Fornazieri: Brasil não tem alma, não tem caráter, não tem dignidade e não tem um povo

Tempo de leitura: 5 min

Um país que não tem dignidade não sente indignação

por Aldo Fornazieri* (sugerido no Facebook)

O presidente da República foi flagrado cometendo uma série de crimes e as provas foram transmitidas para todo o país.

Com exceção de um protesto aqui, outro ali, a vida seguiu em sua trágica normalidade.

Em muitos outros países o presidente teria que renunciar imediatamente e, quiçá, estaria preso.

Se resistisse, os palácios estariam cercados por milhares de pessoas e milhões se colocariam nas ruas até a saída de tal criminoso, pois as instituições políticas são sagradas, por expressarem a dignidade e a moralidade nacional.

Aqui não.

No Brasil tudo é possível.

Grupos criminosos podem usar as instituições do poder ao seu bel prazer.

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Afinal de contas, no Brasil nunca tivemos república.

Até mesmo a oposição, que ontem foi apeada do governo, dá de ombros e muitos chegam a suspeitar que a denúncia contra Temer é um golpe dentro do golpe.

Que existem vários interesses em jogo na denúncia, qualquer pessoa razoavelmente informada sabe.

Mas daí adotar posturas passivas em face da existência de uma quadrilha no comando do país significa pouco se importar com os destinos do Brasil e de seu povo, priorizando mais o cálculo político de partidos e grupos particulares.

O Brasil tem uma unidade política e territorial, mas não tem alma, não tem caráter, não tem dignidade e não tem um povo.

Somos uma soma de partes desconexas.

A unidade política e territorial foi alcançada às custas da violência dos poderosos, dos colonizadores, dos bandeirantes, dos escravocratas do Império, dos coronéis da Primeira República, dos industriais que amalgamaram as paredes de suas empresas com o suor e o sangue dos trabalhadores, com a miséria e a degradação servil dos lavradores pobres.

Índios foram massacrados; escravos foram mortos e açoitados; a dissidência foi dizimada; as lutas sociais foram tratadas com baionetas, cassetetes e balas.

A nossa alma, a alma brasileira, foi ganhando duas texturas: submissão e indiferença.

Não temos valores, não temos vínculos societários, não temos costumes que amalgamam o nosso caráter e somos o povo, dentre todas as Américas, que tem o menor índice de confiabilidade interpessoal, como mostram várias pesquisas.

Na trágica normalidade da nossa história não nos revoltamos contra o nosso dominador colonial.

Ele nos concedeu a Independência como obra de sua graça.

Não fizemos uma guerra civil contra os escravocratas e não fizemos uma revolução republicana.

A dor e os cadáveres foram se amontoando ao longo dos tempos e o verde de nossas florestas foi se tingindo com sangue dos mais fracos, dos deserdados.

Hoje mesmo, não nos indignamos com as 60 mil mortes violentas anuais ou com as 50 mil vítimas fatais no trânsito e os mais de 200 mil feridos graves.

Não nos importamos com as mortes dos jovens pobres e negros das periferias e com a assustadora violência contra as mulheres.

Tudo é normal, tragicamente normal.

Quando nós, os debaixo, chegamos ao poder, sentamos à mesa dos nossos inimigos, brindamos, comemoramos e libamos com eles e, no nosso deslumbramento, acreditamos que estamos definitivamente aceitos na Casa Grande dos palácios.

Só nos damos conta do nosso vergonhoso engano no dia em que os nossos inimigos nos apunhalam pelas costas e nos jogam dos palácios.

Nunca fomos uma democracia racial e, no fundo, nunca fomos democracia nenhuma, pois sempre nos faltou o critério irredutível da igualdade e da sociedade justa para que pudéssemos ostentar o título de democracia.

Nos contentamos com os surtos de crescimento econômico e com as migalhas das parcas reduções das desigualdades e estufamos o peito para dizer que alcançamos a redenção ou que estamos no caminho dela.

No governo, entregamos bilhões de reais aos campeões nacionais sem perceber que são velhacos, que embolsam o dinheiro e que são os primeiros a dar as costas ao Brasil e ao seu povo.

No Brasil, a mobilidade social é exígua, as estratificações sociais são abissais e não somos capazes de transformar essas diferenças em lutas radicais, em insurreições, em revoltas.

Preferimos sentar à mesa dos nossos inimigos e negociar com eles, de forma subalterna.

Aceitamos os pactos dos privilégios dos de cima e, em nome da tese imoral de que os fins justificam os meios, nos corrompemos como todos e aceitamos o assalto sistemático do capital aos recursos públicos, aos orçamentos, aos fundos públicos, aos recursos subsidiados e, ainda, aliviamos os ricos e penalizamos os pobres em termos tributários.

Quando percebemos os nossos enganos, nos indignamos mais com palavras jogadas ao vento do que com atitudes e lutas.

Boa parte das nossas lutas não passam de piqueniques cívicos nas avenidas das grandes cidades.

E, em nome de tudo isto, das auto-justificativas para os nossos enganos, sentimos um alívio na consciência, rejeitamos os sentimentos de culpa, mas não somos capazes de perceber que não temos alma, não temos caráter, não temos moral e não temos coragem.

Da mesma forma que aceitamos as chacinas, os massacres nos presídios, a violência policial nos morros e nas favelas, aceitamos passivamente a destruição da educação, da saúde, da ciência e da pesquisa. Aceitamos que o povo seja uma massa ignara e sem cultura, sem civilidade e sem civilização.

Continuamos sendo um povo abastardado, somos filhos de negras e índias engravidadas pela violência dos invasores, das elites, do capital, das classes políticas que fracassaram em conduzir este país a um patamar de dignidade para seu povo.

Aceitamos a destruição das nossas florestas e da nosso biodiversidade, o envenenamento das nossas águas e das nossas terras porque temos a mesma alma dominada pela cobiça de nos sentirmos bem quando estamos sentados à mesa dos senhores e porque queremos alcançar o fruto sem plantar a árvore.

Se algum lampejo de consciência, de alma ou de caráter nacional existe, isto é coisa restrita à vida intelectual, não do povo.

O povo não tem nenhuma referência significativa em nossa história, em algum herói brasileiro, em algum pai-fundador, em alguma proclamação de independência ou república, em algum texto constitucional, em algum líder exemplar.

Somos governados pela submissão e pela indiferença.

Não somos capazes de olhar à nossa volta e de perceber as nossas tragédias.

Nos condoemos com as tragédias do além-mar, mas não com as nossas.

Não temos a dignidade dos sentimentos humanos da solidariedade, da piedade, da compaixão.

Não somos capazes de nos indignar e não seremos capazes de gerar revoltas, insurreições, mesmo que pacíficas.

Mesmo que pacíficas, mas com força suficiente para mudar os rumos do nosso país.

Se não nos indignarmos e não gerarmos atitudes fortes, não teremos uma comunidade de destino, não teremos uma alma com um povo, não geraremos um futuro digno e a história nos verá como gerações de incapazes, de indiferentes e de pessoas que não se preocuparam em imprimir um conteúdo significativo na sua passagem pela vida na Terra.

*Aldo Fornazieri é Professor da Escola de Sociologia e Política

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Comentários

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Renato Fran

Ou então, tem um povo sem dignidade que bateu panela contra a democracia, tem um povo sem caráter que seguiu o pato, tem um povo sem alma
que manipulado pela mídia, foi às ruas apoiar um golpe neoliberal!

marllus saraiva

Brasileiro gosta é de dinheiro e vida mansa, conforto material. Gente pode estar morrendo, o mundo pode estar acabando, porém enquanto estiver viajando pras lindas praias do Nordeste, pra fazer compras em Miami ou Nova Iorque ou tiver suas aplicações na Bolsa ou renda fixa a salvo de intempéries econômicas ou politicas, ele vai estar pouco se importando com tudo isso. Brasileiro gosta mais de gringo do que de seu próprio povo. Gosta de cultura norte americana e européia. A pior raça de pobre que existe é o pobre brasileiro, pois mesmo na pobreza ele admira e puxa o saco daqueles que o oprimem. Joaozinho Trinta foi um gigante quando disse que “quem gosta de miséria é intelectual, pobre gosta é de luxo e riqueza”.

Rui Guimarães

Nenhum cidadão, seja intelectual ou não, que defenda o PT em termos gerais, merece credibilidade. Quem só acusa Aécio, Serra, Alkimim, Temer, Renan, Cunha…e esquece de reconhecer Lula, Dilma, Dirceu, Delubio, Palocci e outros como bandidos, está defendendo o roubo ou furto institucionalizado. Pode incluir o Judiciário que não vou defender ninguém. Sou Brasil e aqui vivo. Não sou nada do que este senhor aponta e não me cabe a carapuça. Também não sou idiotas, como tantos, de comprar a briga de incitadores da baderna em nome da “luta pela democracia”, enquanto eles ficam olhando os movimentos passando ao largo. Quero justiça e prisão para quem deve e, o que me é mais importante, a DEVOLUÇÃO DE TODO O DINHEIRO ROUBADO PARA SUA ORIGEM. Em vez de pregar a humilhação aos cidadãos brasileiros professor, defenda uma educação em primeiro lugar ao nosso País, só assim teremos um povo melhor, a começar pelos Professores.

    Gersier

    Olhem aqui o exemplo limpo e claro do estrago que a famigerada globo e agregados( globo news, época, jornal globo)e outras mídias tucanas(veja,”quanto é”, etc) que se acham imprensa, faz nos cérebros dos amebianos. Investigam Lula ha mais dez anos e contra ele não existe uma prova sequer , só ilações. José Dirceu, Genuino e Delúbio foram condenados na base de uma teoria(domínio do fato) que o próprio autor acusou o tal jud$$iário brasileiro de manipulação, que “mereceu” protestos do câncer da democracia brasileira, a globo, dizendo que “ele estava interferindo em assuntos internos do Brasil.”Já contra tucanos e golpistas, provas é o que não faltam e estão todos aí livres, leves e soltos, rindo da cara dos palhaços paneleiros. Contra o chefe maior, fgagac, o tal judi$$iário teve a cara de pau de dizer que “os crimes dele prescreveram”. Já os corruptos do verdadeiro mensalão, o TUCANO que dorme até hoje em berço explêndido, estão “livres” devido a tral prescrição.

    José Elias

    Sr RUI
    Gostei e compartilho com as idéias, conceitos, atitudes desejáveis e expectativas expressos em seu comentário . Parabéns !
    Os 2 maiores males da humanidade são a ignorância e a inconsciência ! A eles deve-se sobrepor o CONHECIMENTO.

EDSON

O autor esqueceu também dos analfabetos políticos classe média e os analfabetos funcionais classe média !!

Luis

Não foi o Joãozinho Trinta que disse que quem gosta de pobreza é intelectual? Que o povo gosta de brilho e riqueza? No Brasil, tudo sempre “sofreu” esta carnavalização. Tudo sempre terminando em pizza e samba(ou funk). Nesta Terra Brasilis, a terra em transe, tão clarividentemente antecipada pelo Glauber Rocha, haja confete…

maria do carmo

Carissimo Professor Aldo Fornazieri, Bravo! Bravo! Bravo! Como e bom ouvir, um verdadeiro brasileiro, corajoso, claro, direto, o que vejo todos dias e um povo anestesiado, fico indignada com a falta de reacao, nos meus mais de meio seculo de vida, nunca vi uma situacao igual, belissimo grito de indgnacao, tenho o mesmo sentimento, temos de reagir! Avante brasileiros! Conto nos dedos das maos, brasileiros iguais ao professor Aldo Fornazieri, sao verdadeiros herois!

    Silvio

    Bravo, bravo e bravo. Concordo. Onde está a indignação, onde estão os militantes da cidadania. Estão todos entorpecidos e infelizmente manipulados.

Bonobo de Oliveira, Severino

Esse tal de professor sempre se esmera na tentativa de buscar exemplos históricos para fundamentar as suas teses, mas se distancia das realidades reais que desfilam diante de nossos olhos. Aliás, como é típico dos ditos intelectuais.

E se alinha ainda mais ao discurso típico de alguns ditos intelectuais “de esquerda”, movidos mais pelo ressentimento que pela razão, ao atribuir os motivos da desgraça nacional ao adversário político, expressando certa falsidade intelectual, chegando a escorregar para muito perto leviandade, quando afirma:
“Até mesmo a oposição, que ontem foi apeada do governo, dá de ombros e muitos chegam a suspeitar que a denúncia contra Temer é um golpe dentro do golpe.

Que existem vários interesses em jogo na denúncia, qualquer pessoa razoavelmente informada sabe.

Mas daí adotar posturas passivas em face da existência de uma quadrilha no comando do país significa pouco se importar com os destinos do Brasil e de seu povo, priorizando mais o cálculo político de partidos e grupos particulares.”

Os que ele acusa de passividade diante da quadrilha que assaltou o poder que pouco se importam com o destino do Brasil e de seu povo, são, certamente, os seus adversários políticos que a auto proclamada “esquerda autêntica” considera como inimigos, apeados do poder por meio de um GOLPE.

Então, vejamos, quais foram as posturas desse POVO da tal “esquerda autêntica” diante dos movimentos que precipitaram o GOLPE.

Primeiro, as lideranças dessa corrente não puderam disfarçar a sua felicidade diante da criminalização da política que se iniciava na fraudulenta Ação Penal 470, o famoso “mensalão” que visava aniquilar o partido inimigo do sistema rentista agiota nacional e internacional, também considerado inimigo pela “esquerda autêntica”. A Luciana Genro foi a que mais destacou-se nessa jornada delirante, dizendo em debates que o PT criticando o PSDB era como o “porco falando do mau lavado”. Ou seja, embarcou alegremente do discurso fácil do “combate à corrupção” desde que ela seja atribuída aos outros.
Depois nas famigeradas “manadas de junho” aderiram alegremente ao discurso contra “tudo isso que está aí” dos horizontais, apartidários e apolíticos, comandados pela Globo/Mossack-Fonseca, todos coordenados por serviços organizados pelas agências de inteligência internacionais.

Em 2014 bradaram contra a realização da Copa do Mundo, em plena campanha presidencial, aderindo aos movimentos “Não vai ter Copa”, também controlados com os mesmos métodos adotados nas chamadas “Primaveras”, aplicados em todo o planeta. Depois, ainda nesse ano, com o avanço da Operação Farsa a Jato focada no desmonte da Petrobras, recusaram-se a participar dos movimentos em defesa da grande petroleira nacional, em razão de sua visão esquizofrênica que lhes apontava que defender a Petrobras era o mesmo que defender o PT. Agora certamente dirão que não apoiaram o GOLPE.

Adiante o professor dá a entender que chegou junto com o PT ao poder:

“Quando nós, os debaixo, chegamos ao poder, sentamos à mesa dos nossos inimigos, brindamos, comemoramos e libamos com eles e, no nosso deslumbramento, acreditamos que estamos definitivamente aceitos na Casa Grande dos palácios.”

Quem chegou ao poder, cara pálida?

Aqueles da suposta “esquerda autêntica” que, se fossem contrariados pela deliberação majoritária dos componentes da coligação política, abandonavam o barco e iam se alinhar com os inimigos do Brasil? Como naquele episódio da derrubada da CPMF que tirou de uma só tacada 40 bilhões de reais anuais, destinados à saúde pública?

Aí está um dos grandes problemas enfrentados nesse país condenado ao atraso que o professor parece não conseguir ou não querer enxergar. Quem chegou ao poder em 2002? Não era uma coligação de forças políticas cujo poder se sustentava em milhares de organizações sociais pulverizadas e espalhadas por todo o país, fortemente influenciadas pelo discurso nem sempre muito coerente de supostos intelectuais integrantes da suposta hoje auto proclamada “esquerda autêntica”? Quantas vezes ouvimos queixumes dessas tais organizações sobre a pouca atenção que os partidos da coligação governante lhes dedicavam? Agora não devem estar satisfeitos, certamente, com a atenção que recebem do governo golpista.

Pois bem. A suposta sustentação do suposto poder da coligação que estava no governo tinha que se sustentar nessa geleia de movimentos altamente instável e fortemente influenciadas por formas de pensamento um tanto Stalinista. Como diria Antônio David:

“Stalinismo nos olhos dos outros é refresco!”
http://www.viomundo.com.br/politica/antonio-david-stalinismo-nos-olhos-dos-outros-e-refresco.html

Pois bem. A coligação instalada no governo tinha que se sustentar em negociações permanentes com essa geleia social instável e, ancorada sobre esse terreno movediço tinha que fazer a negociação política em torno de temas de interesse do país com a mesma bandidagem que hoje tomou o poder de assalto, fortemente sintonizada na força do capital rentista agiota. Ou seja, o cara tinha que lutar/negociar medidas, pisando em terreno movediço, contra os interesses de seus supostos aliados fortemente ancorados em rocha sólida. Ainda assim, o país avançou.

Senão, vejamos, como foi que a coligação do governo deposto caiu no colo do PMDB? Foi em decorrência do severo abalo provocado pelos escândalos diários do tal do mensalão, a partir de 2005. Qual foi a posição das supostas hoje auto proclamadas “esquerdas autênticas” diante da evidente necessidade de enfrentar a criminalização da atividade política, linha mestra da AP 470? Foi altiva, guerreira e combativa, ou passiva, contemplativa, ou até festiva, como veio a revelar posteriormente o referido discurso Lucianico igualando PT e PSDB como porcos falando um do outro.

Vale destacar outro ponto em que a visão do autor parece não perceber ao falar da falta de capacidade da oposição (?) para mobilizar as massas contra o avanço golpista.

Ora, quem tem o poder das comunicações tem a FORÇA!

Esse poder foi capaz de botar o povo nas ruas contra “tudo isso que está aí” em 2013. Contra a Copa e em favor da Farsa a Jato em 2014, com paneleiros, patos de borracha e tudo o mais que favoreceu o clima para o GOLPE. O que fizeram os integrantes da auto proclamada “esquerda autêntica” para confrontar esses movimentos contra o Brasil e a democracia brasileira? Ao que parece apoiaram o suposto movimento “contra a corrupi$$aum” e contra “tudo isso que está aí”.

E aí o professor diz que tudo é considerado normal.

“Tudo é normal, tragicamente normal.”

Será que é por culpa do PT?

Quem é que tem o poder para naturalizar a aberração e pintá-la com cores de normalidade? São os inimigos do Brasil instalados e fortemente financiados , organizados em forma de cartel em todo o território nacional.

Ora, professor! O que acontece hoje no Brasil tem pouco, ou não tem nada a ver com os escravos do século XVIII, nem com a forma violenta da ocupação territorial que não mudou muito em séculos. Tem a ver com o que acontece hoje bem diante de nossos olhos. Se quiser saber por que acontece, talvez seja melhor que olhemo-nos a nos mesmos refletidos no espelho, em vez de ficar sempre tentando apontar defeitos nos rabos dos outros.

    Ronaldo Chagas

    Sim, cara pálida, tudo nessa vida é culpa do PT, da Dilma e do Lula. Tudo.

Ramon

Apesar da dureza esboçada no texto, concordo plenamente com o professor. O desafio ao que me parece está em sensibilizar os pobres para buscarmos uma revolução social e pacífica nesse país desastrado nas quais estamos vivendo.
Dou um exemplo aqui em cidade São Luís do Maranhão, no período das greves gerais em nenhum momento vi as grandes centrais sindicais fazendo atividades prévias como chamadas em carros de som convocando o povão para rua. A divulgação infelizmente limitou-se as redes sociais num país com internet capenga.
Entretanto a luta deve prosseguir.

PAULO

Prof. Aldo;

O PT governou 15 anos e você não viu nada.
Agora que o Temer está colocando o Brasil no eixo, vem essa lamuria toda?

Abraços

Paulo

    Joacil cambuim

    Em que mundo você vive, Paulo? Temer colocando o Brasil no eixo? Santo Deus!

    BRENO

    Se alguém não tem afinidade com os textos aqui expressos, pois são de outra ideologia, não visite este site. Vá para o blog de de Joyce Hasselman, Antogonista. Estes aí eu não a menor afinidade, então nunca irei visitar. Isto acrescenta mais uma falta de caráter do brasileiro: seria como degustar um prato que não gosta e já sabe o seu sabor. Vir aqui só para zuar…Outra característica deste povo. Alguém sabe como transcorreu a reforma trabalhista na França? Os Franceses ficaram nas suas casas, olhando elas ser aprovadas no congresso ou lá, no parlamento…
    Oh povo.

    Solange Campos

    Eixo???
    Hãããã???
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk… desconfio que você seja o próprio Michel Capiroto Temer disfarçado aqui pra se defender!!!!!

    Ruy

    Ohh, Paulo, voce acredita mesmo no que escreveu? Mishell? Colocando o pais nos eixos? Responda com honestidade e nao com ideologia.

Fábio de Oliveira Ribeiro

O Brasil tinha alma, caráter, dignidade, povo e colhões quando enfrentou os holandeses. Depois ele perdeu tudo, inclusive os colhões.

    JORGE OBA OLIVEIRA

    EXPLIQUE MELHOR ESTA SUA TESE TA VAZIA E MALUCA.

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