Por Marco Aurélio Mello
por Marco Aurélio Mello
Estava aqui pensando, depois que descobri que o Edgar (que eu não conheço) tem um sapo de estimação.
Sapo não, sapa, a Fiona.
Quem deu a ela o nome de ogra foi a irmã dele e, conforme o relato, a batráquia curte um cafuné.
Parece que se afeiçoou ao dono e agora o procura sempre.
Sapa de estimação, quem diria…
Minha mãe é outra que também se relaciona com a espécie.
Tem sempre mais de um na varanda da casa dela, na roça.
Acho que eles a entendem perfeitamente.
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A velhinha também conversa com um casal de maritacas que empulera por lá toda noite.
Ela gosta de bicho.
Tanto que já teve mais de uma centena de galinhas.
E proíbe que maltratem as cobras que aparecem no sítio.
A maior que eu já vi foi uma jibóia, com mais de dois metros.
Aliás, por falar em réptil, ontem mesmo estive com a Tata, uma jabuti piranga.
Tata apareceu na porta da casa da sogra em Campinas no fim de 2000.
Ela e a irmã, a Fujona, estavam numa caixa de sapatos recém nascidas.
A segunda, como o próprio nome diz, sumiu.
Provavelmente foi furtada quando trocamos a cerca de alambrado do jardim.
Ontem dei hibiscos e ração para a Tata, que já tem algo em torno de 17 anos.
Considerando todas as adversidades que passou posso assegurar que ela viverá pelo menos a minha idade, 50 anos.
Outro bicho que adotou meus filhos Pedro e Gabriel foi a Cloe.
Cloe é uma gata que, sem mais nem menos, foi se “achegando” e hoje tira um cochilo no sofá da casa com total liberdade.
Mas o que ela gosta mesmo é de se enfiar por debaixo do edredom da cama do Pedro.
Suspeita-se que a Cloe pariu e sumiram com seus filhotes.
Presumimos que o desgosto foi tão grande que ela resolveu mudar de endereço.
Agora mora por lá, bem ao estilo dos felinos: livre, leve e solta.
Meus bichos preferidos são passarinhos.
Quando eu era criança tive um sabiá e um pássaro preto.
Viviam na gaiola até que um dia resolvi deixar a porta aberta para ver no que dava.
Não me arrependo.
Asas não combinam com gaiolas.
Marco Aurélio Mello
Jornalista, radialista e escritor.
Comentários
Edgar Rocha
Olha, Marco Aurélio, fiquei lisonjeado. O comentário foi despretensioso, acredite. Quis comentar com bom humor a partir de suas considerações sobre a mesmice dos assuntos na internet e a necessidade de seguir a algo como uma manada. Concordo com tudo que escreveu. Por outro lado, pensar e falar de coisas simples pode ser um convite à frugalidade defendida pelo José Mujica e, com a qual tenho grande afinidade. Vivemos tempos difíceis. Se eu for comentar, obviamente abordarei temas da pauta comum a muitos. Embora poucos tenham me dado eco (acho que não sou dos mais populares, *-*). Moro num bairro muito violento, controlado pelo PCC e sufocado por uma polícia completamente entregue ao “esquema”. Quase sempre entro pra falar de segurança pública. Teu texto dá uma arejada quando leio.
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