02.12.2009
C O N F I D E N T I A L RIO DE JANEIRO 000369
SIPDIS
STATE – PLEASE PASS NSC FOR RACHEL WALSH AND LUIS ROSELLO
STATE – PLEASE PASS DOE FOR RUSSELL ROTH
STATE – PLEASE PASS TO DOC FOR LORRIE FUSSELL
STATE – PLEASE PASS TO USTR FOR KATE KALUTKIEWICZ. WHA/EPSC EEB/ESC/IEC AMEMBASSY BRASILIA PASS TO AMCONSUL RECIFE
E.O. 12958: DECL: 2019/12/02
TAGS: EPET EIND EINV PREL PGOV BR CO
SUBJECT: CAN THE OIL INDUSTRY BEAT BACK THE PRE-SALT LAW?
REF: BRASILIA 1099; RIO DE JANEIRO 294; RIO DE JANEIRO 288 CLASSIFIED BY: Dennis W. Hearne, Principal Officer; REASON: 1.4(B), (D)
SUMMARY
¶1. (C) Embora companhias de petróleo grandes e independentes continuem a ver o marco regulatório para desenvolver as reservas de petróleo e gás do pré-sal na costa do Brasil como potencialmente prejudiciais ao futuro de suas operações de exploração e produção aqui (E&P), o grupo da indústria baseado no Rio de Janeiro que representa estas companhias tem sido até agora mal sucedido nos esforços para obter mudanças no projeto de lei que está na Câmara dos Deputados. A indústria continua a defender que o aspecto mais prejudicial do marco regulatório, quanto à viabilidade das futuras operações do pré-sal — e mesmo para os fabricantes locais — é a designação da Petrobras como operadora-chefe, parte da lei que trata dos PSAs [Production Share Agreement]. Fabricantes locais e fornecedores também serão afetados, mas o maior grupo fornecedor de petróleo reclama que a natureza política atrapalha sua voz sobre a matéria no Congresso. Com a indústria resignada com a passagem das quatro leis na Câmara dos Deputados (na maior parte no formato atual), sua estratégia para o futuro é arranjar novos parceiros e focar no Senado, com o objetivo de obter emendas-chave nas leis, assim como empurrar a votação para depois das eleições presidenciais e legislativas de outubro. Fim do resumo.
ELECTION YEAR MAKING FOR A “HARD BATTLE” FOR INDUSTRY
¶2. (C) Embora as companhias de petróleo grandes e independentes (IOCs) continuem a ver o marco regulatório para desenvolver as reservas de petróleo e gás do pré-sal na costa brasileira como potencialmente prejudiciais ao futuro de suas operações de exploração e produção aqui (E&P), o grupo baseado no Rio de Janeiro que representa estas companhias tem sido até agora mal sucedido nas tentativas de obter mudanças na lei que está na Câmara dos Deputados. Patricia Pradal, chefe de relações governamentais da Chevron, disse ao Econoff em 19 de novembro que desde que o presidente Lula anunciou o marco regulatório em 31 de agosto, a indústria tem lutado uma “dura batalha” para conseguir mudanças na legislação, mas a Câmara dos Deputados não levou as preocupações da indústria em consideração. (Nota: Pradal também chefia o comitê do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), o grupo que representa todas as companhias grandes e independentes que operam no Brasil, inclusive a Petrobras. Ela conversou com o Econoff nesta capacidade. Fim da nota). Pradal lamentou a falta de apoio dos partidos de oposição no Congresso, culpando as eleições presidenciais e legislativas do ano que vem e explicando, “o PSDB [principal partido de oposição] simplesmente não compareceu ao debate”. Ela expressou respeito relutante ao assessor de relações internacionais do presidente Lula, Marco Aurelio Garcia, e ao secretário de imprensa Franklin Martins, como os principais orquestradores da estratégia do governo, afirmando que “eles são os profissionais, e nós somos os amadores”.
PSDB’S SERRA REPORTEDLY OPPOSES FRAMEWORK, BUT NO SENSE OF URGENCY
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¶3. (C) De acordo com a Pradal do IBP, o provável candidato do PSDB em 2010 José Serra se opõe ao marco regulatório, mas parece não ter senso de urgência quanto ao assunto. Ela atribuiu a ele declarações a representantes da indústria, “Deixa esses caras [do Partido dos Trabalhadores] fazer o que eles quiserem. Não haverá rodadas de leilão e então nós vamos demonstrar que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”. Sobre o que vai acontecer com as companhias de petróleo estrangeiras enquanto isso, Serra alegadamente afirmou, “Vocês vão e voltam”. Fontes no Congresso também disseram a autoridades da Embaixada que Serra sinalizou ao PSDB e outros partidos de oposição que eles deveriam emendar, mas não se opor à legislação final do pré-sal, e sugeriu a legisladores de oposição que evitassem oposição vocal à lei.
CURRENT STATUS OF THE FRAMEWORK
¶4. (U) Em 31 de agosto, o presidente Lula anunciou o marco regulatório e o enviou ao Congresso para aprovação. Em 18 de novembro, a Câmara dos Deputados aprovou a primeira das quatro leis (reftel A) que compõem o marco, por um votação de 250 a 67, para criar a Petrosal, uma nova entidade governamental que vai representar o governo brasileiro no ainda não aprovado regime de partilha. Mais informações serão reportadas septel. (Nota: A próxima lei que provavelmente vai à votação na Câmara dos Deputados será a criação de um fundo social, seguida pela lei de capitalização da Petrobras de 50 bilhões de dólares. Antecipamos que a lei instituindo os Acordos de Produção Partilhada (PSA) — tornando a Petrobras a operadora-chefe dos blocos do pré-sal — será a última a ser votada pela Câmara dos Deputados. Uma vez a lei passe na Câmara dos Deputados, precisa ser submetida ao Senado para aprovação. Se o Senado aprovar a lei, ela é final. Se o Senado emendar a lei, ela voltará à Câmara dos Deputados para discussão e nova votação. Post vai reportar em acontecimento legislativos septel. Fim da nota).
PETROSAL: ALL THE CONTROL, NONE OF THE LIABILITY?
¶5. (C) Embora não se oponha per se à existência da Petrosal, a indústria está preocupada que o grupo de nomeados políticos, que vão administrar os blocos do pré-sal em nome do governo brasileiro, também terão poder desproporcional sobre as operações de qualquer consórcio de produção partilhada no qual as companhias de petróleo entrarem. Sob a lei proposta, a Petrosal controla 50 por cento das vagas — com poder de veto — no comitê de operações do consórcio PSA. De acordo com a Pradal do IBP, isso dará à Petrosal poder significativo sobre decisões-chave das E&P, como em questões de orçamento, meio ambiente e segurança nos blocos do pré-sal. “Eles terão todo o controle, e nenhuma responsabilidade”, ela disse.
PETROBRAS AS CHIEF OPERATOR UNIVERSALLY CRITICIZED
¶6. (C) A indústria continua a argumentar que o aspecto mais prejudicial do marco regulatório à viabilidade comercial das futuras operações do pré-sal é a designação da Petrobras como operadora-chefe, parte da lei que trata dos PSAs. Enfatizando um argumento que ele apresentou ao Charge d’Affaires em 1 de Setemrbo (reftel B), o Lacerda da Exxon disse que ter a Petrobras tocando todos os blocos do pré-sal vai relegar as companhias de petróleo aos boards de financiamento. Robert Abib da Anadarko disse em 19 de novembro que o papel da Petrobras como operadora-chefe deixará de fora as companhias de petróleo menores e independentes se a paraestatal focar nos maiores campos do pré-sal, em vez de nos pequenos, onde as independentes normalmente se especializam e focam suas operações. O Lacerda da Exxon reclamou que a lei dos PSA fracassou em definir suficientemente os termos fiscais dos contratos e disse que sob o regime proposto, tais termos apenas ficarão claros na véspera de uma rodada de leilão, tornando praticamente impossível para uma empresa se preparar. Tanto a Pradal do IBP quanto o Lacerda disseram que o debate em andamento sobre a distribuição de royalties para estados produtores e não produtores, prefeituras e o governo federal, do qual também faz parte a lei dos PSA, está evitando qualquer discussão real sobre a transparência do marco regulatório e sua capacidade de atrair investimento.
¶7. (C) Se a designação da Petrobras como operadora-chefe continuar, a Pradal do IBP disse que seria impossível competir nas rodadas de leilão contra as Companhias Nacionais de Petróleo (NOC), como a Sinopec da China e a Gazprom da Rússia. De acordo com Pradal, as rodadas serão decididas por quem der mais lucro ao governo. “Os chineses podem oferecer mais que qualquer um”, ela explicou. “Eles podem empatar e ainda será atrativo para eles. Eles querem apenas o petróleo”. Pradal disse que a Chevron nem participaria em tais circunstâncias. (Nota: Antevendo maior envolvimento das NOC no Brasil, a Ecopetrol da Colômbia, 90% de propriedade estatal, abriu um escritório no Rio de Janeiro em 18 de novembro. Além disso, o CFO da Petrobras Barbassa disse em 23 de novembro que a paraestatal mandaria executivos senior para a China no início de 2010, em uma tentativa de atrair fornecedores de equipamento para o Brasil. Post vai reportar nas duas questões septel. Fim da Nota).
WHAT ABOUT THE LOCAL MANUFACTURERS?
¶8. (C) Fabricantes e fornecedores brasileiros também podem perder com o papel da Petrobras como operadora-chefe, mas o maior grupo fornecedor do Brasil reclamou que a natureza política do marco regulatório estava impedindo sua voz de ser ouvida no Congresso. Lacerda da Exxon disse que fabricantes e fornecedores locais perderiam por ter apenas um cliente principal, sugerindo que a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), um forum sem fins lucrativos que reúne as principais empresas fornecedoras e fabricantes do setor de serviços, poderia ser uma poderosa aliada nesta luta. Ela reclamou, no entanto, que a ONIP tinha até agora se mantido “quieta” na questão. O diretor da ONIP Alfredo Renault disse ao Econoff em 23 de novembro que se a ONIP não se engaja em políticas públicas ou lobby, ainda assim estava preocupada com a designação da Petrobras como operadora-chefe no marco regulatório, e expressou estas preocupações ao Congresso. Infelizmente, ele explicou, o Comitê Especial da Câmara dos Deputados onde Renault fez sua apresentação era guiado “pela política em vez da lógica”, e pareceu indiferente às preocupações de Renault. De acordo com Renault, ter apenas um cliente não beneficiaria a competitividade dos fabricantes brasileiros nem daria a eles a oportunidade de estabelecer relacionamentos de comprador-fornecedor com as companhias de petróleo grandes e independentes, o que é crucial para fazer negócios no Exterior. Renault afirmou que algumas associações da indústria dentro da ONIP apoiavam o marco regulatório, mas disse que estes grupos tendiam a incluir companhias que já tem extensas relações comerciais com a Petrobras.
RISKY PETROBRAS CAPITALIZATION
¶9. (C) Representantes das companhias de petróleo enxergam problemas legais com a lei referente à capitalização da Petrobras através da garantia de 5 bilhões de barris de petróleo do pré-sal e questionam a constitucionalidade da transação. A Pradal da IBP explicou que a capitalização proposta, que vai dar à Petrobras as reservas prometidas em troca de um aumento das ações do governo na companhia, tem precedente em outros países; ela disse, no entanto, que tais precedentes envolviam reservas provadas, em vez de não provadas, como são neste caso. (Nota: Pradal não conseguiu nomear o país onde isso aconteceu, mas disse que a equipe de advogados da Chevron estava pesquisando o precedente. Fim da Nota). O Abib da Anadarko enfatizou o risco de diluir o valor em mãos dos acionistas da Petrobras e disse que a companhia estava se arriscando a descumprir suas responsabilidades fiduciárias. Alegando que era impossível avaliar o óleo do pré-sal, ele afirmou que os acionistas da Petrobras poderiam processar a companhia, se descobrirem que as reservas foram sobrevalorizadas. De acordo com Pradal, bancos de investimento e firmas de accounting tinham sérias preocupações com a transação, mas apenas um pequeno grupo de acionistas estava expressando abertamente suas preocupações. Ela expressou consternação que a CVM não tinha nem aberto uma investigação sobre a transação. (Nota: CVM é a equivalente brasileira da SEC. Fim da Nota). Pradal acrescentou: “Na verdade, não acreditamos que a Petrobras está fazendo as coisas respeitando a lei”, afirmando ainda que a Petrobras conscientemente superestimou as reservas de 5 a 8 bilhões de barris da área de Tupi. (Nota: A Petrobras está atualmente sob investigação do Congresso por práticas fraudulentas — evasão fiscal, superfaturamento de bens e doações favoráveis a apoiadores de Lula — mas se espera que fique livre das acusações por conta de um comitê do Senado controlado pela coalizão governista. Fim da Nota).
INTERNAL CONFLICT IN PETROBRAS?
¶10. (C) Players da indústria do petróleo no Rio alegam que há divisões de opinião na Petrobras quanto ao marco regulatório e como ele vai afetar tanto a Petrobras como o desenvolvimento do pré-sal. Insiders da indústria afirmam que pessoal-chave da Petrobras se opõe à mudança para os PSAs e ao papel de operadora-chefe [da Petrobras], enquanto a gerência superior da empresa favorece o marco regulatório, vendo as reservas do pré-sal em termos nacionalistas. Por exemplo, numa conferência no Rio de Janeiro em 23 de Novembro, o CFO da Petrobras Almir Barbassa expressou preocupação com a possibilidade de que a Petrobras não teria capacidade mesmo para cumprir seus compromissos atuais. “O ritmo de crescimento de novos projetos continua a aumentar, e eu sempre me pergunto quanto mais seremos capazes de crescer neste ritmo”, ele disse. “Os projetos abundam, mas ficamos limitados por uma falta de pessoal, material e equipamento”. Fernando José Cunha, diretor-geral da Petrobras para a África, Ásia e Euroasia disse ao Econoff em Agosto que a responsabilidade de operadora-chefe, além da porção obrigatória de 30% [da Petrobras] em cada bloco, “espantaria investidores” (reftel C). De outra parte, o Lacerda da Exxon disse que o diretor de E&P da Petrobras Guilherme Estrella era o principal responsável pelos termos do PSA que prejudicam as companhias internacionais de petróleo. (Nota: Estrella comparou publicamente a Petrobras a um programa espacial nacional, em termos de ambição nacional, e é considerado próximo do presidente Lula. Fim da Nota).
INDUSTRY STRATEGY: WHAT NOW?
¶11. (C) Com a indústria resignada com a aprovação das quatro leis do marco regulatório pela Câmara dos Deputados (na maior parte na forma atual), sua estratégia para o futuro é focar no Senado, que tem um número maior de legisladores de oposição que a Câmara dos Deputados. A Pradal da IBP disse que tentaria arregimentar novos parceiros, tais como a companhia independente brasileira de E&P OGX, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e várias câmaras do comércio, de forma a conquistar emendas no Senado contra o papel de operadora-chefe da Petrobras e os termos da Petrosal. Ela também disse que seria ideal evitar um voto do Senado antes de maio, o que então poderia empurrar a votação para depois das eleições presidenciais e legislativas de outubro. De acordo com Pradal a “verdadeira luta” acontecerá em Fevereiro, depois que o Congresso retornar do recesso. Lacerda da Exxon também afirmou que a indústria planeja fazer “pressão de quadra inteira” no Senado, mas que para não correr riscos a Exxon agora também faria esforços de lobby por conta própria. Pradal enfatizou que tanto a IBP como a Chevron esperavam que o embaixador-designado Shannon poderia ter um impacto significativo neste debate, e perguntaram ao Econoff em múltiplas ocasiões para quando a confirmação no Congresso [dos Estados Unidos] era esperada.
COMMENT
¶12. (C) No momento em que aumentam seus esforços dentro deste debate altamente nacionalista, os IOCs terão que caminhar cautelosamente. Numerosos contatos no Congresso compartilharam com o Post sua avaliação de que ao se tornarem mais vocais na questão, as IOCs correm o risco de galvanizar o sentimento nacionalista em torno desta questão, danificando, em vez de ajudar, sua causa. Ao mesmo tempo, as IOCs não estão otimistas sobre sua força para aprovar emendas-chave ao corrente marco regulatório. Além disso, mesmo que as IOCs forem bem sucedidas em forçar um adiamento da votação no Senado para depois de uma possível — mas incerta — vitória de um presidente de oposição, há a sensação de que a espera para disputar oportunidades comercialmente atraentes no pré-sal vai ser longa. Tal perspectiva, assim como a atratividade limitada dos blocos em terra e a incerteza quanto ao tamanho das áreas na fronteira marítima que não faz parte do pré-sal, prejudicam a capacidade das IOCs de efetivamente mapear suas operações locais, e ameaçam o conjunto de seus interesses no Brasil. End Comment.
¶13. (U) This cable has been coordinated with Embassy Brasilia.
HEARNE..
Comentários
Margarida
O americanos não vai precisar gastar nem um traque, para tomar o Pré-sal do Brasil,
eles só vão dizer saem dai seus cucarachos, caem fora, já demos algumas moedas de dolares para alguns deputados, agora isto aqui é nosso. Ponto final, e a vida segue, como sempre neste pais de tia Joana.
Lucio Dias
Teria sido prudente se o governo LULA tivesse mantido a descoberta do pre-sal em segredo de estado até o momento em que já estivesse explorando, mesmo com o mínimo de capacidade.
francisco.latorre
o pressal tá produzindo duzentos mil barris/dia.
não tô vendo o problema.
..
Jean
Precisamos imediatamente, e infelizmente, retomar nossos esforços para obtenção da bomba atômica. Está claríssimo e evidente que Tio Sam está babando em nosso litoral, inclusive reativando sua frota do Atlântico Sul.
O caso de um ataque militar americano ao Brasil parece remoto. Talvez seja algo distante. Mas olhemos para o caminho da geopolítica mundial nos últimos 15 anos e perceberemos que as guerras por petróleo estão pipocando. E quem foi atacado foram os que não podiam se defender. A Rússia tem muito petróleo e ninguém se atreve a dizer um "ai", porque têm como se defender.
Some-se a isso o gigantismo e apetite da China, um país que continuamente vêm incrementando sua capacidade militar, inclusive aeroespacial.
Pragmático
É preciso constituir a Petrosal em regime de urgência e entregar a presidência para uma pessoa reconhecidamente comprometida com o interesse do povo brasileiro, mas que ao mesmo tempo tenha bom trânsito e seja respeitada pela comunidade internacional. Também será necessária grande experiência política e capacidade de negociação. O nome deve começar com L e terminar com A.
Gustavo Ferroni
A falta do senso de urgência do Serra se dava pela certeza que ele tinha de que ia levar as eleições…
Coutinho
É muito importante conscientizar o povo sobre o valor do Pré-Sal e da sua aplicação na educação e na saúde. É igualmente importante ré-equipar as forças armadas para defenderem essa riqueza. O que vem acontecendo no oriente médio deve servir de exemplo.
luiz pinheiro
Como se vê, no Congresso as bancadas parlamentares do PSDB, DEM e PPS atuaram rigorosamente de acordo com os anseios da representação diplomática dos States.
Alexei_Alves
Muito interessante saber um pouco do que ocorreu por trás da cortina na luta pelo Pré-sal. É bom lembrar que durante todo esse tempo em que o debate sobre como seria a extração desse petróleo esteve na pauta do congresso, os notíciários da Globo (e das outras também) não deram uma única mísera minúscula mixuruca notíciazinha.
Só foram falar de pré-sal quando emergiu aquela discussão da divisão dos royalties, que nem era realmente a discussão sobre pré-sal e sim sobre o petróleo que já está sendo extraído, porque viram ali a oportunidade de tumultuar o debate botando os estados uns contra os outros. Afora este momento, esta discussão que foi talvez a discussão administrativa mais importante dos últimos dois anos no nosso pais foi flagrantemente mantida ocultada da população pelos nossos meios.
Quando finalmente foi aprovada a criação da estatal do Pré-sal, o Bonner só leu uma notinha, quase fúnebre, sem direito a uma única imagem do congresso ou qualquer entrevista…..
É assim que esse povo mantém debates importantes como esse longe da população.
Roberto SP
Comentário brilhante.
Disse tudo.
O PIG é um braço de interesses escusos dentro do Brasil e só serve à desinformação do povo brasileiro.
Rafael
Dilma vai defender o pré-sal. É importante para a soberania e desenvolvimento do país que o pré-sal seja revertido em riqueza e desenvolvimento para o povo brasileiro. Vejam claramente que as empresas estrangeiras, chevron, exxon mobil querem é explorar o máximo possível e o mais rápido sem retorno algum para o povo que é o dono dessa riqueza. Questão fundamental é o ritmo de exploração essas reservas tem que durar o maior tempo possível. Esse sempre foi o jogo deles, tentar corromper, porque certamente tem muita gente do psdb ganhando dinheiro para fazer lobby, então quando não conseguem por meio da corrupção eles procuram desestabilzar o país como fazem no oriente médio criando divisãoes dentro do próprio país.
O Iraque é um exemplo claro dessa ganância, vejam o marco exploratório que exite hoje lá é totalmente favorável às empresas que estão reconstruindo o país que os próprios americanos destruiram. Exxon mobil e BP são grandes beneficiados dessa lei.
Inácio Ponte
Estão dizendo por aí que a Fusão a Frio está em fase de implantação comercial na Grécia, e em 2012 já vai estar funcionando a todo vapor.
Se isso se confirmar, esqueçam pré-sal, esqueçam tudo o que é relacionado a petróleo. A função principal do petróleo atualmente, que é gerar é energia, será transferida para a Fusão a Frio. O petróleo só servirá para fazer plástico e lubrificante. O preço deverá cair para algo entre 3 e 4 dólares por barril.
Rafael
Fusão a frio. Pura baboseira.
Inácio Ponte
Espere e verá.
Muitos "céticos" como você vão cair do cavalo, porque dessa vez o negócio é sério…
Tenho pena das pessoas desinformadas que vão ser "pegas de surpresa". Muita gente vai perder dinheiro por não levar a sério essa história da Fusão a frio…
Dica: o novo reator comercial de Fusão a frio foi desenvolvido por um engenheiro italiano chamado Andrea Rossi. Google it.
C. Bertoldo Arruda
Olá Inácio.
Estive olhando o site que voce sugeriu e fica muito dificil acreditar que ocorre uma fusão a frio naquele aparato que aparece no vídeo. Até onde conheço de Física, para ocorrer essa fusão, são necessárias elevadas temperaturas. O que pode ter ocorrido foi uma absorção de H pelo Ni, um fato bastante conhecido, com a formação de hidretos. Mas o proton do H ser absorvido pelo núcleo do Ni é outra história. A "caixa preta" onde eles dizem que ocorreu a fusão deveria ser aberta e todos os cientistas da área poderiam reproduzir a experiencia. E por que a patente dessa máquina foi negada? Talvez estejamos correndo atrás de um similar ao moto-contínuo.
Não faz muito tempo, dois cientistas americanos embolsaram uma grana preta dizendo terem conseguido a tal fusão a frio. Logo depois eles se retrataram e o embuste foi desmascardo. Devem estar sendo processados até hoje.
Rafael
Também vou esperar o papai noel para ganhar um presentinho. Tenho certeza que vou conhecer o papai noel antes de ver essa fusão a frio.
Ismar Curi
Acho que você pode ter razão, como qualquer um poderia ter com qualquer outra saída energética que substituisse o petróleo. Mas, hoje, diante da batalha do Pré-Sal, isso não tem a menor relevância, pois, se for uma mal negócio para a Petrobrás e governo brasileiro junto, o será para todas as empresas petrolíferas da mesma maneira. Portanto, essas mega empresas sabem muito bem que sem acesso as grandes reservas elas a médio e longo prazo tendem a falir. Agora se ocorrer a tal fusão a frio, – bom, aí todas falem…
André LB
Qual sua fonte para tamanho disparate? "Estão dizendo por aí"? E justo na Grécia, que atualmente mal conseguer manter sua estrutura governamental? Faz o seguinte, em 2012 – ou agora mesmo, em 2011 – eu compro quantos barris de petróleo você quiser vender por não 3 ou 4, mas por 10 dólares o barril. Boa sorte com a sua Fusão a Frio no ano que vem, seja para mover veículos, produzir compostos agrícolas ou mesmo nas suas tupperwares.
Inácio Ponte
Eu não digo é nada… Quem avisa amigo é…
Essa é maior bomba jornalística de todos os tempos, mas até agora nenhum jornalista teve a coragem de "dar o furo" (sem trocadilhos).
Ficam com medinho de serem "ridicularizados", ficam com medinho de "ser fraude", ficam com medinho de acontecer o mesmo que aconteceu em 1989 com a primeira tentativa de fusão a frio, e acabam perdendo a oportunidade de dar a notícia em primeira mão.
Bom, o inventor, Andrea Rossi, não está nem aí. Continua trabalhando, "comendo quieto" igual mineiro, e em outubro vai ser aquela comoção, aquele desespero da imprensa por ter sido "pega de surpresa", quando a planta de 1 megawatt for inaugurada na Grécia.
Eu não digo é nada…
Marcelo Fraga
3 a 4 dólares só em 2030. Ou você acha que todos os motores a combustão interna fabricados hoje em dia serão jogados no lixo?
Pedro Luiz Paredes
Meu caro:
1° – Em 1960 um cara cruzou o Brasil em cima de um motor movido a diesel de mamona.
2° – O Brasil já teve mais de 90% de sua frota de carros movidas a álcool.
3° – Entre as 10 maiores empresas do mundo estão mais de 5 petrolíferas e mais de 90% do mercado financeiro lucra com elas.
Eles vão perder dinheiro só porque você quer.
Vai sonhando!
r godinho
Amigo, sou um leitor assíduo de ciência e tecnologia. Diariamente visito publicações sobre física, e NENHUM, absolutamente NENHUM centro de pesquisa minimamente importante, está pesquisando fusão a frio. Por enquanto, estão tentando fusão a quente controlada, para entender melhor o que ocorre e encontrar um meio, se existir, de chegar na fusão fria.
Uma planta de energia, capaz de produzir um MW, não passaria despercebida a nenhum governo, ainda mais com uma fonte tão valiosa.
Isso parece mais uma daquelas previsões de final de ano: "no novo ano vai morrer um importante membro da igreja / um artista muito famoso / um político muito conhecido". Ora, todo ano morre um velhinho da alta cúpula da igreja, ou um artista famoso, ou um político conhecido… e se não acontecer nada, quem se lembra da previsão e de seu autor, um ano depois?
MA_Jorge
O máximo que as "Sete Irmãs"(hoje apenas Quatro) podem alegar contra as grandes empresas nacionais de petróleo, é plágio de seus antigos postulados. No fundo, elas não gostam é de estar do outro lado da porta, não gostam de sacrificar estes gastos atuais de "convencimento" com governos e reduzir "suas margens".
Roberto Locatelli
Neste planeta, energia é poder. Os EUA estão ficando sem energia. O Oriente Médio tornou-se uma tempestade. A Venezuela virou as costas ao Tio Sam.
Os EUA olham para o Pré-Sal com os mesmos olhos que um vampiro olha para um pescoço macio.
Carmem Leporace
Magistral.
Polengo
Ainda mais com esse último acidente atômico.
ratusnatus
Que acidente atômico?
O que houve foi um terremoto seguido de maremoto sobre uma usina nuclear, com 40 anos de idade, que ainda resistiu ao impacto. Impacto este 500% mais forte do que o esperado pelo seu projeto.
Resistiu a um terremoto que acontece de 1000 em 1000 anos. Excepcional desempenho!
Eu acho que a indústria nuclear ainda vai sair por cima do episódio. Aliás, não tem como ficar mal já que não há alternativa ao petróleo mesmo, além da nuclear.
Polengo
Colega:
Só quis ser breve, e penso que "acidente atômico" é deveras abrangente, incluindo sua descrição.
Não deixa de ser acidente.
E resistiu ao terremoto como quase todos os prédios do Japão resistiram, mas se a mesma desgraça tivesse sido perto de usinas nos EUA, talvez a história fosse outra.
Talvez. Mas pode mesmo ser que suas palavras sejam mais acertadas que as minhas.
Abraço, colega.
E vêm à tona matérias como a que o Azenha publicou aqui que a vida útil das usinas não é a de 40 anos
Heitor Rodrigues
A Venezuela exporta petróleo para os EUA em grande quantidade. O que êle fêz foi reestatizar a PDVSA, que era como uma ilha da fantasia encravada num território de miseráveis. Na verdade, ninguém vai deixar de vender petróleo para os EUA. O problema é que êles querem o comando e os lucros de toda a cadeia produtiva da indústria petrolífera, vide o post acima.
Roberto SP
"Os EUA olham para o Pré-Sal com os mesmos olhos que um vampiro olha para um pescoço macio"
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Xará vc foi brilhante nessa.
Rindo muito aqui.
kkkkkkkkkkkkkkkkk
Maria José Rêgo
Roberto Locatelli, discordo de você quando diz que a venezuela virou as costas ao Tio Sam, afinal, os USA continuam os maiores parceiros comercial de petróleo da Venezuela. Você assistiu as reportagens que o Azenha fez na Venezuela? Uma empresa da companhia Venezuelana distribui óleo para aquecedores gratuitamente para famílias carentes nos USA.
Abraço fraternal.
LUIZ HENRIQUE AMORIM
Muito interessante. É impressionante que FHC e Serra não desistem do entreguismo. Obama veio ao Brazil como um vendedor que deixou de ser procurado e que agora vive do varejo de porta em porta. Bom sinal, há a percepção americana que o pré-sal não será dado com desejavam.
Alexei_Alves
É… esperemos que o pré-sal não seja dado de bandeja, mas por outro lado, é saudável que deixemos sempre os americanos com esperanças de que eles poderão conseguir isso por meios pacíficos. Se fecharmos todas as portas de negociação para o império, é bem capaz que passem a pensar em outros meios para conseguir isso….. líbia e iraque que o digam.
Pedro Luiz Paredes
O urubu levou o pisante do papagaio que manda na terra do Índio.
É evidente que vai encontrar sarna pra se coçar.
A ameaça mais atrativa (por suas cores) está cada vez mais longe e pensante. Sobra comida.
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