Dr. Rosinha: Para impor pacotaço, Greca manipula, atropela votação, faz vereadores de fantoches e PM reprimir servidores
Tempo de leitura: 3 minOs sucessivos abusos de Greca
por Dr. Rosinha, especial para o Viomundo
É desrespeitoso, humilhante, irresponsável e abusivo o espetáculo que o prefeito Rafael Greca promove na cidade de Curitiba, em nome de uma gana desesperada de impor sua vontade a qualquer custo e à força.
Greca se comporta como um monarca absolutista, que manipula tudo sem o mínimo de respeito pelas pessoas ou pelas instituições. Ele os vê como seus subordinados. Não no sentido literal e hierárquico da função pública para a qual foi eleito e deveria exercer de fato e de direito, mas na perspectiva de dispor de todos a serviço apenas da sua vontade.
Faz isso com a população, com o funcionalismo, com o patrimônio público, com o aparato policial do estado e até com os vereadores. Um claro desprezo!
Suas atitudes demonstram que, para ele, tudo parece se tratar de uma grande brincadeira, uma espécie de um jogo para o qual ele entende que haja uma única regra: dominar.
Quando impõe seu pacotaço de sacrifícios com ônus apenas aos servidores municipais e à população pobre, dependente da garantia dos serviços públicos prestados pela Prefeitura para viver com o mínimo de dignidade, Greca demonstra tal desprezo.
Quando distorce fatos a seu favor ou dispõe do jeito que lhe interessa das pessoas e das instituições, também.
Não importa que a força policial concentrada na Câmara Municipal para impedir as manifestações populares e calar seu direito democrático de se expressar seja excessiva, onerosa aos cofres públicos ou incompatível com as demandas por cobertura da segurança pública em toda a extensão da cidade. Curitiba encontra-se abandonada e é vítima de um abandono calculado.
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Greca se beneficia de boatarias e de um terrorismo muito oportuno, promotor de desgastes físico e emocional. Votação secreta? Sessão plenária reaberta? Números e informações distorcidos? Mudança de endereço da votação? É preciso dar um basta e responsabilizar o prefeito por tamanho assédio moral contra a cidade.
Por volta das 17h da última sexta-feira, depois de uma semana exaustiva de lutas e de discussões, depois das pessoas estarem dispostas a buscarem os filhos na escola, irem para casa, fugirem do trânsito no horário de pico e descansarem, decide-se por realizar dali a 90 minutos uma sessão extraordinária da Câmara Municipal para votar e, com isso, dar aparência de legitimidade, à mudança do local da votação do Pacotaço na próxima segunda-feira (26).
Tira-se da Câmara Municipal, no centro da cidade, essa decisão para confinar e isolar os parlamentares na distante e simbólica Ópera de Arame, palco de espetáculos e de encenações teatrais.
Como é simbólico também, nesse espetáculo, só que nem um pouco interativo, reservar para o povo o local de platéia. Cabe-lhe aplaudir, até vaiar, mas não intervir na trama e nem no desfecho pré-definido da história. Colocar em cartaz é o que basta para simular uma legitimidade que o processo dramatizado por Greca não tem.
Ainda mais quando dispõe de vereadores, eleitos pelo voto democrático para representar os interesses da população, como meros fantoches seus.
Mas assim como a arte e a cultura, a vida é imprevisível. A luta e a garra de um povo humilhado, desrespeitado e desvalorizado são surpreendentes.
O que Greca tanto despreza pode ser justamente seu calcanhar de Aquiles e lhe trazer um choque de realidade. As pessoas não vão abrir mão de lutar por seus direitos. Até porque há outros caminhos e alternativas concretas que não exigem sacrifícios dessa gravidade dos trabalhadores e da população pobre.
A saída desse impasse não se resume à obsessão de Greca pelo Pacotaço. Cabe ao prefeito explicar a seus eleitores o porquê de tamanho desespero em impor sua vontade de maneira irredutível, intransigente e sem diálogo algum.
Greca tem de dizer o que de fato está por trás dessas manobras. É preciso dar um basta e responsabilizar Rafael Greca pelos sucessivos abusos e violação de direitos praticados contra a cidade de Curitiba.
Curitiba-PR, 25 de junho de 2017.
Dr. Rosinha é presidente do PT-PR
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Comentários
Luiz Carlos P. Oliveira
Curitibano e paulistano é que sabem votar. Eita!
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