeda mundial que substituirá o dólar. A China já deu sinais de que topa.
2) É preciso aumentar, ainda mais, o que o Governo cobra dos bancos nas operações financeiras diversas.
3) É preciso derrubar os juros. Assim como não devemos alimentar os trolls, pois são perniciosos, não devemos alimentar rentistas, pois são vampiros.
Carmem Leporace
Tu manja de economia pra caramba hein velho???
É preciso bla bla bla… é preciso bla bla bla.. """nós temos""" bla bla bla…
Velho…. tu não manja é bulhufas… não és melhor do que ninguém aqui,… és só garganta…
Prefiro o zé povinho que me esculacha logo de uma vez….
Só gogó rapaz…. bla bla bla….
Rapaz, você onde está a maior reserva de ouro extraído do mundo???em uma economia monetária capitalista, você tem noção de qual seja a função de reservas em ouro?????? sabe pra que serve o ouro monetário?????
Só bla bla bla…. sem noção alguma…. não adianta planfetar e ficar tocando tuba….
Procure se informar….
ZePovinho
Eu só esculacho porque você não respeita ninguém e fica querendo hierarquizar o debate como se apenas os pretensamente doutos pudessem falar de economia,política ou qualquer coisa.
Acorda,Seu Carmem.Se você fosse como o Rodrigo Leme podia ficar à vontade por aqui e ninguém ia te xingar.
SILOÉ
Carmem quem não manja nada de economia e política é você, que se perde em suas argumentações
debatendo até sobre fatos e estatísticas.
Pra seu governo, contra fatos e estatísticas não há argumentação.
Roberto Locatelli
Só lembrando: não alimente os trolls. Não responda, não dê nem mesmo pontuação negativa. Senão cai o nível do debate.
monge scéptico
SEm entrar no mérito da discussão( que diabo é isto?) já digo há muito tempo, que devemos
nos voltar para dentro e, criar duas economias; uma interna, voltada para atender as necessi-
-dades da população etc. E, outra economia, que atenda a demanda externa dos acordos co-
-merciais, sem que os preços aí praticados venham afetar os mesmos internamente.
Venho dizendo há muito tempo, que o acumulo de reservas em dólares, fede a distância e se
essa porcaria sofrer uma súbita desvalorização ou algo pior, nos fud…… As reser vas da nação,
devem ser em ouro, que o canadá retira ou rouba em minas e envia para casa. É preciso um
estudo sério e aprofundado sobre isso. Tchau!.
Roberto Locatelli
Pois é, prezado monge, e o Obama mandou o Banco Central deles despejar dólares pelo mundo. A coisa tá ficando feia, é hora de abandonar o dólar mesmo.
fernandoeudonatelo
Só que aí tem um detalhe muito importante, o Setor Externo.
O BC está numa situação delicada, tentando esterilizar o excesso de dólares na economia , comprando alucinadamente a moeda em sucessivos leilões, para controlar a valorização artificial do câmbio, o que eleva a composição das reservas internacionais, mas junto vai o custo de manutenção que é o aumento da dívida bruta.
Pra reduzir os efeitos no endividamento líquido, que entra no cálculo da dívida/PIB (divia interna liquida – divida externa liquida) e cobrir os crescentes déficits em transações correntes numa só cajadada, o remédio de sempre, entrada de capitais especulativos de curto-prazo, em massa, como "Investimento em Carteira".
A mesma causa do primeiro problema, resolvendo o segundo temporariamente !!
leandro
O orçamento nacional deve ser equilibrado. As dívidas públicas devem ser reduzidas. A arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos, se a nação não quiser ir à falência. As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública.
Carmem Leporace
Isso é o que prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O que foi que Lula e o PT fizeram pela implantação dessa lei, você sabe rapaz???
ZePovinho
Pela enésima,vez Seu Carmem:a LRF só serviu para quebrar estados e municípios que entregam uma boa parte de sues recursos para o sistema financeiro ao honrar juros e não conseguir pagar dívidas.
Os EUA entraram nessa.Já devem 50 trilhões de dólares de dívida priva e pública.
leandro
Sei. Foram contra a LRF e agora querem impedir uma fiscalização rigorosa de obras pelo TCU com a desculpa de dar agilidade.
leandro
“O orçamento nacional deve ser equilibrado. As dívidas públicas devem ser reduzidas. A arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos, se a nação não quiser ir à falência. As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública”.
Marcus Tullius Cicero no ano 55 a.C
Pereira
O pessoal, aqui tem alguns que torce por quanto pior melhor, outros que fala em cesta, mas este derrame de dolar que o usa promoveu é dolar falso, ou vocês não estão vendo que tudo isto não é culpa do Lula, nem da Dilma nem mesmo do sábio serra e todo a sua torcida do contra, isto é uma ação norte americana, para distribuir a merda deles, quem achar que este derrame de dolar não falso, só efetuar uma comprar dele agora, o dolar vai derreter muito mais. Quando é que nós vamos fazer como a argentina, em relação nossa dívida pública. O usa e a europa deu início a divisão da merda, e todo o mundo vai comer um pouco, e nós vamos comer menos devido ao Lula e a Dilma e não devido ao serra e ao fhc.
Sergio Luis
A Dívida Pública atrelada à SELIC era de 16% em 94 e chegou a 45,4% em agosto de 2002. A parcela indexada à variação cambial que era de 8,3 em 94 saltou para 35% em agosto de 2002. Isso mostra claramente o resultado de uma política econômica desastrosa de FHC, que colocou o país de joelhos aos pés dos financistas. O governo Lula consegui alongar o perfil e alterar a composição dessa dívida que ainda permanece altíssima. Essa é a armadilha deixada pelo PSDB e DEM: o governo é refém dos banqueiros.
leandro
Já se vão oito anos de desgoverno pt e a culpa ainda é do passado? A divida interna mais que dobrou no governo lula, a externa voltou a subir, os gastos publicos, principalmente custeio, disparou. Ainda vai chegar o dia que o pt sem argumentos vai culpar cabral por tudo.
Sergio Luis
Meu caro, a Dívida não para de aumentar porque o governo é refém dos bancos. Se os mesmos exigirem o resgate dos titulos o país quebra. Para aceitar rolar o pagamento do principal eles exigem que o governo remunere a dívida com essa taxa de juros absurda! Descontada a inflação a taxa de juros real do Brasil não tem precedentes no mundo. É uma transferência de renda brutal da sociedade para os rentistas. Em lugar nenhum do planeta existe uma taxa nese nível, isso atrai capital estrangeiro especulativo, o que só piora as contas do Brasil, pois com dólar em excesso o Real se valoriza ainda mais. Realmente, hoje em dia é muito difícil uma solução para esta situação. Essa foi a armadilha de FHC!
luiz pinheiro
Sua colocação é correta, Sergio. Mas faltou dizer que o governo Lula zerou a dívida atrelada ao câmbio. Foi um feito muito importante, porque dívida pública em moeda estrangeira significa incerteza, instabilidade, perda de soberania. No segundo mandato do FHC, o governo só conseguia emitir títulos dolarizados, porque o mercado não acreditava na estabilidade do real. Uma situação terrível, pois significava, literalmente, que o Brasil não tinha moeda própria.
Sergio Luis
Tem pessoas que vivem no mundo da fantasia! Dizer que Lula deixou uma herança maldita é brincadeira! Herança maldita é a Dívida Interna turbinada por FHC e seus cavaleiros do Apocalipse. Esse é o grande problema do Brasil, pois cada vez que aumenta a taxa de juros básica, são bilhões transferidos do povo brasileiro para a mão de banqueiros nacionais e internacionais. Tem que interromper essa sangria de recursos que deixam de ser investidos em prol da sociedade.
leandro
Parar a sangria atraves de juros só depende de quem esta no poder. Mas o maior financiador privado da campanha do lula foi o itaú. Se vendiam a imagem que o pais tava super bem, porque agora tem que subir os juros?? porque temos a maior taxa do mundo se nossa economia estava ótima?? Venderam um mundo de fantasia para o povão e agora vem a realidade via aumento de impostos, gasolina, alimentos. Bem feito.
SILOÉ
O que o FMI, o banco Mundial e as agências mltilaterais estão fazendo, é uma tentativa desesperada de salvar a política econômica americana de uma eminente falência, Já que: a política interna e externa, foram pro espaço há muito tempo.
Carmem Leporace
Segundo interlecutores, a presidente Dilma já anda resmungando pelo palácio de que quem recebeu uma Herança Maldita foi ela.
Carmem Leporace
Obras de Jirau (do tal do PAC), demitem, opsss… demintem não… governo progressista não demite… ""excluiu"" trabalhadores… mais de 6.000 trabalhadores foram pro olho da rua em Jirau.. sindicalistas todos mamando nas tetas da nação não dão um piu se quer… … Essa JK……
Ligeovanio
Irretocável.
waleria
Lula se antecipou à crise de 2008 com inteligencia – e o tsunami virou marolinha.
Ele adotou medidas inteligentes e anti-ciclicas notáveis.
Agora no pós-crise original, Dilma tem que ser inteligente como Lula – se antecipar como fez a China e promover uma POLITICA CAMBIAL inteligente, ancorando o Real a uma cesta de moedas, e flutuando com ela.
Saindo da ortodoxia do BC da regrinha burra de aumentar juros se subir o milho em Chicago.
O problema DO BRASIL é sua divida interna, são os rentistas vampiros que drenam as energias e a economia do país. Sem nada fazer, apenas de juros, esses faturam 300 bilhões de Reais ao ano. E são esses que ganham com nossa politica burra do Bolsa Banqueiro promovido e protegido pelo Banco Central.
Ou Dilma é inteligente como foi o Lula e se antecipa – ou estagnaremos, sufocados pelos rentistas.
Carmem Leporace
Lula recebeu uma dívida interna de 600 Bilhões e passou para Dilma 2,4 Trilhões de Reais de dívida, uma baita de uma herança maldita……….. Esse Nunca Dantes…
SILOÉ
Dívida não, Lula deixou investimento a longo prazo.
Dívida sim e também externa bem acima desse valor, e pior, com juros absurdos, e os nosso bens de capital todo dilapidado, foi o que herdamos do malfadado governo FHC.
Só um louco(a) como você pra sentir saudades.
ZePovinho
A relação dívida/PIB em 2002 era de 60%.Lula entregou a Dilma abaixo de 40% e me parece que está em menos de 39%.Apesar disso,pagaremos 230 bilhões de reais de juros dessa dívida em 2011,seguindo o modelo rentista de FHC que privilegia quem não produz nada.
waleria
Leporace, gostaria de saber de que baú você saiu!
A divida deixada por FHC em porcenytagem do PIB – que é o valor de comparação direta – foi muito maior (perto de 50%) do que a de Lula (pouco mais de 30%).
Portanto, não venha com dados furados de seu baú.
Carmem Leporace
A Herança Maldita do Padim Lula está começando a cobrar um alto preço (talvez alto demais), para a JK de saias…
Ainda bem que essa bomba maldita não caiu no colo de Serra, claro, Serra é muito mais preparado, já estaria agindo, e não trancado num gabinete refém de marketeiros fazendo tipo de compenetrada e silenciosa, numa suposta atitude de competência.
O lado bom da Herança Maldita do Padim Lula é que caiu no colo deles mesmo… não tem mais como culpar ninguém pela incompetência e falta de trabalho, oito anos de palanque, gogó e auto lovação…
Já era… se vira mano…
Hilário
Saudades do Trabuco…inteligêcia não se herda.
Antonio Lopes
Carmem Lopes vc está enganada a herança maldita foi a que fhc deixou no colo do Lula e este tirou de letra. Ao psdb só resta rezar para a copa e a olimpíada darem errado: triste fim da oposição !!!!
Vc diz que será é o mais bem preparado???? olhe os transportes público e a educação em sp e vc terá um retrato de serra e do psdb……..
Persio G. Antunes
Antonio, não é carmen lopes e nem "enganda".É carmen leporaci e é "enganado". O traste é do gênero masculino.
SILOÉ
* 8 anos do melhor governo que o Brasil já viu, e na época da crise também, lembra da marolinha?
Pois bem , A Dilma conseguirar, apesar dos urubus como você que torcem contra, superar mais essa também.*
SILOÉ
corrigindo – conseguirá –
Lilica
Serra preparado??? O que ele fez como ministro do planejamento do FHC? E perguntem ao Alckimin se ele ficou feliz com a situação em que pegou SP. Eu trabalho em um hospital publico de referência, o novo governo paulista impôs um contigenciamento draconiano, um terço da verba destinada. Dos milhões que Serra destinou a publicidade você não fala nada não é? Da promiscuidade dele com a mídia também não! Da irresponsabilidade dele em suspender a limpeza e dragagem do rio Tietê que culminou no pior período de enchentes em SP, muito menos, Ah, cai fora daqui!
priscila presotto
Cara ,vc é muito mala,pior que é sem alça.
Muito ,mas muito chato mesmo .
Heber
Blindar a inflação de alimentos, cuja perspectiva futura é óbvia face ao aumento da demanda global, será imprecindível. Porque não começar agora, utlizando-se os recursos excedentes de exportação para criar uma espécie de cesta base para todos os brasileiros, incluindo-se não só comodities, como também ítens que sazonalmete afetam os índices. Daqui a alguns anos estas medidas permitirão que a água, o solo, o sol e o clima deste abençoado país sejam efetivamente um diferencial no mundo, privilegiando nosso povo.
Carmem Leporace
Você comeu manga com febre rapaz???
Francisco
Nesse contexto, todo o esforço politico para criar uma "cesta" de moedas para as transações internacionais é bem vinda. Principalmente se nessa cesta estiver o real. Isso induziria a um equilibrio entre o valor das moedas implicadas e o dólar.
Há também a estratégia, que já vem sendo usada, de realizar trocas em moedas nacionais com parceiros especificos (caso dos acordos recentes com Argentina e China). Contudo, estou começando a desconfiar que uma maneira politica de forçar à discussão da tal cesta seria "ensaiar" seu uso SEM o dólar (!). Se China, Brasil e UE tentarem algo os EEUU pedem arrego!!!
SILOÉ
Negociação com moeda local é o que o Brasil quer fazer no Mercosul.
Roberto Locatelli
Na verdade, em pequena escala já está fazendo com nosso principal parceiro no Mercosul, a Argentina.
André oliveira
Tá difícil entender alguma coisa que o Ricardo Carneiro fala. Esse artigo é ininteligível, o cara é maluco?
Carmem Leporace
Para um inculto, fica mesmo difícil entender.
SILOÉ
Até parece que você entende alguma coisa!!! Vive repetindo sempre a mesma ladainha.
ZePovinho
Ou acabamos com as saúvas(os rentistas) ou eles acabam conosco.
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