Por Marco Aurélio Mello
por Marco Aurélio Mello
Depois de transformar o celular em massageador portátil, parece que a moda agora é o tal de We-Vibe Sync um vibrador que, segundo as mulheres, é revolucionário.
O brinquedo é feito de silicone, com textura aveludada.
Tem encaixe preciso, como uma pinça (foto), cobrindo o clitóris na parte externa e alcançando o Ponto G internamente, ambos simultaneamente.
Pode ser usado numa masturbação solo ou combinado à penetração, o que permitiria doses de prazer como nunca antes, nas palavras do fabricante.
Para dar o ritmo e a intensidade há um controle remoto com ajustes que vão do “Hum, isso é bom” até “Caramba! Não pare!”.
Ele pode ser acionado também por app no smartphone.
O que permite acesso remoto do parceiro ou parceira.
Basta mandar o link para instalação do aplicativo com funções de voz, chat e vídeo.
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São três modos: toque, provocação e excitação.
É a tecnologia a serviço do prazer a um preço salgado: mais de mil reais!
Como tudo nesta vida, o aparelho levanta questões de cunho moral.
As pessoas que resistem afirmam que o brinquedo é mais um recurso para uma sociedade que privilegia os solitários.
Mais um sinal de que o mundo está apartando as pessoas naquilo que deveria ser o mais extremo da intimidade.
Combinar tudo é sempre o melhor cenário, claro, mas nem sempre o amor está assim ao alcance de todos.
Como ninguém discute a função terapêutica de um bom orgasmo vejo a iniciativa com bons olhos.
Amor pode ser bom até sem parceiro perto.
Tudo é uma questão de criatividade.
E bolso.
Marco Aurélio Mello
Jornalista, radialista e escritor.
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