Por Marco Aurélio Mello
por Marco Aurélio Mello
Todo mundo já ouviu aquele ditado que diz: “falem bem, falem mal, mas falem de mim.”
No entanto, um sem-número de comunicólogos ainda caem em jogadas marqueteiras que têm esta exata finalidade, disputar espaço na mídia.
No Brasil continental, por razões históricas e econômicas, o noticiário é produzido em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
São as três “praças” mais visíveis de todo território nacional.
É onde circula o dinheiro, onde “nascem as novidades” e onde se produz moda, bens culturais.
Engano alimentado pelos anunciantes, suas pesquisas de mercado e suas agências de publicidade.
Aí aparecem dois sujeitinhos quaisquer que tomam tempo precioso de todos nós, tempo desproporcial à importância que eles têm.
O primeiro é o Jair Bolsonaro.
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Ele representa os radicais de direita, que significam pouco mais do que 5% do eleitorado.
No entanto, o sujeito dá um pum e vira notícia.
O segundo é o João Dória.
Vocês acham mesmo que um desses dois têm condições de vir a ser presidente do Brasil?
Eu não achava, mas é tanta propaganda gratuita que todo mundo faz deles – incluindo a esquerda – que é bem capaz de estarem no segundo turno das próximas eleições, que já adianto, não serão diretas.
Porque se forem diretas dá Lula e Lula é tudo o que o establishment não quer.
Ou você acha que o inimigo dos Estados Unidos, do sistema financeiro internacional, das oito irmãs do petróleo e das transnacionais volta ao poder pelo voto?
Só se a gente acreditasse em Papai Noel, não é mesmo?
Quando é que vamos entender que falando desses nanicos sem parar o que a gente faz é dar legitimidade a eles.
Lembre-se, pode ser Jesus Cristo, mas se ele não tiver mídia, esquece.
O que seria do filho do Senhor não fossem as escrituras, heim?
Quase sempre é mais importante a notícia que os meios de comunicação esconde, não a que aparece.
Depois não adianta a gente lavar as mãos.
Marco Aurélio Mello
Jornalista, radialista e escritor.
Comentários
Frank Junior
Realmente, o Lula, milionário, amigo das construtoras e banqueiros é super inimigo dos EUA, de Deus e do diabo. A esquerda brasileira é a pior do mundo mesmo, amam Paris, Iphone, são contra a legalização das drogas, são tão conservadores quanto os da direita e querem ser os paladinos da moral, sendo os primeiros a não devolver o troco errado no caixa, subornando policiais para não cair no bafómetro ou aceitando as malandragens dos seus heróis e ídolos. O lixo tupiniquim fede da direita à esquerda, sorte dos que encontram o aeroporto e se mandam daqui.
Crazy horse
Não se engane meu caro, grande parte dos Aecistas pulam no colo do Bolsonaro sem pensar 2 vezes
Arthur
Essa de “a gente tem que parar de falar deles” já não adianta mais. Os dois já estão muito presentes e ancorados no cenário pra que se possa fazer um “apagão” de notícias deles. Essa tática só funciona se o alvo ainda estiver tentando decolar. No caso de Bolsonaro, 2013 foi quando ficou tarde demais. No caso de Doria, o tarde demais foi quando ele se tornou prefake de São Paulo.
Felipe.CAze
“propaganda incluindo a esquerda de cada peido que ele dá”, diz mais uma matéria da esquerda sobre ele.
¬¬
Outra, chamar Lula de “inimigo dos Estados Unidos, do sistema financeiro internacional, das oito irmãs do petróleo e das transnacionais” é muita liberdade e não é nada poética. É mentira, mesmo.
Poderia ser um “não-amigo…” ou “alguém que não seja amigo…”.
O resto é resto.
Allex
Mentira e bobagem, muita bobagem, é o que você escreveu. Se Lula não é considerado inimigo dos EUA e das grandes petroleiras internacionais, então porque toda essa operação literalmente de guerra para impedir que ele seja candidato? Ou sua ingenuidade é tamanha que você não percebe que tem dedo Ianque bem no fundo dos “cunhas” dos heroizinhos da lava jato? E que há uma relação simbiótica entre estados unidos, judiciário, mp, pf e o golpe de 2016? Tudo certo que Lula nunca foi esquerda radical. Ele sempre atuou como de centro esquerda. Mas agora o grande capital internacional e a elite mais burra e rapineira do planeta, a brasileira, já o tacharam de inimigo, simplesmente porque não querem nem mesmo um esquerda moderado de volta ao poder.
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