Papa elogia sindicatos e critica mercado: Insana e míope a empresa que obriga idoso a trabalhar muito tempo; veja vídeo
Tempo de leitura: 2 minAos delegados da Confederação Italiana Sindical dos Trabalhadores (CISL)
Papa Francisco elogia sindicatos e clama por novo pacto social
por Manoel Ramires, no site do Sismuc
ROMA | O Papa Francisco voltou a criticar o modelo de capitalismo exploratório e especulador em voga no mundo todo. Para sua santidade, é necessário estabelecer uma nova ordem mundial em que os interesses da sociedade se coloquem à frente do interesse do capital. O Papa voltou a surpreender e elogiou a atuação das entidades sindicais como uma forma de construir o novo pacto social.
A mensagem de Francisco foi proferida um dia antes da “Missa de São Pedro e São Paulo”. O texto foi endereçado aos delegados da Confederação Italiana Sindical dos Trabalhadores (CISL) neste dia 28.
Para o Papa Francisco, diante da crise do capitalismo, é essencial destacar o papel dos sindicatos. “Não há uma boa sociedade sem um bom sindicato e não há um sindicato bom que não esteja dentro das periferias com objetivo de transformar o modelo econômico”, avaliou o santo padre.
Embora o Papa tenha destacado a importância das entidades sindicais, Francisco também observou que muitas entidades perdem seu foco de atuação.
“Em nossas sociedades capitalistas avançadas há entidades sindicais perdendo desta natureza profética, e tornando-se demasiado semelhante ao das instituições e poderes que deveriam em vez criticar. A união com o tempo passou a se assemelhar à política demais, ou melhor, a partidos políticos, a sua língua, seu estilo. Mas, se você perder esta dimensão típica e diferente, também a ação em negócios perdeu o poder e a sua eficácia”, alertou.
Novo pacto social
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Francisco voltou a falar de um novo pacto social. Seu discurso cai como uma luva para o momento em que passa o Brasil quando direitos dos trabalhadores são retirados por políticos por meio de reformas trabalhista e previdenciária.
O Papa Francisco criticou a ganância dos empresários e do mercado. “É uma empresa insensata e míope que obriga o idoso a trabalhar muito tempo e requer toda uma geração de jovens a trabalhar quando deveriam fazê-lo para eles e para todos”, disse o Pontífice, que lembrou que “nem sempre nem toda a gente tem direito a se aposentar porque eles têm jornadas em desigualdades no tempo de trabalho se torna perene”.
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Comentários
Roberto
Com todas as limitações que a posição lhe impõe, Francisco é o melhor Papa dos últimos 100 anos!
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